Deep Learning: o que é, quais os tipos e onde é usado

O Deep Learning é uma vertente da inteligência artificial que se baseia em redes neurais artificiais profundas para imitar o funcionamento do cérebro humano. Dessa forma, a IA se torna mais rápida e assertiva no processamento de informações e tomada de decisões

Imagine um sistema capaz de aprender, evoluir e tomar decisões complexas de maneira autônoma. Essa é a promessa do Deep Learning, uma das vertentes mais promissoras da inteligência artificial.

A adoção de tecnologias de IA, incluindo o Deep Learning, aumentou exponencialmente nos últimos anos, demonstrando um avanço do interesse e investimento nessa área.

A projeção é de que esse ritmo continue constante, mantendo um crescimento médio de 120% ao ano.

Essa evolução não é apenas um marco tecnológico. Ela representa uma oportunidade inestimável para empresas que buscam otimização, eficiência e inovação nos mais diversos setores.

Aprofundar-se no universo do Deep Learning abre um caminho repleto de possibilidades, capaz de transformar operações e impulsionar sua empresa para a vanguarda dos próximos avanços.

Entenda mais sobre esse conceito e as possibilidades que ele pode oferecer para o crescimento da sua empresa. Siga a leitura.

O que é Deep Learning?

O Deep Learning é uma vertente da inteligência artificial que se baseia em redes neurais artificiais profundas para imitar o funcionamento do cérebro humano. Dessa forma, a IA se torna mais rápida e assertiva no processamento de informações e tomada de decisões.

Em sua essência, o Deep Learning visa a construção de algoritmos capazes de aprender representações de dados de maneira hierárquica e abstrata, reconhecendo padrões complexos nesses dados.

Ao contrário de algoritmos tradicionais voltados ao aprendizado de máquina, que dependem de uma definição explícita de características para identificar padrões, o Deep Learning permite que o sistema automaticamente descubra características relevantes por meio de camadas de processamento de dados.

Esse método é especialmente eficaz em tarefas de reconhecimento de imagem, processamento de linguagem, tradução automática, reconhecimento de fala, entre outras áreas da comunicação.

Ferramentas como o ChatGPT e o DALL-E utilizam recursos de Deep Learning para interpretar comandos e oferecer, respectivamente, textos ou imagens de alta qualidade.

A principal razão para seu sucesso é a capacidade de lidar com grandes volumes de dados de maneira eficiente, aprendendo com exemplos e refinando suas próprias representações internas para melhorar a precisão e a generalização das predições.

Num contexto mais amplo, o Deep Learning é uma técnica promissora que permite à IA realizar tarefas complexas com maior autonomia e eficácia.

Ele impulsiona inovações em uma ampla gama de setores, desde saúde e finanças até manufatura e transporte.

Essa abordagem revolucionária está transformando a maneira como as empresas processam informações e tomam decisões, abrindo portas para novas possibilidades e avanços significativos no mundo moderno.

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Diferença de Deep Learning e Machine Learning

Deep Learning e Machine Learning são subconjuntos dentro do campo mais amplo da Inteligência Artificial, e possuem algumas diferenças fundamentais.

Estrutura e representação de dados

Machine Learning (ML): nesse método, os algoritmos aprendem a realizar tarefas sem serem explicitamente programados, utilizando uma variedade de técnicas estatísticas para reconhecer padrões nos dados.

Deep Learning (DL): é uma subcategoria de Machine Learning baseada em redes neurais artificiais profundas. Os modelos de Deep Learning aprendem diretamente dos dados, tipicamente através de camadas consecutivas de processamento.

Características do algoritmo

ML: algoritmos de ML podem variar de simples a complexos. Eles são baseados em uma série de métodos, como regressão linear, árvores de decisão, SVM (Support Vector Machines), etc.

DL: utiliza arquiteturas de redes neurais profundas, compostas por muitas camadas (daí o termo “Deep“). Essas redes podem aprender representações hierárquicas complexas dos dados, oferecendo um potencial maior de análise e compreensão.

Performance em tarefas complexas

ML: funciona bem em problemas com menos dados e menos complexidade. Para tarefas altamente complexas, pode ser menos eficaz.

DL: melhor em lidar com grandes volumes de dados e problemas complexos, como reconhecimento de imagem, processamento de linguagem natural, desenvolvimento de códigos e resolução de jogos.

Necessidade de dados e potência computacional

ML: em geral, requer menos dados que Deep Learning, o que também reduz a necessidade computacional para processar as informações.

DL: para atingir seu potencial, esse modelo necessita de grandes quantidades de dados rotulados e poder computacional avançado para conduzir o treinamento numa velocidade aceitável.

Interpretabilidade

ML: algoritmos de Machine Learning frequentemente são mais interpretáveis, permitindo compreender como o modelo chegou a determinada decisão.

DL: redes profundas podem ser mais difíceis de interpretar devido à complexidade de suas camadas ocultas, tornando a explicação do processo de tomada de decisão mais desafiadora.

Tipos de Deep Learning

Dentro do campo do Deep Learning, existem diferentes arquiteturas e tipos de redes neurais, cada uma com suas características específicas e aplicações.

Cada tipo tem suas vantagens e aplicações específicas. Essas arquiteturas muitas vezes são combinadas ou modificadas para se adequar a cenários mais complexos. A escolha entre eles depende do tipo de problema a ser resolvido e da natureza dos dados envolvidos.

Alguns dos modelos mais comuns incluem:

Redes Neurais Convolucionais (CNNs)

Aplicadas principalmente no processamento de imagens e vídeos, elas são projetadas para reconhecer padrões em dados de grade, como os pixels em uma imagem.

Utilizam camadas convolucionais para extrair características hierárquicas e reduzir a dimensionalidade dos dados, seguidas por camadas de agrupamento para resumir informações importantes.

Redes Neurais Recorrentes (RNNs)

Úteis em processamento de linguagem natural (NLP), tradução automática, legendagem de imagens, entre outros.

Elas são projetadas para processar sequências de dados, mantendo uma memória interna.

São capazes de lidar com informações sequenciais graças a conexões direcionadas para trás (feedback), permitindo que informações anteriores influenciem as saídas futuras.

Redes Neurais Generativas Adversariais (GANs)

Usadas para gerar dados sintéticos, elas são muito úteis na elaboração de imagens, arte, música, entre outras aplicações criativas.

Os “adversários” são duas redes neurais, uma geradora e uma discriminadora, que competem entre si.

A rede geradora tenta criar dados realistas, enquanto a discriminadora tenta distingui-los dos dados reais. Esse processo de competição melhora continuamente os resultados gerados.

Recorrentes Longas de Curto Prazo (LSTMs) e de Memória a Curto Prazo (GRUs):

Complementares às Redes Recorrentes, elas são úteis para tarefas de linguagem e processamento de sequências.

Essas arquiteturas melhoram a capacidade de reter e lembrar informações relevantes a longo prazo, em comparação com as RNNs tradicionais, e por isso são mais eficazes no processamento de sequências longas.

Onde e como usar o Deep Learning?

A capacidade das redes neurais profundas de aprender padrões complexos a partir de grandes conjuntos de dados impulsiona o seu uso em uma variedade de cenários e tem impacto significativo nas operações empresariais, melhorando a eficiência, precisão e tomada de decisões.

Esses são apenas alguns exemplos de como o Deep Learning é aplicado em diversas áreas.

Setor automotivo

Em veículos autônomos, o Deep Learning é usado para identificar e interpretar objetos, como pedestres, sinais de trânsito e obstáculos nas estradas.

Essa inteligência ajuda a tomar decisões em tempo real, garantindo a segurança.

Vigilância e segurança

Em sistemas de vigilância, o Deep Learning permite a identificação de objetos e padrões de comportamento em tempo real, ajudando na detecção de atividades suspeitas.

Assistentes virtuais

Os assistentes virtuais usam técnicas de NLP baseadas em Deep Learning para compreender e responder a comandos de voz de maneira mais precisa.

Eles podem realizar tarefas, fornecer informações e controlar dispositivos por meio da fala.

Tradução automática

Com modelos de tradução baseados em Deep Learning, serviços online conseguem traduzir textos entre idiomas com maior precisão e naturalidade.

Diagnóstico

Redes neurais profundas são empregadas na análise de imagens médicas, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, para identificar anomalias ou doenças.

Elas podem ajudar os médicos a fazer diagnósticos mais precisos e rápidos.

Descoberta de medicamentos

No campo da biotecnologia e farmacêutica, o Deep Learning é usado para simular e prever a interação entre compostos químicos e para descobrir novos medicamentos mais rapidamente.

Análise de risco e fraude

No setor financeiro, as redes neurais podem avaliar riscos de crédito, prever flutuações de mercado e identificar padrões que possam indicar atividades fraudulentas.

Recomendação

Grandes plataformas de e-commerce usam modelos baseados em Deep Learning para recomendar produtos aos usuários com base em seus históricos de compras e escolhas de clientes com preferências semelhantes.

Um sistema semelhante é utilizado na recomendação de vídeos, filmes e músicas em plataformas de streaming.

Análise de sentimento

O Deep Learning é aplicado para analisar grandes volumes de posts em redes sociais ou avaliações de clientes, buscando entender as opiniões dos consumidores sobre seus produtos e serviços.

Conclusão

O Deep Learning tem se destacado como uma ferramenta poderosa em várias indústrias, impulsionando a inovação e transformando a maneira como lidamos com dados e tecnologia.

Sua capacidade de compreender, aprender e tomar decisões a partir de informações complexas tem impulsionado avanços significativos em diversos setores.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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