Blockchain e a inovação nas empresas

Conheça como funciona a tecnologia blockchain, quais são os seus benefícios e como está sendo aplicado nas empresas de vários segmentos

O mercado de segurança e criptografia sempre foi responsável por grandes revoluções na forma de lidar com informações e dados. O blockchain surge como uma grande inovação tecnológica atual. Você pode não conhecer o termo, mas certamente já ouviu falar sobre sua origem: o bitcoin.

Embora seja uma criptomoeda, o bitcoin tornou-se conhecido até mesmo fora de seu nicho. Várias empresas estão empregando a tecnologia para aumentar a integridade em seus negócios. Além da segurança, o blockchain vem trazendo diversos benefícios. Entre eles, pode-se destacar a transparência nas transações e até mesmo economia em custos operacionais.

Saiba, neste artigo, como aplicar a tecnologia do blockchain em sua empresa. Conheça também alguns exemplos de como essa inovação está sendo utilizada e tenha insights para utilizar em sua organização. Acompanhe!

O que é e como funciona o blockchain?

Assim como a tecnologia em nuvem, o blockchain tem a descentralização como forma de tornar transações e dados mais seguros. Dessa forma, essa é uma tecnologia de banco de dados distribuídos permanente e inviolável.

O que define o blockchain é o modo como a tecnologia é empregada para os registros das transações, que são realizados através da criação de uma cadeia de blocos (blockchain). Por manter o registro de forma linear e cronológica, o blockchain torna-se um processo definitivo. 

Para entender o funcionamento do blockchain e sua inovação em transações, é preciso conhecer as etapas de seu processo . São elas:

  1. Início da Transação – etapa em que duas partes decidem dar início à troca de um dado, seja uma moeda digital ou seja outra informação.
  2. Criação do Bloco – a transação é agrupada a outras transações pendentes, formando o bloco. Ao ser criado, ele entra na rede da cadeia de blocos do sistema, com os outros computadores.
  3. Verificação – os computadores participantes (chamados de mineradores no blockchain de bitcoins) avaliam e calculam a transação. Nessa etapa de verificação, cálculos determinam a validade da transação com base em um conjunto de regras preestabelecidas. Caso haja um consenso (normalmente mais da metade dos computadores da cadeia), a verificação é feita.
  4. Criação do Hash – em criptografia, é preciso que dados complexos possam ser mapeados. O algoritmo que realiza esse mapeamento é a chamada função Hash. Cada bloco de transações verificadas é identificado por um Hash criptografado. Além disso, cada um dos blocos possui uma referência do bloco anterior, formando o blockchain.
  5. Execução – na etapa final, o valor é enfim transferido entre as partes envolvidas.

Um ponto importante é que os registros do blockchain não podem ser falsificados. A única forma de tal falsificação acontecer seria, teoricamente, se todos os terminais fossem convencidos dessa adulteração. No entanto, isso deveria ser verificado no bloco em si e em todos os anteriores da cadeia. Por ser considerada uma façanha impossível na prática, o blockchain é à prova de violação.

A seguir, você verá alguns dos principais benefícios que o blockchain pode gerar para sua empresa!

Benefícios do blockchain

Entre as vantagens de utilização, podemos destacar:

  • Registro das transações e momento exato de sua ocorrência.
  • Sistema resistente a ataques externos.
  • Usuários no poder, eliminando a necessidade de um intermediário.
  • Dados de transação completos e precisos.
  • Processo íntegro, de acordo com o protocolo determinado.
  • Maior transparência nos serviços.
  • Otimização dos custos de transação da empresa.
  • Transações são processadas mais rapidamente.
  • Por ser digital, é uma tecnologia com diversas possibilidades de aplicação, como veremos a seguir!
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Aplicações do blockchain

Diante das vantagens apresentadas, já há diversas organizações utilizando o blockchain. Conheça agora alguns exemplos!

WalMart

Liderar iniciativas com o blockchain faz com que sua empresa destaque-se no quesito inovação. Para a WalMart, a maior rede varejista do mundo, o blockchain e suas aplicações já começam a ser testadas. No entanto, não se trata de transações monetárias, e sim de controle de estoque.

Para a rede de lojas, a primeira aplicação do blockchain foi com foco em monitoramento. Com um banco de dados inviolável e de qualidade, produtos que precisam ser trocados podem ser rapidamente identificados. Além disso, a WalMart ganha em dados completos: fornecedor, inspetor de produtos, estoquista, comprador… enfim, todo o processo!

Sendo assim, a tomada de decisão para a resolução de problemas torna-se mais ágil. Identificar a remessa, retirar o alimento da prateleira são processos custosos. Com a tecnologia de blockchain, o custo operacional de dias transforma-se em minutos. Assim, uma empresa como a WalMart, já conhecida pela excelência em rede de distribuição, se tornará ainda mais ágil e efetiva.

A tecnologia de blockchain utilizada pela varejista é uma parceria com a IBM. Inicialmente, a aplicação dessa inovação está em fase de testes, em apenas algumas categorias de produtos no mercado chinês. 

Itaú, Bradesco e B3

A tecnologia que trouxe a criptomoeda bitcoin, obviamente, está sendo testada por empresas do segmento bancário. Implementar o blockchain no sistema financeiro brasileiro pode ser decisivo para aumentar a eficiência dos serviços e melhorar o atendimento ao cliente final.

As empresas Itaú, Bradesco e B3 (anteriormente BM&FBovespa e Cetip) começam a testar o blockchain no sistema de cadastros. A inovação gerada, no caso, é fazer com que o cliente tenha maior autonomia sobre seus dados. 

A aplicação da tecnologia torna o compartilhamento de informações mais ágil. Em vez de um processo no qual as informações se concentram apenas em um ponto, distribui-se a informação entre diversos pontos. Dessa forma, sistemas como o Banco Central, que gerenciam uma transferência monetária, por exemplo, não precisariam intermediar a operação.

Embora os testes iniciais tenham sido realizados apenas em relação a sistemas já existentes, a meta é a inovação. O blockchain está em maturação e seu potencial para novos modelos ainda precisa ser testado. Tudo dependerá dos benefícios gerados durante essas etapas iniciais.

BitNation

Até agora, os exemplos de blockchain citados estavam apenas limitados à otimização de sistemas já existentes de redes privadas. A iniciativa batizada de BitNation é mais ambiciosa: um mundo sem fronteiras.

O objetivo do projeto chamado Bitnation Pangea soa revolucionário: uma nação virtual impulsionada por blockchains. A ideia é oferecer serviços geralmente fornecidos pelos Estados e substituir esses sistemas. Assim, o conceito de nação ganha uma identificação global, dando liberdade para os usuários para decidir seu app de governança ideal.

O  BitNation Pangea planeja incluir serviços como casamento, testamentos, certidões de nascimento, entre vários outros. Sua base é um sistema de resolução de identificação e reputação, aliada a uma resolução de disputas. Com sucesso, o Bitnation representaria o fim de estruturas tradicionais de estados-nação, como cartórios e tabelionatos.

No momento, o principal obstáculo para a BitNation é seu financiamento. No entanto, o conceito em si representa um grande avanço na inovação do blockchain. Ao se unir com tecnologias de blockchain como a Horizon e Blocknet, a Pangea ganha suporte em seu ambicioso projeto.

Genecoin

A aplicação do blockchain em serviços bancários e financeiros é apenas uma de suas utilidades. Ter a garantia de dados únicos, com data e hora correta, pode ir além da criptomoeda. O setor de medicina, por exemplo, já começa a experimentar a utilização do blockchain em sequenciamento de DNA. Sim, é isso mesmo que você está lendo!

Com um material genético em um banco de dados distribuído, os usos médicos do perfil de DNA de um paciente tornam-se muito mais facilitados. 

Nasdaq

Famosa organização do mercado de ações de empresas tecnológicas, a Nasdaq tem entre seus projetos de inovação a LINQ. Unida a seis startups de tecnologia blockchain, o objetivo é eliminar os intermediários no investimento em empresas nascentes. Essa interface vem sendo utilizada, especificamente, em organizações ainda na fase anterior à abertura pública de ações.

Custos de auditoria e segurança estão sendo reduzidos de forma expressiva no processo. Dados como participação da empresa, por exemplo, são verificados de forma transparente e inviolável.

Conclusão

O blockchain certamente representa uma inovação para várias empresas. Entretanto, trata-se de um conceito ainda em maturação. Você deve ter notado que os exemplos citados buscam otimizar ou substituir totalmente serviços de banco de dados convencionais. E apesar de exemplos fora do mercado financeiro, a criptomoeda ainda causa o maior impacto.

Diferentes aplicações ainda surgirão para o blockchain. Há muitas potencialidades para serem exploradas pelos mais diversos segmentos de negócios. Sua natureza acessível e compartilhada indica que ainda teremos serviços disruptivos e que exigirão inovação e criatividade para trabalhar com blockchain e causar revoluções nos serviços como os conhecemos. E então, pronto para inovar com o blockchain?

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Você consegue pensar em como sua empresa pode utilizar o blockchain para soluções integradas de banco de dados? Conhece outro exemplo de aplicação dessa tecnologia? Deixe sua mensagem nos comentários e continue acompanhando o blog da AEVO para conhecer novas tendências em inovação para seu negócio!

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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