O que é Clima organizacional e 7 dicas para melhorá-lo

O clima organizacional é muito importante para manter uma equipe motivada e com entrega de resultados satisfatórios.

O clima organizacional é responsável por influenciar o desempenho dos colaboradores nas organizações. Mantê-lo em alta deve ser uma estratégia do time de pessoas para reter talentos, uma vez que o ambiente de trabalho tem se tornando cada vez mais um fator de decisão na escolha de uma empresa.

CONFIRA:

  • Qual é a importância do clima organizacional?
  • O que é Clima Organizacional?
  • Como o clima organizacional influencia a cultura empresarial?
  • Como definir o clima organizacional ideal?
  • Principais indicadores e como mensurar o clima organizacional
  • 7 Dicas para melhorar o clima organizacional da sua empresa

A partir do clima organizacional, as empresas voltam suas atenções para os colaboradores com o propósito de ampliar as estratégias de gestão de pessoas, melhorando o ambiente de trabalho. É um conceito que ganha destaque conforme a disputa por talentos qualificados aumenta e os bons salários já não são o bastante para manter profissionais de alto nível na sua organização.

Muitas empresas ainda não se deram conta da importância do clima organizacional para o bom desempenho de seus colaboradores, e ainda há aquelas que nem mesmo sabem o que isso significa.

Aqui você pode tirar suas dúvidas sobre o clima organizacional, avaliando sua importância, impactos, e as maneiras de estruturá-lo para impulsionar a performance da sua equipe profissional.

O que é clima organizacional?

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O “clima” é um conjunto de características que descrevem uma organização, a partir dos comportamentos, atitudes e sentimentos típicos entre os seus colaboradores. Estes elementos vão formar padrões que direcionam as situações e os indivíduos em seu cotidiano.

Definir o clima organizacional como algo tão sólido, no entanto, pode ser uma perspectiva limitante. Isso ocorre em razão das diferentes variáveis ​​situacionais que se relacionam em um ambiente de trabalho.

Cada indivíduo, confrontado com determinada realidade, procura compreendê-la e interpretá-la à sua maneira. Numa empresa com 5 pessoas, quando alguém faz algo, podemos dizer que existem 5 interpretações. Agora pense em como essa dinâmica pode afetar negócios com dezenas ou centenas de profissionais.

As pessoas definem o clima organizacional com base em suas propriedades, percepções, sentimentos individuais e etc. Deste modo, em um sentido mais amplo, o clima organizacional pode ser entendido como o cenário social da organização.

Não devemos igualar o clima organizacional à satisfação no trabalho. Essa é uma resposta afetiva dos indivíduos, a qual reflete suas avaliações de todos os aspectos individuais referentes ao seu trabalho e à organização para a qual trabalham. O clima é composto de fatores diferentes, e pode influenciar ou ser influenciado pela satisfação dos colaboradores.

Você pode entender mais sobre o clima organizacional pensando em expressões comuns, como o clima está tenso ou o clima está tranquilo . Elas mostram como o conceito traz uma ideia de atmosfera psicológica, onde certas emoções prevalecem.

Qual é a importância do clima organizacional?

O clima tem influência sobre a satisfação no trabalho, engajamento, desempenho, criatividade e a inovação nas organizações. Olhar com atenção para este fenômeno é importante para aumentar os resultados em todas as áreas da empresa.

O sucesso de uma organização está associado ao relacionamento com seus colaboradores, portanto, tomar conhecimento do que pode estar afetando o contexto e possibilitando um clima organizacional negativo pode direcionar novas formas de intervenção por parte da empresa.

Para manter as pessoas nas organizações, satisfeitas e motivadas com o trabalho e a busca pelos objetivos organizacionais, os principais fatores são: estilo de gerência, relações da direção com os colaboradores, relações entre os colaboradores, programas de higiene e segurança no trabalho.

Existem organizações que ainda insistem em manter um sistema de gestão baseado na padronização, onde as pessoas são tratadas a partir da generalidade, minimizando suas diferenças e características individuais. Esse modelo acaba resultando em desgaste psicológico, maior rotatividade e repulsa ao ambiente de trabalho.

Outras organizações são mais flexíveis, os processos dão ênfase à liberdade individual, reconhecimento da diversidade e autonomia das pessoas, sem que isso as faça perder os objetivos da empresa de vista. É um modelo que possibilita condições melhores e auto-realização.

É preciso entender que o colaborador não é apenas uma máquina da qual a organização vai dispor, excluindo toda a bagagem psicológica, conhecimentos e experiências anteriores. São as pessoas que irão impulsionar a organização, pois nenhum gestor sozinho poderá competir com as intensas transformações do mercado.

Como o clima organizacional influencia a cultura empresarial?

A cultura organizacional é um sistema de valores compartilhados pelos membros de uma organização, e comportamentos considerados adequados dentro desse sistema. É também um conjunto de premissas e ideias que as pessoas aceitam como a forma certa de ver o mundo.

Existe a cultura dominante, que diz respeito aos valores essenciais compartilhados pela maioria da organização, e as subculturas, existentes em camadas e expressas dentro da organização por alguns grupos. Pode haver a subcultura do escritório de marketing, ou a subcultura do armazém de estoque, por exemplo.

O clima organizacional possui relação direta com a cultura, e um acaba refletindo o outro. Se a cultura é definida pela contribuição dos profissionais, respeito entre eles, espaço para a criatividade e diálogo aberto, por exemplo, o clima certamente será positivo.

No entanto, se a cultura tem padrões do tipo “manda quem pode” ou de competição intensa entre os colaboradores, é provável que o clima organizacional seja mais tenso.

Vale apontar que não existe um padrão de cultura perfeito. Cada empresa terá seu próprio equilíbrio entre fatores como rigidez e autonomia ou cooperação e competição, e isso não torna uma delas melhor do que a outra.

Como definir o clima organizacional ideal?

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Os fatores que influenciam na construção de um clima agradável podem ser analisados nessas dimensões: desafios, realização, valorização, participação, perspectiva de crescimento profissional, liderança, integração  e reconhecimento financeiro.

É necessário entender que as motivações de uma pessoa nem sempre se aplicam a outra, pois cada uma tem suas razões únicas para agir.

O clima ideal, nesse sentido, também será único para cada organização, pois deve estar de acordo com as diferentes motivações e percepções dos colaboradores. Estabelecer um diálogo para entender a visão dos profissionais é indispensável, para evitar o “achismo” em relação ao que eles estão pensando.

Se você perguntar “o que faz um bom clima de trabalho” é provável que as respostas sejam muito vagas – algo como liberdade, criatividade e bons relacionamentos, por exemplo. Procure obter informações mais claras e implementáveis, fazendo questões como:

  • O que acontece de diferente nos seus dias mais produtivos?
  • Quais características você admira nas pessoas da sua equipe?
  • Como você acredita que o seu trabalho poderia ser mais valorizado pela organização?

É claro que dificilmente vamos atingir o “clima ideal” na visão de todos os colaboradores, mas entendendo quais são as referências de cada um a empresa pode se manter na direção mais correta, criando um ambiente favorável na maior parte do tempo e ajustando os pontos que saírem da curva.

Principais indicadores e como mensurar o clima organizacional:

A pesquisa de clima organizacional é uma ferramenta para identificar acertos e problemas reais na gestão dos Recursos Humanos. O diagnóstico e as sugestões proporcionados pela pesquisa são valiosos instrumentos para o sucesso de programas voltados à melhoria da qualidade, aumento da produtividade e construção de uma cultura adequada.

Antes de listar os indicadores, é importante compreender que o clima organizacional costuma ser avaliado em três níveis: favorável, mediano ou desfavorável.

Quando o clima é favorável, as coisas funcionam bem na maior parte do tempo, havendo desafios ocasionais que não chegam a prejudicar o relacionamento entre os colaboradores ou deles com a empresa.

Quando ele é mediano, os obstáculos são mais sérios e evidentes, podendo resultar em quedas na produtividade, conflitos ou desligamentos por parte de alguns profissionais. Já um clima desfavorável é marcado pelo estresse quase constante, com problemas se acumulando e rendimento negativo da maioria dos funcionários.

Os indicadores de um clima organizacional favorável incluem:

  • Profissionais satisfeitos e motivados;
  • Alta integração com a empresa, marcada pela confiança nos líderes;
  • Retenção de talentos e baixa rotatividade;
  • Adaptação mais rápida às mudanças;
  • Baixa abstenção;
  • Comprometimento com a qualidade;
  • Clientes satisfeitos;
  • Alto comparecimento em treinamentos;
  • Envolvimento com o negócio, através de sugestões para a melhoria;
  • Saúde mental em dia (casos raros de burnout, estresse, ansiedade e afins).

Para um clima desfavorável, os indicadores serão opostos:

  • Profissionais insatisfeitos e desmotivados;
  • Conflitos com a empresa e desconfiança nos líderes;
  • Alta rotatividade e perda de talentos;
  • Resistência às mudanças;
  • Alta abstenção;
  • Qualidade reduzida e problemas constantes nas entregas;
  • Clientes insatisfeitos;
  • Treinamentos esvaziados;
  • Afastamento do negócio, com profissionais que apenas seguem ordens;
  • Problemas na saúde mental (vários colaboradores apresentam burnout, estresse, ansiedade e afins).

Caso a sua organização esteja apresentando um ou dois indicadores de um clima organizacional desfavorável, não é preciso se assustar. A maioria dos negócios vai ter questões para resolver em alguns pontos, o importante é que a grande maioria dos critérios apresente uma situação favorável.

Se houver um ou outro problema, é possível focar em resolvê-los isoladamente, mas caso a empresa demonstre vários indicadores de um clima desfavorável, pode ser necessário realizar uma intervenção mais profunda e atenta para resolver suas causas.

7 Dicas para melhorar o clima organizacional da sua empresa

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A maior parte das questões negativas em um clima organizacional diz respeito à falta de cuidado com os indivíduos por trás das funções. Ouvir as pessoas e demonstrar alguma preocupação com seus posicionamentos é o caminho básico que qualquer empresa deve seguir, e estes são alguns passos que você pode adotar na prática:

1. Melhore o sistema de comunicação e torne-o mais eficaz

A comunicação de questões pessoais não precisa atravessar as burocracias destinadas às informações de trabalho. Em outras palavras, permita que os colaboradores tenham acesso direto aos seus líderes, para discutir sua própria atuação na empresa.

Melhorar a comunicação passa pela adoção de tecnologias para ganhar agilidade e quebrar as barreiras entre os profissionais e a empresa, mas as ferramentas devem vir acompanhadas por uma mentalidade aberta ao diálogo.

2. Modifique o ambiente de trabalho

Questões simples como iluminação adequada, mobílias e maquinários ergonômicos ou espaços confortáveis para as pausas podem fazer uma grande diferença no clima organizacional. Essas iniciativas não substituem o papel da escuta ativa e do cuidado com as perspectivas individuais, mas podem complementar o seu efeito positivo.

3. Estabeleça desafios adequados

Reconhecer a situação de um colaborador e ter desafios adequados para o desenvolvimento de suas habilidades é crucial. O objetivo é trabalhar com propostas que estejam alguns passos além da sua capacidade atual, evitando o tédio gerado pela falta de desenvolvimento e o estresse negativo por sentir que está muito abaixo dos resultados esperados.

4. Preocupe-se genuinamente com as pessoas

Sim, elas são o recurso mais importante em um negócio, mas elas também são seres humanos com objetivos e emoções que influenciam no trabalho. Essa preocupação genuína significa o esforço para que as duas partes – pessoa e empresa – estejam satisfeitas com a relação.

5. Estimule a tomada de decisão participativa

Com a automatização, os processos que exigem pouca criatividade e tomada de decisão estão sendo “entregues” aos computadores, e os profissionais estão se voltando cada vez mais para atividades onde estes atributos são um diferencial.

As organizações que estimulam algum nível de autonomia e participação tendem a atrair estes talentos, e contar com as habilidades trazidas por eles na hora de enfrentar as rápidas transformações do mundo.

6. Adeque políticas, procedimentos e regras

Não espere que as coisas simplesmente funcionem por mágica. O clima organizacional não pode ser decretado no papel, mas políticas, procedimentos e regras bem estruturadas – com recompensas para quem mais contribuir com o seu cumprimento – são uma parte necessária desse processo.

7. Forme equipes de acordo com os perfis e as habilidades interpessoais

Como vimos, as subculturas são uma parte importante do clima organizacional, e podem ser exploradas de forma estratégica. Pode ser que um profissional apresente desafios para se integrar em determinado time, mas alcance todo seu potencial numa outra equipe. Procure enxergar possibilidades desse tipo para criar um ambiente mais favorável a todos os colaboradores.

A mesma dinâmica também se aplica ao papel dos gestores, que podem ser uma barreira em determinadas configurações de equipe, e um motor para impulsionar grupos com outras características.

Conclusão

O clima organizacional deve ser pensado como algo vivo, que se desenvolve naturalmente a partir dos relacionamentos entre as pessoas. Isso, no entanto, não é um sinônimo para o caos, pois os líderes das organizações e os profissionais de RH contam com ferramentas para direcionar positivamente essa evolução.

Nesse sentido, o processo de escuta é uma tarefa constante, e ferramentas como o AEVO Innovate, onde os colaboradores possam dar sugestões e discutir as propostas de seus colegas, podem garantir resultados cada vez melhores.

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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