Como inovar nas empresas: 4 práticas para ter resultados

Um caminho para entender como inovar nas empresas é o uso da gestão da inovação. Para que o gerenciamento tenha sucesso, é preciso que haja visão e direcionamento, recursos e infraestrutura, modelos de reconhecimento e engajamento aos colaboradores, estrutura e processos postos à disposição.

A inovação é um talento natural do ser humano, derivado da capacidade inata de ser criativo. Em um ambiente corporativo, no entanto, é necessário que exista uma gestão e processos sólidos para que a inovação torne-se algo capilarizado e parte da cultura da empresa.

Com isso, cada vez mais, as lideranças das empresas e os profissionais percebem, a partir de evidências práticas (do mercado, dos seus concorrentes e das demandas dos consumidores), a importância de ter um processo de inovação em suas companhias.

Ao estimular o exercício criativo por meio de ações e contar com um processo estruturado, a organização passa a ter uma série de benefícios que impactam na sustentabilidade do negócio no presente e na geração de valor futura.

Esse processo é um norteador para que as empresas entendam como inovar a seu modo, alcançando resultados satisfatórios que impactam as dores do negócio, e possibilitam mudanças reais.

Conheça estratégias, práticas e ferramentas adequadas para entender como inovar na sua empresa. Siga a leitura.

O que é inovação?

A inovação pode ser descrita como uma ideia implementada e capaz de acrescentar valor às operações de uma empresa. Isso significa aumentar os lucros, melhorar a relação com o cliente, expandir a marca, trazer produtividade e assim por diante.

O conceito, apesar de poderoso, não tem mistério algum. Basta que a proposta trazida por líderes ou colaboradores do negócio seja implementável, e ofereça melhorias em algum aspecto, para estarmos diante de uma inovação.

Elas têm vários tamanhos e formas, de mudanças que destroem e originam mercados, à movimentos simples que economizam papel no escritório ou tornam um processo 5% mais rápido, por exemplo.

É importante que as empresas reconheçam o valor destas últimas, já que as pequenas inovações, quando somadas, podem ser tão marcantes quanto as inovações disruptivas.

Vale apontar, nesse sentido, que a inovação vai muito além de novos produtos e serviços.

O ponto central da inovação nas empresas é que ela precisa trazer retorno e gerar resultados, sustentando o presente de uma companhia ou construindo o seu futuro.

E, para que esse resultado seja alcançado, é primordial que a inovação esteja conectada à estratégia da organização, entendendo os territórios nos quais irá atuar. Assim, a organização garante que seus esforços estarão direcionados para um objetivo claro, investindo tempo e recursos no que fará a empresa se manter competitiva no mercado.

No vídeo abaixo, explicamos um pouco mais sobre o conceito de inovação hoje:

YouTube video

Como inovar nas empresas?

Conheça os pilares da gestão da inovação para saber como inovar nas empresas

A gestão da inovação, sobre a qual já falamos brevemente, entende que não há como inovar sem um processo bem definido, com visão e direcionamento, com recursos e infraestrutura, com modelos de reconhecimento e engajamento aos colaboradores, estrutura e processos postos à disposição.

Ter ideias geniais e esperar que elas mudem o futuro da empresa é arriscado e pouco viável, mas criar um ambiente favorável a esse objetivo está inteiramente sob o controle de uma empresa.

Em primeiro lugar, devemos encarar a inovação como uma parte estratégica do negócio.

Com isso, estaremos buscando novas ideias de modo constante, mantendo um fluxo para que, enquanto algumas delas estão sendo implementadas, outras ganham forma através de projetos, e tantas mais são apresentadas como propostas iniciais.

Os benefícios para empresas que adotam essa mentalidade já estão mais do que comprovados.

Graças à melhoria contínua, podemos adaptar as operações para nos proteger dos riscos e aproveitar as oportunidades, que surgem e desaparecem num ritmo cada vez mais acelerado.

4 práticas para impulsionar a inovação nas empresas

A seguir, trazemos 4 boas práticas para executar a estratégia de inovação em uma empresa.

Essas práticas se adequam às mais diferentes estratégias que podem ser definidas e apoiam diretamente na criação de uma cultura de inovação.

1 – Crie um programa de inovação interna

Um programa de inovação interno é o start ideal para aprender como inovar de maneira prática, incentivando a criação e implementação de ideias entre os profissionais fazem parte de uma empresa.

O programa de inovação interna, ou Programa de Ideias, estimula o intraempreendedorismo, fazendo com que os colaboradores se sintam protagonistas para lidar com os desafios do negócio e por encontrar soluções para cada um deles.

A proposta é fazer com que todos eles, em suas áreas, percebam e compartilhem formas de criar valor para a empresa.

Dessa maneira, o processo de identificar melhorias em processos, serviços e produtos se torna mais amplo e independente da gestão.

Os colaboradores podem identificar e sugerir oportunidades, além de se responsabilizar pela implementação das propostas, ganhando mais responsabilidade e autonomia na medida em que suas ideias apresentam bons resultados.

Isso, logicamente, não significa que os líderes apenas assistem; mas eles agora passam a ter mais foco na estratégia, removendo as barreiras para o avanço coletivo das operações.

Também cabe à liderança pensar em estímulos para a inovação, recompensas para os colaboradores engajados e iniciativas que promovam mais clareza sobre como inovar na empresa.

Para que o programa de inovação interna seja bem-sucedido, cabe às lideranças da organização capacitar as pessoas sobre o que é inovação, criar rotinas para garantir o engajamento das pessoas e direcionar a geração de ideias por meio de campanhas específicas alinhadas aos desafios ou oportunidades do negócio.

Leia mais:
Por que investir em inovação? Importância e benefícios
Inovação incremental: o que é, qual o foco e exemplos

2 – Crie um programa de inovação aberta

O próximo passo é expandir as ações e contar com soluções externas para os seus desafios, adotando um programa de inovação aberta.

Nesse modelo, busca-se startups, universidades, organizações parceiras e outros grupos inovadores para desenvolver e cooperar em projetos de inovação.

Esse modelo traz benefícios como inovar mais rápido, agregando a expertise do mercado, o que leva a entrega de soluções inovadoras em menor tempo.

Em plataformas dedicadas e bancos de startups, como o módulo de Inovação Aberta do AEVO, você pode encontrar e se relacionar com diversas organizações inovadoras para solucionar os desafios de inovação da sua empresa.

Ao lançar na plataforma o seu próprio desafio de inovação aberta, é possível encontrar novos parceiros de forma passiva, para que elas pensem em como inovar de uma maneira específica, voltada para as suas necessidades.

Tudo isso resultará em:

Expansão do know-how

Além de satisfazer às necessidades imediatas, os parceiros de inovação também podem contribuir com sugestões para outros desafios, e até mesmo perceber questões que ainda não haviam sido notadas, por trazerem olhares específicos sobre alguma área do negócio.

Ainda pode se obter acesso à mais informações sobre o mercado, já que essas organizações também se conectam com outras empresas.

Redução de riscos

A inovação aberta muitas vezes traz uma solução com mais rapidez às necessidades do negócio ou uma solução pronta, já testada e validada em outros espaços, que podem ser adotadas com apenas alguns ajustes.

O risco de que ela não funcione e o investimento se perca é muito reduzido – e, quando isso ocorre, o impacto tende a ser menor, já que o investimento aqui costuma ser mais baixo do que no desenvolvimento de uma solução interna.

Fluxo de inovação acelerado

Até mesmo empresas gigantes, que investem milhões em pesquisa e desenvolvimento, têm limites para o quanto podem fazer com seus recursos.

O fluxo de inovação, quando se limita ao modelo interno, acaba sendo freado por esses gargalos.

Simplesmente faltam pessoas, ferramentas ou capital suficiente para implementar todas as ideias, mas a formação de parcerias permite superar tais barreiras.

3 – Adote uma estratégia de inovação interna e aberta

O objetivo não é tomar uma decisão absoluta entre inovação interna ou aberta.

Na verdade, um dos segredos das empresas que realmente entenderam como inovar é o uso dos dois modelos. Dessa forma, é possível combinar as ideias de quem melhor conhece as operações da casa, seus colaboradores, e a criatividade dos parceiros espalhados pelo ecossistema.

O grau de peso atribuído a cada tipo varia de empresa para empresa, respeitando sua cultura e valores.

Tradicionalmente, o modelo interno começa como mais forte, pois acaba servindo de base para o entendimento das oportunidades que serão abordadas posteriormente em um modelo aberto.

É importante pontuar que um projeto de inovação pode ter abordagem híbrida, quando contratamos um consultor de forma temporária, ou destacamos um membro para supervisionar e colaborar com o trabalho na organização parceira, por exemplo.

4 – Após criar um programa de inovação, gerencie os projetos

Gesto de projetos de inovação

Além de escolher os caminhos para inovar, a gestão da inovação precisa dar continuidade ao processo para que as ideias resultem em valor na empresa.

Esse é um momento cuidadoso, afinal será preciso lidar com várias iniciativas em diferentes estágios – geração de ideias, seleção, validação, implementação e ajustes.

Para manter tudo em ordem, é importante contar com recursos como a Central de Iniciativas da AEVO, onde você e a sua equipe podem acompanhar os detalhes de cada projeto, e nunca perder de vista qual é o próximo passo.

Exemplos de programas de inovação interna

Cases de empresas como a Aeris e a Aviva nos ensinam como inovar levando o potencial da sua organização ao máximo.

A Aeris atua no campo da energia renovável, fabricando hélices de captação eólica. O setor já é inovador por natureza, mas não pode se dar ao luxo de parar enquanto novas soluções surgem a todo momento.

O programa Valorizando Ideias e Sugestões da Aeris recebeu mais de 1.700 sugestões internas em seu primeiro ciclo, implantando rapidamente uma em cada cinco.

Utilizando o software da AEVO para lidar com tantas frentes de atuação, a Aeris foi capaz de obter resultados em áreas diversas.

Da eficiência operacional, reaproveitando materiais de pintura e reduzindo o tempo de processos simples, à expansão produtiva de 30 para 80 pás eólicas por dia, a empresa conquistou um ROI de 6,8x com seu programa de inovação, superando os R$ 660 mil em números absolutos.

Veja no vídeo teaser abaixo, os gestores e colaboradores da Aeris contando sobre o impacto do programa de inovação na empresa:

YouTube video

Os resultados da Aviva foram igualmente recompensadores. Focada em turismo e entretenimento, com parks e resorts espalhados pelo país, a empresa recebeu mais de 16 mil ideias, num programa que se estendeu por mais de 10 anos, demonstrando seu compromisso permanente com a inovação.

A equipe de inovação, que começou com apenas quatro pessoas, conseguiu impulsionar o engajamento de mais de 4.000 colaboradores. De forma coletiva, eles construíram ideias que levaram a um retorno financeiro de R$ 55 milhões.

Exemplos de programas de inovação aberta

Acelerando projetos de alto valor, e colhendo seus frutos, os programas de inovação aberta são uma ótima opção para se aproximar de parceiros que também estão pensando em como inovar, e não faltam exemplos para comprovar o sucesso desse modelo.

SLC Agrícola e o AgroX

Exemplo de inovação aberta do grupo SLC Agrícola

O AgroX é o programa da SLC Agrícola que já recebeu inscrições de mais de 400 startups, fornecendo ideias que contribuem para a criação de gado e as plantações de milho, soja e algodão.

Enquanto a organização obtém soluções para desafios como a contagem dos rebanhos ou a medição do carbono sequestrado em suas áreas verdes, os participantes podem se tornar fornecedores e parceiros de uma indústria consolidada, escalando rapidamente seus negócios.

Ambev e Parley for the Oceans

Conheça o Desafio Livre de Plástico da Corona & Parley for the Oceans

A Parley for the Oceans é uma ONG reconhecida pelos desafios lançados em parcerias com gigantes de diversos setores. Ela se juntou à Ambev, que também é parceira da AEVO, para recolher ideias que permitissem reduzir o acúmulo de plástico nas praias e nos oceanos.

O Desafio Livre de Plástico recebeu 450 inscrições. Usando nosso software para desenvolver as ideias e transformá-las em projetos acionáveis, as propostas vencedoras, em conjunto, contribuem para evitar que 230 mil toneladas de plástico sejam descartadas nas praias a cada ano.

CPFL Inova

CPFL Inova - o programa de  Inovação Aberta da CPFL

Oferecendo oportunidades de crescimento em parceria com a Endeavor, o programa CPFL Inova já investiu milhões em projetos para desenvolver o setor elétrico no país.

Além de atrair empreendedores parceiros, a empresa também aposta na formação profissional e pesquisa científica, apoiando programas de mestrado e doutorado enquanto expande suas fontes de ideias.

Os projetos, além de impactar os resultados da organização, demonstram grande potencial de transformar o setor, apresentando soluções para a recarga de veículos elétricos, o reaproveitamento de suas baterias e a substituição de geradores a diesel por alternativas elétricas.

Exemplo da estratégia de inovação aberta e fechada

Tipos de inovação do magazine Luiza

Combinando iniciativas da casa e parcerias com organizações criativas, propostas como o Luizalabs são capazes de fazer as empresas se manterem e crescerem mesmo nos setores mais desafiadores.

Mantido pela Magazine Luiza, o programa é responsável pela expansão das lojas e centros de distribuição, assim como pela digitalização da marca.

Foi da combinação entre a expertise interna e o trabalho de parceiros que surgiram projetos como:

  • A pioneira Lu do Magalu, criada ainda em 2003, e hoje a maior influenciadora virtual do mundo;
  • A abertura para distribuir produtos de outros vendedores em seu marketplace;
  • O MagaluAds, para que os lojistas invistam na divulgação de suas ofertas;
  • O MagaluPay, dedicado a pagamentos virtuais.

O foco da empresa está no modelo de ambidestria organizacional, usando a inovação para manter o negócio existente, sem perder de vista as oportunidades em novos setores.

Para reforçar o conhecimento deste artigo, reunimos as duas principais perguntas sobre o tema para responder:

Quais as principais formas de inovar?

Para inovar com resultados, a empresa precisa ter um processo bem definido, com visão e direcionamento, com recursos e infraestrutura, com modelos de reconhecimento e engajamento aos colaboradores, estrutura e processos postos à disposição.

Quais são as melhores práticas para criar e inovar?

Para inovar, a empresa deve seguir boas práticas:
– Ter bem definido o que é inovação para a empresa;
– Se orientar por uma estratégia de inovação (programa de inovação aberta, programa de ideias, ambos);
– Oferecer capacitação, modelos de reconhecimento e engajamento, e as ferramentas necessárias para inovar;
– Construir uma cultura de inovação sólida; fazer a gestão da inovação.

Conclusão

Quando os negócios e gestores estão realmente dedicados a saber como inovar, logo perceberão que as oportunidades estão por toda parte.

Seja na mente dos colaboradores, ou em projetos externos, sempre haverá uma ideia capaz de solucionar o desafio da sua empresa.

Manter a condução das iniciativas internas, ao mesmo tempo em que cuidamos das relações com fornecedores e parceiros, exige ferramentas e uma abordagem estratégica. Nesse sentido, a AEVO pode apoiar a sua empresa.

AEVO é uma solução completa em gestão da inovação e estratégia, que conta com um um Software de Gestão da Inovação que centraliza todas as iniciativas inovadoras em um mesmo ambiente, atuando de ponta a ponta no processo de inovação; e ainda desenha e implementa projetos personalizados através da sua área de consultoria de inovação.

Fale com um de nossos especialistas, e descubra como inovar de modo consistente levando os recursos da AEVO para dentro da sua empresa!

Luís Felipe Carvalho

Luís Felipe Carvalho é um dos fundadores e, atualmente, CEO da AEVO; está há mais de 16 anos à frente de iniciativas para alavancar a inovação de empresas do Brasil e do mundo. Ao longo de sua trajetória, acumula experiências em gestão e implantação de projetos de inovação, buscando formas de gerar resultados para corporações também por meio do incentivo ao intraempreendedorismo. Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Espírito Santo, cursou MBA em Gestão Empresarial e possui certificação PMP (Project Management Professional) concedida pelo Project Management Institute. Foi analista de projetos e liderou programas inovadores em grandes companhias de segmentos como engenharia e siderurgia. Integrou ainda o corpo docente da FUCAPE Business School, ministrando disciplinas de Project Management Office (PMO), Portfólio e Maturidade em Projetos e Gerenciamento de Riscos.

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Luís Felipe Carvalho

Luís Felipe Carvalho é um dos fundadores e, atualmente, CEO da AEVO; está há mais de 16 anos à frente de iniciativas para alavancar a inovação de empresas do Brasil e do mundo. Ao longo de sua trajetória, acumula experiências em gestão e implantação de projetos de inovação, buscando formas de gerar resultados para corporações também por meio do incentivo ao intraempreendedorismo. Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Espírito Santo, cursou MBA em Gestão Empresarial e possui certificação PMP (Project Management Professional) concedida pelo Project Management Institute. Foi analista de projetos e liderou programas inovadores em grandes companhias de segmentos como engenharia e siderurgia. Integrou ainda o corpo docente da FUCAPE Business School, ministrando disciplinas de Project Management Office (PMO), Portfólio e Maturidade em Projetos e Gerenciamento de Riscos.

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