Design Thinking: o que é, características e as 4 etapas

Design Thinking é uma abordagem que organiza o pensamento criativo, que coloca o indivíduo no lugar do outro – a partir de um olhar empático e técnicas – para compreender o comportamento e desejos de um determinado público. O método é, geralmente, utilizado para atuar em resoluções de problemas, identificando causas, testando soluções e gerando aprendizados conjuntos.

Design Thinking é uma abordagem que organiza o pensamento criativo, a partir do estímulo à geração de ideias e o desenvolvimento de novas soluções para um determinado problema.

Seu principal diferencial é o olhar empático, centrado nas pessoas, para compreender o comportamento e desejos de um público.

A partir da aplicação do Design Thinking, que é dividida em quatro etapas, empresas conseguem, com foco em um problema, ou oportunidade, compreender, analisar e se relacionar com seus clientes e potenciais consumidores.

Tanto que, atualmente, essa abordagem passou a ser amplamente difundida em processos de inovação, com foco também na elaboração de novos produtos, processos e serviços nas empresas

Entenda em detalhes o que é o Design Thinking, quais são as suas etapas e como ele pode ser aplicado para gerar inovação na sua empresa. Siga a leitura.

O que é Design Thinking?

Design Thinking é um processo que tem como grande objetivo criar soluções inovadoras, com foco em antecipar necessidades e demandas futuras (de uma empresa, de um processo, dos clientes, etc).

Não há uma forma específica de conduzir um processo de Design Thinking, devido à sua amplitude de aplicações.

Como abordagem, o método é, geralmente, utilizado para atuar em resoluções de problemas, identificando causas, testando soluções e gerando aprendizados conjuntos.

Além disso, o Design Thinking também é muito utilizado na elaboração de novos produtos, processos e serviços nas empresas. Inclusive, tornou-se uma ferramenta muito utilizada em processos de inovação. Mas falaremos mais disso adiante.

No Design Thinking, temos como ponto de partida o valor da empatia, da invenção e da interação com o cliente. Ou seja, a compreensão e o estabelecimento de uma relação com o público para o qual desenvolvemos um projeto ou produto.

Embora a orientação ao cliente seja uma boa prática amplamente difundida no contexto corporativo, no Design Thinking a abordagem de empatia estimula um conhecimento mais pessoal e profundo.

Essa orientação ajuda a compreender os clientes não apenas como alvos de prospecção de vendas, ou dados e informações demográficas, mas como seres humanos plenos.

Ao contrário da visão linear da administração clássica, o Design Thinking busca uma abordagem mais humana, partindo do levantamento das necessidades do consumidor, o que gera soluções muito mais precisas para sanar as chamadas “dores” do cliente.

Ele busca trazer um equilíbrio entre o lado científico e exato de uma gestão, contribuindo para que a parte de criação, do elemento artístico, possa ser concreta.

Isso faz com que o projeto passe por um processo de raciocínio, com foco no desenvolvimento de novas oportunidades e a diminuição dos riscos envolvidos.

Leia mais:
Desenvolvimento de Novos Produtos: como conduzir em 6 passos
Inovação de produto: o que é, exemplos e características

Etapas do design thinking

As quatro etapas do design thinking

Design Thinking está baseado no chamado pensamento abdutivo, isto é, que inicia a partir da observação de algo, ou de um fato específico, para se aprofundar e entender suas causas, quando ainda não há informações suficientes para entendê-las.

Assim, em sua aplicação, são feitas perguntas que devem ser respondidas a partir de informações reais coletadas durante a observação do que se relaciona com o problema a ser resolvido.

Isso faz com que a solução criada não seja derivada do problema, mas sim que ela se encaixe organicamente nele, desafiando padrões, desfazendo conjecturas e transformando-as em oportunidades para gerar inovação.

De acordo com o livro “A Magia do Design Thinking”, dos autores Jeanne Liedtka & Tim Ogilvie, você deve responder 4 perguntas para realizar o processo de Design Thinking. São elas:

  • Imersão (o que é?);
  • Ideação (e se?);
  • Prototipação (o que surpreende?);
  • Desenvolvimento (o que funciona?).

1 – Imersão (o que é?)

Inovação exige observar a realidade do cliente final (seja ele interno ou externo). Para poder identificar uma oportunidade de inovação, é preciso entender a rotina e as necessidades reais de seu público.

Ferramentas que permitam que sua empresa mapeie a jornada de seu cliente durante sua jornada de compra serão importantes para seu processo de Design Thinking.

Além do processo de vendas, é preciso estar atento ao conceito do “job to be done” (trabalho a ser feito, em tradução livre). Isto é, o maior motivo por trás da justificativa, ou necessidade do cliente pelo produto ou serviço de sua empresa.

Lembre-se: para descobrir as dicas para a inovação futura, é preciso identificar quais são as insatisfações, ou necessidades, do presente.

As seguintes ferramentas podem ser utilizadas nesta etapa:

  • #1. Mapeamento da jornada: é a avaliação e representação da experiência do cliente ao interagir com um produto ou serviço. O mapeamento da jornada pressupõe que o avaliador vivencie a interação sob ponto de vista da pessoa do cliente e, por si só, já ajuda a manter um foco mais humanizado;
  • #2. Análise da cadeia de valor: análise da cadeia de valor do cliente, contemplando a interação com os parceiros para produzir, vender e distribuir as suas ofertas. É especialmente útil para que o novo produto ou negócio crie valor para o cliente e seus parceiros;
  • #3. Mapeamento mental: neste caso, não estamos falando de mapas mentais. A ideia é organizar os dados coletados nas ferramentas anteriores de exploração e buscar entender os padrões e insights que aparecem e irão proporcionar o embasamento para a fase de geração de ideias ou ideação.

2 – Ideação (e se?)

Quais são as hipóteses pensadas por seus funcionários e gestores?

Com base na realidade observada no problema ou na oportunidade, é o momento de responder as perguntas do tipo “e se?” realizando um processo de brainstorming, lançando as ideias e hipóteses do que pode ser feito para gerar valor para o cliente.

Nesta etapa, utilizam-se as seguintes ferramentas:

  • #1. Brainstorming: sessão coletiva de geração e compartilhamento de ideias de oportunidades para novas possibilidades e hipóteses a serem testadas e aperfeiçoadas;
  • #2. Desenvolvimento de conceitos: a formação de conceitos envolve selecionar e detalhar as melhores ideias e avaliá-las usando critérios do cliente ou da empresa.

Nesse momento, pode-se utilizar uma solução em gestão de ideias para estruturar o processo de aprovação e priorização, como o software da AEVO.

3 – Prototipação (o que surpreende?)

Após perguntar e resolver as hipóteses ao perguntar “e se?”, agora é hora de identificar quais são as ameaças às ideias geradas.

Nesse momento, a metodologia do Design Thinking incentiva a prototipagem para que seja possível colocar-se no lugar do cliente. Nessa etapa, visa-se o aprendizado sem a necessidade de investir muito.

Podem-se utilizar as seguintes ferramentas:

  • #1. Teste de premissas: esta ferramenta contempla a identificação das premissas básicas que sustentam a atratividade do conceito do novo negócio ou produto. Ou seja, quais foram as principais suposições consideradas verdadeiras para a ideia selecionada.

    Uma vez definidas, deve-se focar em testar se essas premissas são de fato verdadeiras. O objetivo é encontrar, com o máximo de velocidade e o mínimo de investimento, os aspectos que podem levar a empresa a descobrir o sucesso ou fracasso de um conceito;
  • #2. Prototipagem acelerada: com essa ferramenta, concretizamos um conceito mais aprimorado para que possa ser explorado e testado. Enquanto o teste de premissas é feito geralmente por experimentos mentais, o protótipo já cria um modelo real, mesmo que ainda de forma rudimentar e inacabado na aparência.

O ideal é que a prototipagem seja realizada em atividades rápidas e iterativas, permitindo rápidos aprendizados sobre modelos testáveis na prática.

4 – Desenvolvimento (o que funciona?)

É o momento de desenvolver o  protótipo mais adequado ao mercado e lançá-lo quando ele puder ser considerado um produto funcional, com o mínimo das funcionalidades pretendidas (ou MVP – Mínimo Produto Viável).

A partir do feedback dos clientes e do mercado, o produto é aperfeiçoado para que possa ser lançado de forma aprimorada e mais ágil no mercado.

A vantagem dessa rápida otimização dos pontos fracos do produto inicial é a de permitir a promoção de produtos melhores, pois já se trata de um processo de aprimoramento constante.

As seguintes ferramentas são úteis nesta etapa:

  • #1. Cocriação com o cliente: o objetivo aqui é envolver um ou mais clientes em potencial no desenvolvimento do novo produto ou serviço, colocando-os, por exemplo, em contato com alguns protótipos para observar as suas reações. Buscando um produto adequado às necessidades dos clientes, eles se tornam parte importante no aspecto criativo da melhor solução possível, acompanhando sua evolução e funcionalidades;
  • #2. Lançamento de aprendizagem: é o lançamento de uma versão do produto que permita que os clientes vivenciem a nova solução enquanto a empresa pode confirmar se as premissas chave, com base nos dados de feedback do cliente e do mercado foram cumpridas. Nesta fase, os clientes já devem arriscar alguma quantia no jogo e, portanto, os riscos são maiores.

Leia mais em:
Inovação incremental: o que é, qual o foco e características

3 dicas para inovar com Design Thinking

Imagine o seguinte: você investe uma quantidade alta de recursos num prazo estipulado. Porém, no final, não obtém nem perto do retorno previsto.

Cogitar essa possibilidade de fracasso de planejamento é bastante arriscado, principalmente quando se lida com um mercado imediatista e exigente quanto o atual. Afinal, quando cometemos deslizes no planejamento, a falência pode se tornar inevitável.

Aplicar o Design Thinking, entretanto, não significa descartar planejamentos matemáticos. Mas, sim, abordar de forma humana o core da questão: as pessoas e suas funções no projeto.

O Design Thinking é capaz de solucionar os problemas do seu projeto, do desenvolvimento à conclusão.

Essa metodologia pode ser a chave para aumentar tanto a motivação quanto a produtividade.

Pense nas pessoas

Pensar nos indivíduos é a atitude principal que nos leva a melhorar e transformar tudo ao nosso redor. Seja no cotidiano familiar ou na correria do ambiente de trabalho. 

Isso significa que quando planejamos uma decisão ou um novo projeto, diversas perguntas devem ser realizadas.

Exemplos: “Eu me sentiria alegre se isso ocorresse de tal forma?”, “Adquirindo esse serviço, quão diferente eu me identificaria?” e “A aparência desse produto pode desagradar alguém?” 

A mudança, entretanto, deve ser feita de dentro para fora. Afinal, de nada adianta buscar um público diferente se sua equipe não possui vivências diversas.

É importante ressaltar que ter uma equipe repleta de pessoas com opiniões e experiências diferentes só dará certo se o anseio de todos for o mesmo: progredir junto com a empresa.

A diversidade é uma das melhores características, apesar de ser necessária prudência na gestão de conflitos.

Leia mais:
Como engajar e incentivar colaboradores no seu Programa de Ideias

Pressão por resultados

Confessemos: lidar com pressão no trabalho pode ser uma tarefa quase impossível, ainda mais quando não se tem conjuntura de administrar tempo com tanta disciplina.

Outro desafio do mundo corporativo é atender exigências com resultados imediatos. Tudo isso enquanto se faz necessário usar a criatividade e a inovação para suprir essas demandas.

Manter-se adaptável é outra premissa relevante do Design Thinking. É sempre um diferencial estar aberto à inovações e à novas oportunidades.

Outro conselho de ouro é não se afligir tanto com suas falhas no ambiente corporativo. Afinal, ser muito duro consigo mesmo pode ser contra produtivo e desgastante.

O que você pode fazer para se frustrar menos e ter mais controle sob seu trabalho é montar um planejamento por etapas, da imersão ao desenvolvimento.

Assim, você diminui a probabilidade de errar. No entanto, se você cometer algum equívoco, é recomendado que você procure por feedbacks de seus colegas e clientes. Tudo isso para aprimorar e sofisticar seu desempenho cada vez mais.

Permita qualquer ideia

É bom sempre deixar evidente que estimular a produção de conceitos criativos é o exercício pleno de dar voz ao pensamento livre.

É comprovado que ideias importantes são oriundas de momentos de lazer e descontração. Até mesmo dos pensamentos considerados, a princípio, irrelevantes. 

Para que sejam aplicadas as ferramentas do Design Thinking, é preciso ter em mente que, no direcionamento à inovação, se faz necessário controlar as incertezas. 

Entretanto, ao aceitar palpites através do brainstorming, quantidade é sinônimo de qualidade. Então estimule cada pessoa em sua organização a disparar suas ideias, até as mais vazias e com aparente falta de valor. Não descarte nenhuma possibilidade até então. 

Assim que todas essas sugestões se esgotarem, ordene-as em conjuntos para análise e síntese.

Ferramentas para aplicar o Design Thinking​

Matriz CSD

A matriz CSD – Certezas, Suposições e Dúvidas – é uma metodologia para relacionar pontos de atenção do projeto, facilitando definir onde se concentrar ou no que focar. A matriz funciona a partir de três questões principais: 

  1. O que já sabemos a respeito do projeto? 
  2. Quais são as nossas hipóteses ou o que supomos saber? 
  3. Que dúvidas temos e quais perguntas poderiam ser feitas? 

A partir disso, será possível definir onde exatamente você e seus colaboradores devem focar e concentrar seus esforços no projeto.

Um ponto importante é que, apesar de ser criada no início do projeto, a matriz permanece ativa durante o desenvolvimento, pois pode apresentar mudanças e avanços, como, por exemplo, dúvidas que foram sanadas posteriormente. 

Entrevistas

Nesse método, procura-se, através de uma conversa com o(a) entrevistado(a), obter informações através de perguntas e técnicas adequadas para esse momento.

As informações buscadas transpõem o assunto pesquisado e os temas centrais da vida dos entrevistados.

Entrevistas são particularmente úteis para obter a história por trás das experiências de vida do entrevistado. O entrevistador deve estimular o participante a explicar os porquês desses relatos para que consiga compreender o significado do que está sendo dito.

Através desse diálogo, é possível expandir o entendimento sobre comportamentos sociais, descobrir as exceções à regra, mapear casos extremos, suas origens e consequências.

Prototipagem

A Prototipagem é a fase de validação das ideias geradas. É a hora de aparar as arestas, ver o que se encaixa no projeto, juntar propostas e colocar a mão na massa.

Com o protótipo em mãos, é possível testar o produto junto ao usuário final, refinando e melhorando até que ele se transforme em uma verdadeira solução.

Apesar de ser apresentada como fase final, a prototipação pode acontecer em paralelo às outras fases. Conforme as ideias forem surgindo elas podem ser prototipadas, testadas e, em alguns casos, até implementadas.

Mapeamento mental

O Mapeamento Mental é um processo de associação de palavras, onde se coloca uma palavra no centro para o design do projeto e começa a adicionar outras que têm relação com aquele conceito inicial.

A ideia é juntar o máximo de palavras possíveis, e que tenham relação com o conceito inicial do projeto. Isso auxiliará a dar sequência nas outras fases do processo. 

Esta técnica pode ajudar a gerar insights com base em atividades de exploração. Os mapas mentais oferecem possibilidades para quem quer organizar ideias, estimular novas ideias com equipes e muito mais. 

Gamificação

A dinâmica dos jogos pode facilitar a participação de todos por meio de atividades lúdicas. Afinal, os jogos são excelentes recursos para estimular a criatividade das pessoas. 

Gamificação consiste em usar técnicas, estratégias e o design de games em outros contextos que não sejam necessariamente associadas aos jogos em si.

É trazer o jogo para a realidade e com isso impactar pontos como engajamento, produtividade, foco e determinação, tornando mais simples atingir metas e objetivos em qualquer contexto.

Ao propor uma competição entre os participantes, o mediador pode lançar desafios a serem superados, fazendo com que todos coloquem a criatividade para trabalhar.

Visual thinking

Para que as informações sejam de fato absorvidas e memorizadas, elas precisam passar por uma combinação de estímulos que podem ser visuais, auditivos, de leitura/escrita ou cinestésica.

O Visual Thinking reúne um conjunto de elementos textuais e formas variadas, que são chamados de vocabulário visual, para ajudar você e sua equipe a pensar de forma visual, trazendo para o papel todas essas ideias em forma de técnicas simples de desenho que qualquer pessoa pode fazer. 

Usar representações visuais para imaginar possibilidades e dar-lhes vida é uma das estratégias mais inovadoras da atualidade. 

O bom pensamento visual usa a relação espacial entre os objetos para armazenar informações.

Brainstoming

No Design Thinking, Brainstorming é uma técnica fundamental para estimular a geração de um grande número de ideias em um curto espaço de tempo, visando estimular a geração de ideias, provocar transformações e buscar soluções inovadoras a partir de um debate saudável.

O Brainstorming explora a criatividade dos participantes sempre de maneira lúdica e bem estruturada.

Geralmente realizado em grupo, é um processo criativo conduzido por um moderador, responsável por deixar os participantes à vontade e estimular a criatividade sem deixar que o grupo perca o foco.  

Um problema é apresentado ao grupo, que deverá encontrar soluções de forma conjunta, debatendo prós e contras de cada ideia, até que se chegue a um resultado final.

O consenso provavelmente será a melhor maneira de resolver a questão. 

Criação

Para ter um melhor rendimento e desempenho dos colaboradores na hora da criação, organizar um encontro ou workshop com uma série de atividades em grupo pode estimular a criatividade e a colaboração, resultando na criação de soluções inovadoras.

Se você se encontra em um momento onde há uma grande quantidade de dados que podem ser mais bem trabalhados por uma equipe estendida, ou se você precisa ainda agregar conhecimentos de diferentes especialistas envolvidos em um projeto, faça uma sessão criativa de trabalho onde os participantes são convidados a interagir na geração de ideias de forma colaborativa. 

Elabore atividades dinâmicas de curta duração e em pequenos grupos, intercaladas com apresentações das ideias geradas e intervalos.

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Como aplicar o Design Thinking

Tem se tornado cada vez mais comum às empresas adotarem o Design Thinking, pois sua prática se encaixa em qualquer setor do negócio: gestão empresarial, vendas, marketing e planejamento estratégico, por exemplo, e é aplicável em pequenas, médias e grandes empresas.

Desde que exista um problema a ser resolvido, ou uma inovação a ser criada, o Design Thinking pode ser aplicado. 

A sua aplicação na empresa pode ocorrer em diferentes situações. O que se deve ter em mente nessa hora é que, quanto mais multidisciplinar for a equipe envolvida na abordagem, mais insights poderão surgir.

O essencial é que esses profissionais desenvolvam a empatia durante o processo, de modo a compreender realmente os anseios do cliente final. 

Aplicação prática: o caso Havaianas

Um exemplo de um case de sucesso criado a partir do Design Thinking foi a da Havaianas, que recorreu à metodologia para elaborar a estratégia de lançamento de suas bolsas.

A intenção era que as bolsas mantivessem a brasilidade e transmitissem um estilo descontraído e alegre, algo que já era observado nas sandálias. 

O primeiro passo foi entrevistar pessoas de todo o Brasil para identificar certas características do povo brasileiro que pudessem ser transmitidas nas bolsas.

A pesquisa foi feita também em outros países com o objetivo de manter a coerência com os mercados internacionais.

Depois, a Havaianas desenvolveu diversos protótipos, os quais foram testados, avaliados e adaptados até que a empresa chegou a um modelo ideal, lançado no São Paulo Fashion Week.

Melhorando os resultados do seu projeto com o Design Value Thinking

Os pesquisadores reconheceram há muito tempo que as abordagens padrão para o gerenciamento de projetos não são adequadas para abordar mudanças no ambiente ou nas necessidades do negócio, particularmente em contextos inovadores caracterizados pela incerteza e complexidade.

E nós precisamos reconhecer que, mesmo em um cenário ideal, em que um projeto é completamente fiel ao escopo proposto, não é raro quando o cliente não reconhece o valor do que foi entregue.

Talvez esse seja um dos aspectos que mais provoca frustrações na gestão de projetos: completar todas as etapas de um projeto com plenitude, mas não conseguir produzir percepção de valor para o cliente com a entrega.

O Design Thinking examina diversos ângulos e perspectivas para solução de problemas. A base desse conceito é entender os métodos e processos que designers utilizam ao criar soluções inovadoras.

Tudo bem, mas o que isso tudo tem a ver com gerenciamento de projetos?

Tudo, afinal, nos últimos anos, o termo “pensar fora da caixa” tem sido muito abordado, pois gestores de projetos são “treinados” (e muitas vezes treinam outros profissionais) para pensar no problema e não na solução.

E quando estamos falando de gerenciamento de projetos de inovação, o foco seria um só: a solução para melhoria de alguma necessidade/demanda. 

E como já dizia Albert Einsten:

“A inovação nunca é fruto do pensamento lógico, mas o resultado dela está sempre conectado a uma estrutura lógica”.


Ao começar com uma fase de definição de problema, o Design Thinking pode contribuir para a articulação da estratégia de um projeto. 

Através da coleta de dados profundos e da articulação de variadas suposições a serem testadas simultaneamente, garante que múltiplas opções serão consideradas e testadas, antes que o problema abordado seja efetivamente articulado.

Além disso, a estratégia moderna enfatiza os processos de aprendizagem como uma capacidade dinâmica chave de uma empresa. 

Como essa capacidade pode ser desenvolvida, no entanto, não é bem abordada. O gerenciamento de projetos é claramente um candidato interessante para superar essa lacuna.

Mas, para isso, precisa desenvolver uma perspectiva maior sobre questões estratégicas. O Design Thinking fornece um método para criar conhecimento sobre orientação estratégica através, por exemplo, de descobertas de necessidades e inspiração.

Finalmente, abordando a questão chave do esforço inovador e, assim, aumentando o valor de uma dimensão funcional para uma simbólica, as ferramentas de Design Thinking fornecem um veículo de capitalização de nível firme, que permite a reutilização de conhecimento de um projeto para outro.

Complementando a perspectiva analítica e funcional de gerenciamento de projetos tradicionais, enfatizando o significado do projeto inovador. Ao fazê-lo, contribui de forma importante para a orientação e formulação de estratégias.

Design Thinking para a gestão de projetos em situações inovadoras

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O reconhecimento de que o design é um fator importante para a criação de valor levou à sua integração como uma capacidade comercial das empresas.

Reconhecendo esse papel estratégico, os pesquisadores apontaram a importância de difundir práticas de design em toda a organização, além do alcance específico da inovação.

A ideia é que o design é mais um atributo cultural de uma empresa do que um conhecimento especializado: precisa se movimentar a montante, onde as decisões estratégicas são tomadas.

Assim, ele contribui mais para dois desafios específicos de gerenciamento de projetos: o desafio da exploração e o desafio das partes interessadas.

Também existem contribuições potenciais para abordar o desafio da formulação da estratégia, embora tais contribuições precisam ser mais especificadas e exigir pesquisas futuras.

Como observamos, o Design Thinking aborda problemas complexos em contextos incertos e mobiliza ferramentas e atitudes para esse fim.

Funcionando como uma abordagem de “definição e resolução”, que trata de situações mal estruturadas, onde o problema não é articulado e é considerada uma hipótese onde a ação estimula pensamentos para inspirar melhores soluções.

Agora que você já entendeu o que é o Design Value Thinking, que tal aplicar os conhecimentos e melhorar a visibilidade dos resultados dos seus projetos?

Software de gestão de ideias aliado ao Design Thinking

Ter uma boa quantidade de ideias é primordial para o processo de inovação. E se você quer garantir que essas ideias estejam conectadas com a estratégia da organização, e alinhando-a ao Design Thinking, pode utilizar um Programa de Ideias.

Mas para aumentar produtividade no controle de ideias nas empresas, e o alcance a todas as pessoas de uma organização, se faz necessário o uso de tecnologias com o AEVO.

AEVO é uma solução completa para gestão de todas as etapas da inovação, que conta com um funcionalidades de ponta a ponta para apoiar a a gestão da inovação em sua organização.

Além disso, a nossa Consultoria de Inovação permite que você tenha um planejamento personalizado e estruturado para alcançar todos os seus objetivos.

Fale com um dos nossos especialistas e saiba como a AEVO pode apoiar seu processo inovador.

Conclusão

O Design Thinking ajuda a gerar uma visão mais abrangente sobre os clientes, os processos e as empresas, fazendo com que seja possível gerar inovações que terão aderência em seu mercado.

Por tudo isso, fazendo uso de uma metodologia multidisciplinar, colaborativa e focada em concretizar pensamentos e ideias, o Design Thinking torna-se um grande aliado da cultura de inovação de uma empresa.

Saiba como a AEVO pode te ajudar nesse desafio.

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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