Como analisar as perspectivas da inovação

Se você é um empreendedor, empresário ou gestor de negócios, e quer criar uma plataforma de negócios voltada à inovação, a primeira coisa que precisa saber é que a inovação não é um conceito absoluto. A prova disso é que existem, pelo menos,   dez tipos de inovação. Além disso, é necessário ter uma boa perspectiva da inovação.

Existem várias perspectivas da inovação; em outras palavras, vários pontos de partida para observar e entender a inovação, como ela é desenvolvida, quais são seus efeitos. Conforme o ponto de partida muda, você joga outra luz sobre a inovação, e percebe aspectos diferentes.

Nesse post, vamos apresentar oito olhares que você precisar levar em consideração para colocar a inovação no centro de um negócio. Em cada perspectiva da inovação, vamos apontar as principais observações que têm sido levantadas por estudos da inovação mais recentes. Essas observações certamente vão dar a você muito em que pensar. Confira! 

1. Perspectiva da inovação estratégica

A inovação ocupa, cada vez mais, uma posição estratégica na empresa, seja como própria estratégia primária, seja como um dos elementos considerados na elaboração de uma estratégia global.

Outro ponto importante é que a inovação pode ter um caráter estratégico, ao permitir que a empresa explore novos mercados. Nesse caso, temos o que alguns pesquisadores chamam de “inovação de valor”.

As empresas que desejam inovar podem firmar alianças estratégicas entre si, com o objetivo de promover a inovação de maneira mais segura, compartilhando recursos e dividindo os riscos.

2. Perspectiva da inovação em estrutura organizacional de gestão

Os estudiosos da inovação notam que os modelos organizacionais clássicos já não dão mais conta dos desafios presentes na gestão da inovação, o que leva à formação de novos modelos, como:

  • organizações virtuais
  • organizações em rede
  • spin-outs
  • organizações ambidestras
  • organizações de frente para trás
  • organizações de sensibilidade e resposta

No Brasil, empresas de grande porte em que o desenvolvimento de inovação é uma atividade contínua formam seus próprios centros de inovação. No entanto, o custo para manter esses centros como parte da estrutura organizacional de maneira permanente torna essa opção inviável para a maioria dos negócios.

Enquanto isso, negócios situados em clusters podem apostar no fomento de centros de inovação locais ou regionais, que é uma alternativa acessível.

3. Perspectiva legal

Olhando para a inovação a partir dos aspectos jurídicos, os pesquisadores apontam que é necessário adotar estratégias para proteger a propriedade intelectual produzida pela inovação contra atividades de pirataria. Além de mecanismos legais, como patentes, existem outras maneiras de garantir essa proteção, especialmente:

  • implementação de medidas de sigilo ou segredo industrial
  • redução do lead time , para levar a inovação mais rapidamente ao mercado

As instituições acadêmicas, por meio de seus escritórios de propriedade intelectual e transferência tecnológica, desempenham um papel importante para organizar e gerencial a proteção e exploração de propriedade intelectual. 

Finalmente, as empresas devem conhecer profundamente as legislações ligadas à inovação, como é o caso do Marco Regulatório da Inovação.

4. Perspectiva da inovação financeira de financiamento

No Brasil, são poucas as empresas que investem em inovação, e boa parte desses investimentos são aportados por recursos financeiros obtidos de órgãos do Estado. No entanto, a eficácia das ações de inovação depende realmente da estratégia da empresa para seu financiamento.

Primeiramente, é necessário criar maneiras de mensurar o capital intelectual pois, acompanhando a inovação, existe uma tendência ao aumento dos ativos intangíveis, que até superam os ativos tangíveis.

Além disso, é importante notar a maneira de fazer cálculos financeiros atualmente não favorece a decisão de inovar. O motivo é que a inovação traz um componente intrínseco de incerteza, que é considerado no mundo financeiro tradicional uma forma de “custo” indesejada; isso prejudica a expectativa de retorno sobre investimento (ROI). Vale a pena comentar que, no caso da inovação, em vez do ROI, muitas empresas já aplicam o Retorno Sobre Aprendizado (ROL).

5. Perspectiva de relacionamento com o ambiente externo

As empresas, ao inovar, precisam adotar sistemas que levem em consideração a realidade do lado de fora dos seus muros. O governo também desempenha um papel nesse sentido, sendo responsável por cuidar das repercussões sociais da implementação das inovações empresariais no mercado.

Além disso, cada empresa deve estar atenta aos sistemas de inovação presentes em nível nacional e regional, bem como aqueles presentes no seu setor de mercado. Esses sistemas externos devem ser levados em consideração para garantir maior eficácia às suas próprias ações de inovação.

6. Perspectiva a partir do conhecimento

O gerenciamento do conhecimento ganha cada vez mais importância, já que o conhecimento é ativo essencial para a inovação, e isso tem impulsionado a implementação de ações voltadas para aprendizagem organizacional, redes de conhecimento e comunidades de prática dentro das empresas.

As inovações baseadas em conhecimento apresentam quatro traços característicos:

  • maior tempo
  • maiores taxas de fracasso
  • previsibilidade reduzida
  • maiores desafios para o empreendedor

Essas características são derivadas do fato de que é preciso acumular conhecimento antes de produzir a inovação, além de capacitar seus usuários. Vale a pena destacar que, nesse processo, é preciso ampliar a “aprendizagem individual” para uma “aprendizagem organizacional”, envolvendo todos os colaboradores. Até mesmo redes com profissionais de fora da empresa devem ser estabelecidas.

Por outro lado, apesar dos obstáculos, essas inovações têm maior durabilidade, pois são mais difíceis de copiar ou imitar.

Finalmente, é necessário incentivar o desenvolvimento da imaginação, da criatividade, que cria oportunidades de inovação. No entanto, isso deve ser feito de maneira disciplinada, por meio de sistemas de gestão. Do contrário, a inovação será apenas uma ocorrência esporádica na empresa. 

7. Perspectiva da inovação de processos, práticas e métodos

Em relação à forma como levam um novo produto ao mercado, existem três categorias de empresas:

  • integradora: faz sozinha toda a administração das etapas que levam um novo produto ao mercado
  • orquestradora: seu foco é o processo de comercialização, enquanto as demais etapas ficam a cargo de parceiros
  • licenciadora: vende ou licencia o novo produto para outras empresas que, então, conduzem a comercialização

A forma como a empresa leva os produtos ao mercado afeta sua cadeia de valor. Acontece que tipos diferentes de inovação são requeridos em cada momento da cadeia de valor; por isso, quando a cadeia de valor muda, a maneira como a empresa conduz a inovação também deve mudar.

8. Perspectiva de indicadores de desempenho

As empresas devem desenvolver um conjunto de indicadores para avaliar a eficácia dos seus esforços de inovação. Um bom sistema de métricas poderá auxiliar a tomada de decisões ao longo do processo de inovação, aumentando a taxa de sucesso desse processo. Já existem metodologias que incluem indicadores para a gestão da inovação; elas são ferramentas importantes para apoiar os negócios na busca de seus objetivos.

Os apontamentos feitos em cada uma das oito perspectivas da inovação que você viu nesse post são considerações de quem pesquisa a inovação a fundo. Então, se você quer criar uma plataforma de negócios empresarial voltada à inovação, essas ideias são um recurso valioso para não deixar passar nenhum ponto cego. 

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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