Podemos definir o capital humano como o potencial de todos os profissionais envolvidos em uma organização. Com um gerenciamento de capital humano eficiente, a organização tem inúmeros ganhos, a curto e longo prazo.
Além disso, há um benefício mútuo, os colaboradores aperfeiçoam habilidades técnicas e comportamentais, já a empresa passa a contar com uma equipe mais capacitada, engajada e produtiva.
Para transformar todo o potencial do seu capital humano em resultados significativos, é preciso agir de forma estratégica e exige um trabalho contínuo.
Porém, antes de se aprofundar no tema, é preciso entender a sua definição, importância e relação com a inovação. Neste artigo, vamos apresentar uma visão macro sobre o tema, continue a leitura.
O que é capital humano?
Diferente do recurso humano, o capital humano não se resume ao quadro de pessoal da empresa. Mas sim, as características e habilidades dos colaboradores, não só as adquiridas no cargo atual, mas também relativas à experiência de todo o seu currículo.
Esse conceito é importante no mundo do trabalho porque faz com que os empresários, administrados e gestores enxerguem os profissionais para além dos seus cargos. Ou seja, os vejam de maneira mais ampla e completa.
Ao valorizar as capacidades do colaborador, a empresa pode ajudar no seu desenvolvimento profissional e, por consequência, colher os frutos desse investimento.
Nesse cálculo, é preciso, ainda, considerar a sua educação e formação.
Com a adequada valorização do capital humano, é possível reduzir significativamente a rotatividade de funcionários (também chamado de turnover).
Pois, além de dispendioso, mudar o quadro de pessoal com frequência é contraproducente e custoso.
O capital humano além do RH
Quando se fala em capital humano é possível que, em um primeiro momento, se imagine que ele é de responsabilidade somente do RH. Mas não é bem assim, embora o setor de Recursos Humanos tenha um papel fundamental no tema.
A responsabilidade é também dos gestores, que devem ser líderes das suas equipes, para que os colaboradores sejam valorizados e o fluxo de trabalho se mantenha em alta.
De todo o modo, ter em mente a importância do capital humano é algo que deve iniciar ainda na alta gerência, que difunde uma cultura organizacional. Quando esse entendimento existe, ele perpassa as hierarquias e chegam a todos os níveis.
Mas cabem aos gestores e líderes colocarem em ação as melhores práticas para valorizar o capital humano. Já para o setor de RH, se torna mais clara e simples a tarefa de avaliar o perfil de candidatos a cada vaga nos processos seletivos.
Por consequência, os recrutamentos e seleções ficam mais dinâmicos e existe uma maior facilidade em fazer escolhas assertivas.
Como ter uma gestão de capital humano eficiente?
Antes de pensar nas tarefas que os profissionais responsáveis pela gestão de pessoas e os gestores devem cumprir, é interessante destacar algumas frentes que devem ser trabalhadas:
Conhecimento da equipe: tudo começa pelo entendimento dos recursos que estão à disposição. Quais as habilidades e interesses dos profissionais? Quais capacidades eles desejam aprender? Qual é sua relação com os outros membros da equipe? A resposta a estas perguntas vão te ajudar a traçar um mapa do capital existente na empresa, identificando os seus pontos fortes e as lacunas que devem ser preenchidas.
Seleção e capacitação: estas são as formas básicas de fortalecer o capital humano em qualquer organização, mas vale destacar que elas tem dinâmicas e processos específicos. Cada negócio precisa tomar decisões estratégicas sobre quais serão os modelos de capacitação empregados, e quando é hora de expandir suas forças por meio da contratação.
Retenção: tão importante quanto fortalecer a equipe é garantir que os talentos internos sejam mantidos. Para isso, é necessário entender as motivações de cada um para atuar na empresa, e considerar a melhor maneira ou estratégia de gestão, de forma que possa atender aos interesses individuais.
Engajamento: todo o potencial construído deve ser direcionado para a excelência nos resultados, e isso só é possível quando os profissionais estão comprometidos em dar o seu melhor no dia a dia. O engajamento também está ligado às motivações dos colaboradores, visto que cada pessoa terá as próprias razões para se desenvolver e aplicar os novos conhecimentos na prática.
Alinhamento estratégico: a gestão do capital humano não existe para simplesmente criar uma equipe de ouro. Ela precisa estar alinhada às necessidades da organização, e direcionar os profissionais de acordo com essa demanda. É um trabalho contínuo, pois o negócio estará em constante adaptação às novas realidades do mercado.
Para equilibrar todas essas frentes, existem algumas ferramentas e ações que profissionais e equipes responsáveis pela gestão do capital humano podem adotar no seu cotidiano e, assim, desenvolvê-las de maneira estratégica.
Como desenvolver os colaboradores?
Para investir no desenvolvimento do capital humano, a fim de valorizá-lo, é recomendado implementar diferentes políticas na empresa. Veja a seguir alguns exemplos:
Reconhecimento, promoções e bonificações
Há inúmeras maneiras de reconhecer as competências do seu capital humano, mas não tem como negar que planos de carreira e bonificações são estratégias eficientes.
Afinal, quem desempenha bem as suas funções também quer ser bem pago e crescer dentro da organização.
Enquanto as bonificações ajudam o colaborador a dar o melhor de si e atingir as metas necessárias, o plano de carreira ajuda a orientar o desenvolvimento do capital humano.
Ao saber o caminho que ele vai seguir dentro da empresa é possível delegar as funções adequadas para aproveitar todo o seu potencial.
Outro ponto da discussão, perpassa a concepção contemporânea de trilha de carreira, que nada mais é do que a autonomia do colaborador no processo de crescimento.
Em companhias horizontais e startups, é comum encontrar essa prática e ouvir esse termo. A trilha de carreira “rompe” com a hierarquização dos cargos nas organizações, colocando o colaborador como agente ativo do seu crescimento profissional.
De fato, é necessário que haja um acompanhamento próximo da liderança para reconhecer e validar os esforços dos colaboradores, identificando este crescimento e levando-o ao próximo passo – seja uma promoção ou propondo novos desafios.
Todas essas iniciativas, sem dúvidas, serão valiosas para o empenho e satisfação das pessoas que compõem a sua empresa e o melhor manejo do seu capital humano.
Maior autonomia e engajamento da equipe
Oferecer uma maior autonomia para o capital humano é o melhor método para que ele confie no seu trabalho e tome decisões assertivas. Mesmo que a autonomia seja limitada é também uma forma de deixar a rotina mais dinâmica.
Além disso, colaboradores com autonomia se sentem compelidos a aumentarem o seu engajamento, o que é outro benefício. Isso significa que o capital humano está vestindo a camisa da empresa, dando o melhor de si e até promovendo inovações.
Mas isso só acontece quando ele é estimulado, ao se sentir parte importante da equipe. Ou seja, útil e necessário para que a engrenagem organizacional funcione.
Desenvolvimento da liderança
Quando se fala em capital humano é essencial ainda pensar no desenvolvimento da liderança dentro da empresa. Por mais autonomia que todos possuam, a figura de um líder, no sentido de orientador e motivador, é imprescindível.
Ele deve desenvolver cada vez mais as habilidades dos colaboradores. Isso pode ser feito com a observação individual dos membros da equipe, para perceber o que podem oferecer de melhor e de quais recursos necessitam para tanto.
Oferta de capacitação e treinamentos
Para desenvolver o capital humano é preciso ainda capacitar e treinar os colaboradores de maneira permanente.
Ao chegarem na empresa devem passar por um processo de adaptação para se encaixarem com sucesso na equipe.
Com o passar do tempo, é importante promover reciclagens, novos conhecimentos e até mesmo capacitação para usar novas ferramentas. Isso depende muito do segmento de mercado da empresa, sendo necessário avaliar no que se pode inovar.
Treinamento e desenvolvimento são palavras de ordem para o crescimento dos colaboradores e da companhia em sua totalidade.
Os treinamentos são úteis e eficazes no processo de onboarding de novos membros e na constante atualização e aprimoramento dos membros da equipe.
Promove do intraempreendedorismo e programa de ideias
Uma forma de fazer com que todos os colaboradores se sintam parte fundamental de um negócio é promovendo o intraempreendedorismo.
Isto é, estimular o capital humano a empreender dentro da empresa por meio de novas ideias e mesmo executando suas funções com eficiência e de forma inovadora.
A implementação de um programa de ideias pode ser um grande aliado. O objetivo é que os colaboradores possam efetivamente apresentar as suas ideias e propor melhorias ou mesmo sugerir mudanças inovadoras. Se adequadas, podem ser executadas.
Incentive a mobilidade interna
Muitas vezes a resposta para um desafio está dentro da organização, e algumas mudanças de posição podem ajustar as engrenagens.
Para isso, os gestores podem estimular a mobilidade entre as áreas para descobrir onde o profissional performa melhor e está satisfeito.
No entanto, a mobilidade não deve ser usada sem motivo, afinal é preciso dar tempo para que os colaboradores se adaptem às suas funções, mas é uma tática útil em momentos pontuais.
Amplifique o capital
Da mesma forma que é importante saber trabalhar com o que temos à disposição, também é válido ampliar a equipe trazendo novas forças. Algumas empresas têm receio de contratar profissionais para cargos mais altos, e optam pela promoção.
Mas é interessante avaliar os prós e os contras dessa decisão.
Ao tirar alguém das funções atuais para colocar em uma posição mais alta, estamos criando mudanças em todos os níveis hierárquicos (um gestor é promovido a diretor, e deixa um cargo de gestor em aberto, por exemplo), e trazer uma pessoa de fora pode ser uma opção mais viável.
Também é preciso analisar a perspectiva de ganho na troca de conhecimento da equipe como um todo. Por exemplo: a entrada de novas pessoas no seu quadro de colaboradores, amplia a troca de vivências e experiências profissionais com a equipe.
Um gestor externo pode agregar com uma visão inovadora em algum projeto e/ou iniciativa da empresa, fazendo com que todo o grupo se envolva e se aprimore.
Ou seja, o ganho pode ser expressivo e elevar tanto no capital humano quanto intelectual da companhia.
Construa parcerias
Organizar um ecossistema com parceiros que compartilhem capital humano pode ser uma forma econômica de fortalecer a equipe, além de aprofundar a relação com outras organizações.
Você pode trazer alguém com determinada expertise para compor um projeto temporário, por exemplo, ao invés de investir na seleção e adaptação de um profissional permanente.
Também é possível seguir o caminho oposto, direcionando colaboradores para ganhar experiência e criar novas habilidades ao atuar nos negócios parceiros.
Outra opção viável encontra-se em modelos como a terceirização (conhecido como outsourcing) e a contratação de freelancers, que expande o acesso da empresa a capital humano enquanto mantém uma organização interna enxuta.
Invista em tecnologia
Organizações de grande porte contam com diversos programas para facilitar a gestão do capital humano, mas até mesmo negócios menores podem se beneficiar dessa prática.
A tecnologia pode ser empregada em diversos momentos, seja avaliando perfis para uma seleção ou construindo uma equipe com as capacidades ideais para certo projeto, por exemplo.
Vantagens de fazer uma gestão de capital humano estratégica
Agora, conheça os principais benefícios de atuar de forma estratégica com o capital humano da sua empresa.
1 – Promove uma cultura estável e um ambiente agradável
Além de beneficiar a empresa, a gestão do capital humano também é vantajosa para quem está do outro lado, criando um clima organizacional positivo ao pensar nas questões únicas de cada membro na equipe.
Valorizar o capital humano também proporciona um ambiente de trabalho mais saudável. A satisfação dos profissionais com a empresa reflete nas suas ações do dia a dia e no relacionamento entre colegas e com a própria diretoria.
O local de trabalho se torna mais seguro e confortável, livre de estresse que pode causar brigas e intrigas. Já que todos estão mais focados em desempenhar as suas funções, não se distraem com assuntos que não sejam relevantes.
2 – Melhora a performance
Conforme cada indivíduo atinge seu máximo potencial, em conformidade com os objetivos do negócio, o ganho de performance é notável em todas as áreas.
E, ainda, a empresa se torna mais competitiva e capaz de atender às expectativas (e desafios) que o mercado trouxer até ela.
3 – Diminui o turnover
A gestão do capital humano faz com que os colaboradores sejam desafiados e estimulados a crescer, além de encontrar espaço para discutir suas necessidades com a organização.
Isso mantém os talentos da casa, evitando a queda na produtividade gerada por uma demissão e os custos adicionais para trazer um novo profissional, ocasionando em uma queda expressiva do turnover.
Conclusão
O correto manejo do capital humano intensifica o desempenho de uma equipe, ao mesmo tempo em que estimula o bem-estar dos seus participantes – quando bem implementada, é uma estratégia onde todas as partes saem ganhando.
Além disso, para ter uma gestão empresarial completa, você precisa estimular a inovação dentro da sua organização e existem soluções que irão te ajudar nessa missão.
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