Design Sprint: como conduzir em 5 etapas e dicas

Design Sprint é uma metodologia criativa e colaborativa, idealizada pela Google Ventures, que visa acelerar o processo de inovação e a resolução de problemas. É comumente utilizado por equipes que desejam testar novas ideias antes de investir grandes recursos em seu desenvolvimento e implementação.

Imagine ter a oportunidade de resolver um problema complexo e desenvolver soluções inovadoras em apenas uma semana? Parece bom demais para ser verdade, mas isso é, de fato, possível, através do design sprint. 

Na realidade acelerada dos negócios, onde a inovação é essencial para se manter à frente da concorrência, o design sprint se afirma como uma chance de se manter um passo à frente na competição. 

Acompanhe o conteúdo e descubra o que é, como funciona e o modelo Google de design sprint!

O que é Design Sprint? 

Design sprint é uma metodologia criativa e colaborativa, que visa acelerar o processo de inovação e a resolução de problemas. A palavra “Sprint” remete à rapidez de uma corrida, e aqui essa velocidade é aplicada ao desenvolvimento de produtos e soluções. 

Na prática, ao invés de esperar meses para lançar um produto finalizado, ou um MVP (Produto Mínimo Viável), a fim de descobrir se uma ideia é viável ou não, o design sprint foca na validação da ideia com os usuários e reduz o processo para apenas 40 horas de trabalho. 

Idealizada pela Google Ventures, essa metodologia tornou-se uma abordagem eficaz para equipes que desejam testar novas ideias antes de investir grandes recursos em seu desenvolvimento e implementação. 

Como o Design Sprint funciona? 

A “mágica” desse processo, em relação a outras metodologias, é que ele cria um atalho que conecta as etapas da ideia e do aprendizado, pulando as fases de construção e lançamento.

Isso significa que, ao longo de 5 dias intensos, é possível desenhar a ideia inovadora no “papel” e ter uma compreensão concreta sobre sua viabilidade e potencial de sucesso. 

Nesse processo, uma equipe multidisciplinar, incluindo gerentes de produto, engenheiros, designers UX/UI, pesquisadores e stakeholders, reúne suas expertises para resolver um problema específico. 

Equipados com materiais simples e, muitas vezes, analógicos, como quadros, post-its, papel, canetas e fitas adesivas, eles mergulham em um processo focado em criar soluções tangíveis e testáveis. 

A jornada do design sprint é, geralmente, conduzida por um facilitador experiente, chamado Sprint Master, que administra a equipe ao longo das etapas. 

Outro detalhe importante é que, nesse processo, o trabalho se direciona pela experiência do público-alvo desde o início. Inclusive, em sua estrutura, a metodologia incorpora princípios de design thinking, colocando o usuário no centro, além de focar na geração de ideias, prototipação rápida e teste de hipóteses. 

Leia mais:
Design Thinking: o que é, quais as etapas e finalidade
Como incentivar ideias inovadoras? Dicas práticas

Para que serve o Design Sprint? 

De modo geral, o design sprint oferece um caminho curto para gerar soluções inovadoras, promovendo uma mentalidade que tem como norte o cliente e a experimentação. A abordagem de uma semana é particularmente atraente, pois temos um time focado por cinco dias, mapeando, prototipando e testando ideias quase que sem parar. 

Isso evita que meses, ou até anos, sejam gastos em projetos que podem não atender às necessidades do usuário final. Além disso, o design sprint é uma maneira eficaz de alinhar as partes interessadas e garantir que todos tenham uma compreensão clara do problema e das soluções propostas. 

A metodologia de Design Sprint é útil quando a empresa deseja: 

  • Lançar novos produtos ou serviços; 
  • Melhorar a experiência do usuário de produtos existentes; 
  • Otimizar processos internos; 
  • Validar novos modelos de negócios. 

Ela também pode ser usada para enfrentar desafios específicos, como a criação de estratégias de marketing, a resolução de problemas de design ou a inovação em áreas como sustentabilidade e responsabilidade social. 

Design Sprint e Inovação 

A estrutura do design sprint é totalmente vinculada à inovação, pois está voltada a acelerar o processo de desenvolvimento e validação de ideias inovadoras.

Essa relação entre design sprint e inovação fica ainda mais clara quando pensamos no fato de que ela é uma metodologia ágil e centrada no usuário.  

O feedback dos usuários é a base de etapas como o teste e a validação das ideias, e isso é essencial para a inovação, pois permite que as empresas se afastem das abordagens tradicionais e adotem uma mentalidade mais experimental e orientada para resultados. 

O design sprint também promove a cultura da inovação dentro das organizações. Envolvendo membros de diferentes áreas e níveis hierárquicos numa só equipe, ele cria um ambiente propício para a troca de ideias e perspectivas diversas – o que estimula a criatividade e a geração de soluções inovadoras de verdade. 

As 5 etapas do Design Sprint 

No alto do seu dinamismo e agilidade, o design sprint funciona porque se trata de uma jornada estruturada, dividida em 5 etapas que moldam a transformação de ideias em soluções testadas e validadas. 

Cada etapa é uma peça fundamental que se encaixa no quebra-cabeça da inovação, criando um fluxo coeso para impulsionar o processo criativo e garantir resultados consistentes. 

Processo de design sprint dividido em 5 etapas

1 – Entendimento e Definição 

Tudo começa com uma imersão profunda no problema a ser resolvido. 

Objetivo: as informações devem ser coletadas e a equipe se alinhar para compreender a fundo o desafio. Essa etapa é crucial para direcionar o processo e definir o escopo do sprint, evitando a geração de ideias que não tem a ver com o desafio em nossas mãos. 

2 – Ideação 

Uma enxurrada de ideias criativas é lançada. A diversidade é incentivada e pensar fora da caixa é uma habilidade essencial. 

Objetivo: obter as soluções mais promissoras a partir desse brainstorming, prontas para serem exploradas mais a fundo. 

3 – Seleção 

Entre as ideias geradas, algumas se destacam. A escolha final é estratégica, visando a solução que tem maior potencial de impacto e atende aos critérios básicos – como recursos necessários ou tempo de produção. 

Objetivo: nessa fase, a equipe deve analisar, discutir e decidir qual ideia será o foco do protótipo.  

4 – Prototipagem 

Nessa fase é onde a magia acontece e o que era uma ideia começa a ganhar contornos de realidade. 

Objetivo: dar a forma de um protótipo tangível à proposta selecionada. Pode ser um desenho, um esboço, um modelo interativo – o importante é capturar a essência da solução de forma visual e prática, entendida por todos na equipe e pelos usuários finais. 

5 – Teste 

Por fim, o protótipo é submetido ao teste real com usuários. 

Objetivo: a equipe vai fazer a validação, onde a solução é confrontada com a realidade e feedback é coletado – um processo que traz insights cruciais e orienta os ajustes. 

Cada etapa é projetada para evitar armadilhas comuns e manter o foco na solução. O que dá o tom é a abordagem colaborativa, garantindo que diferentes perspectivas se cruzem para enriquecer o processo.  

O modelo Google de design sprint 

O modelo de design sprint desenvolvido pela Google segue de modo preciso as etapas que acabamos de conhecer – afinal, foi lá que surgiu a metodologia.

As fases são divididas entre os 5 dias de trabalho tradicionais em uma semana, descrevendo um roteiro claro para o time colocar as ideias na mesa e a mão na massa. 

O processo dividido em cinco dias fica assim: 

Dia 1 – UNPACK 

O primeiro dia é reservado para entender. Por meio de debates, análises e troca de ideias, os membros da equipe buscam compreender a fundo o contexto e os desafios envolvidos.

Especialistas podem ser convidados para compartilhar suas visões, fornecendo uma base sólida para a próxima etapa. 

Dia 2 – SKETCH 

No segundo dia, criamos. 

Aqui, a criatividade assume o centro do palco. A equipe gera uma série de ideias divergentes para abordar o problema. O ambiente proposto pela Google Ventures é propício para a livre expressão – a premissa é estar aberto a conceitos audaciosos.  

A variedade de perspectivas alimenta a inovação, enquanto as soluções começam a tomar forma de esboços, notas ou diagramas. 

Dia 3 – DECIDE 

No terceiro dia, decidimos. 

Com todas as ideias expostas, a equipe avalia cada uma considerando fatores como viabilidade, impacto e alinhamento com os objetivos. A decisão coletiva resulta na seleção de uma ideia que será levada adiante à prototipagem. 

Dia 4 – PROTOTYPE 

Para o quarto dia, a ordem é prototipar. 

Essa fase envolve fazer uma representação tangível que, embora não esteja finalizada, seja o suficiente para ser testada com usuários reais. 

O time vai usar os materiais disponíveis para montar desde um esboço até uma maquete física ou até mesmo um storyboard detalhado. O objetivo é transformar a ideia em algo concreto. 

Dia 5 – TEST 

No quinto dia e último dia, testamos. 

A etapa final do design sprint é dedicada à validação. O protótipo desenvolvido é testado com usuários reais, que fornecem feedback valioso. 

Essa interação permite identificar pontos fortes, falhas e oportunidades de melhoria na solução. O feedback coletado orienta o refinamento do protótipo para uma versão mais próxima da implementação. 

Conclusão 

O design sprint é um pontapé certeiro para a inovação, ajudando as empresas a entrarem em ação o quanto antes.

Com essa metodologia, as ideias nascem, ganham vida e provam seu valor. Ela possibilita que a mentalidade inovadora permeie o ambiente corporativo em um ritmo acelerado. 

As etapas do design sprint combinam com uma plataforma que valoriza a criatividade e incentiva a geração de ideias inovadoras, como o Programa de Ideias da AEVO. 

Com o Programa de Ideias, a equipe tem, desde a ideação até a prototipagem e testagem, um ambiente estruturado para captar, avaliar e implementar essas ideias de forma colaborativa e ágil.

Fale com especialistas da AEVO, sua One-Stop Shop da Inovação, e descubra como o apoio da nossa plataforma e consultoria podem ser o suporte ideal que a sua empresa precisa para inovar.

Livia Nonato

Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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