A eficiência energética é uma abordagem crucial para sustentar a matriz global. Fatores como o crescimento da população e a necessidade de soluções limpas levaram o setor a investir alto em inovação para entregar mais energia enquanto reduz o impacto, custo e desperdício.
Empresas ligadas à produção e distribuição tem um lugar central, mas organizações de outros segmentos vêm assumindo sua parcela na responsabilidade pela eficiência energética.
Entenda mais sobre a eficiência energética, sua importância para o setor, a sustentabilidade e inovação no país neste artigo. Siga a leitura.
O que é eficiência energética?
A eficiência energética é a capacidade de otimizar o uso de energia para realizar uma atividade ou fornecer um serviço específico. Ela minimiza o desperdício e maximiza os resultados alcançados.
Essa medida se mostra cada vez mais fundamental para garantir a sustentabilidade, a redução de custos e o abastecimento consistente.
O conceito é centrado na obtenção do melhor desempenho possível com o menor consumo de energia.
A eficiência energética, dessa forma, implica na utilização racional dos recursos energéticos, mas também na adoção de tecnologias e práticas que reduzam as perdas durante a conversão, transmissão e consumo final.
A busca pela eficiência energética transcende setores, abrangendo desde a iluminação de residências até os processos industriais mais complexos.
Suas ramificações incluem a aplicação de tecnologias mais avançadas, a gestão inteligente de sistemas e a conscientização para a utilização responsável da energia disponível.
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Cenário nacional da eficiência energética
No Brasil, o consumo das indústrias corresponde a quase 40% do total de energia em circulação.
O setor industrial como um todo tem a chance de reduzir seu consumo em até 11,1%.
As mudanças para atingir a eficiência energética não apenas podem trazer impactos socioambientais positivos, como também seriam responsáveis por uma economia anual de até R$ 5 bilhões.
Diversos movimentos já foram realizados nessa direção.
De acordo com a ANEEL, 1.485 projetos ligados ao Programa de Eficiência Energética (PEE) mantido pela agência levaram a uma economia anual de 1.776 MWh no Brasil. O consumo é equivalente ao de 6 mil famílias brasileiras.
Mais que um número, cada megawatt-hora economizado representa a preservação de recursos valiosos e um passo significativo rumo a uma matriz energética mais sustentável.
Classificação e tipos de eficiência energética
A eficiência energética é avaliada por meio de classificações específicas, que se aplicam tanto para eletrodomésticos quanto para edificações.
Elas fornecem informações cruciais sobre o consumo e desempenho, sendo representadas por escalas alfabéticas que facilitam a compreensão acerca da eficiência em equipamentos e construções.
Eletrodomésticos
A eficiência de eletrodomésticos é classificada de A a G com base na estimativa de consumo mensal, sendo A a classe mais eficiente e G a menos eficiente.
Esta escala é uma ferramenta valiosa para consumidores que desejam fazer escolhas informadas sobre o consumo de seus aparelhos.
Os números são apresentados na Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, que podemos encontrar em equipamentos diversos.
Edificações
Para os imóveis, a escala de eficiência energética varia de A+ a F. Quanto mais próxima de A+, maior a eficiência da edificação. Essa classificação considera diversos fatores, como:
Ano de construção
O ano de construção de um imóvel reflete as normas e padrões de eficiência energética vigentes na época da construção. Edificações mais recentes tendem a incorporar tecnologias e práticas mais avançadas, resultando em melhor eficiência.
Localização
A localização geográfica exerce influência significativa na eficiência energética. Fatores como clima e incidência solar impactam diretamente as necessidades de aquecimento e refrigeração, afetando o consumo global de energia do imóvel.
Tipo de habitação
O uso do imóvel, seja residencial, comercial ou industrial, desempenha um papel crucial na determinação da eficiência energética. Cada categoria tem demandas específicas de energia, e a adaptação eficiente a essas necessidades contribui para uma classificação mais elevada.
Piso e área
A área total da habitação e a distribuição dos espaços internos impactam diretamente o consumo de energia. Projetos que otimizam o aproveitamento da luz natural e possuem uma disposição eficiente dos cômodos costumam ter melhor desempenho.
Envolventes (paredes, coberturas e pavimentos)
Materiais utilizados na construção dos envoltórios da edificação influenciam na retenção de calor e no isolamento térmico. Recursos sustentáveis e materiais isolantes que evitem o uso de aquecimento ou resfriamento interno levam a uma classificação mais alta.
Climatização (ventilação, aquecimento e arrefecimento)
Sistemas de ventilação, aquecimento e arrefecimento têm um impacto substancial na eficiência energética. Equipamentos modernos e eficientes exercem uma influência na classificação final, incentivando práticas sustentáveis.
Benefícios da eficiência energética
A busca por eficiência energética é uma prática sustentável, ao mesmo tempo em que se mostra uma estratégia vantajosa para empresas e para a sociedade como um todo.
Dentre os diversos benefícios proporcionados por essa abordagem, vale destacar:
Redução de custos
A eficiência energética resulta em menor consumo de recursos, traduzindo-se diretamente em redução de custos operacionais para as empresas.
Investir em tecnologias e práticas mais eficientes pode levar a economias significativas no longo prazo.
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Segurança energética
Ao otimizar o uso de energia, as empresas fortalecem sua resiliência diante de flutuações no fornecimento energético, minimizando impactos de interrupções e garantindo uma operação mais segura e estável.
Aumento da produtividade
A eficiência energética contribui para a melhoria dos processos produtivos, possibilitando maior rendimento e eficácia nas operações. Isso não apenas aumenta a produtividade, como ainda pode impactar positivamente na qualidade dos produtos e serviços oferecidos.
Redução das emissões de poluentes
A adoção de práticas mais eficientes diminui a demanda por recursos energéticos, reduzindo, assim, as emissões de gases poluentes.
Essa ação alinha-se aos esforços globais para combater as mudanças climáticas e promover a sustentabilidade ambiental.
Melhoria do ar e da saúde
A eficiência energética está intrinsecamente ligada à redução da emissão de poluentes atmosféricos, promovendo uma melhoria significativa na qualidade do ar.
É uma vantagem que beneficia o meio ambiente, mas também contribui para a promoção da saúde pública, reduzindo os impactos negativos na saúde respiratória da população.
Como a eficiência energética contribui com ESG e o desenvolvimento sustentável
A integração da eficiência energética nos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança) é uma abordagem para as empresas que buscam otimizar seus resultados financeiros enquanto geram impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.
Do ponto de vista ambiental, a redução do consumo de energia não apenas diminui as emissões de gases de efeito estufa, mas também contribui para a conservação dos recursos naturais.
Socialmente, a eficiência energética é central para a segurança energética, assegurando um fornecimento estável para comunidades e reduzindo a vulnerabilidade a interrupções no abastecimento.
Além disso, ao adotar práticas sustentáveis, as empresas promovem um ambiente de trabalho mais saudável e seguro, melhorando a qualidade de vida dos colaboradores.
No contexto de governança, a eficiência energética demonstra um compromisso com a gestão responsável dos recursos e a transparência operacional.
Empresas eficientes do ponto de vista energético, muitas vezes, são reconhecidas como líderes inovadores e responsáveis, ganhando a confiança dos investidores e consumidores.
Boas práticas de eficiência energética
Algumas ações tem grande efeito para aumentar a eficiência energética de residências e empresas. São mudanças rápidas, que podem trazer alguns custos iniciais, mas se tornam excelentes investimentos no médio e longo prazo.
Troca de lâmpadas e uso de iluminação natural
A substituição de lâmpadas tradicionais por tecnologias mais eficientes, como lâmpadas LED, é uma prática comum que reduz significativamente o consumo de energia.
Além disso, o aproveitamento da iluminação natural por meio de janelas estrategicamente posicionadas e design arquitetônico pode minimizar a necessidade de iluminação artificial durante o dia.
Regulação adequada da temperatura
A gestão eficaz da temperatura em ambientes internos pode representar uma economia considerável.
Ela envolve o uso de termostatos programáveis, isolamento térmico eficiente e a conscientização dos ocupantes para otimizar o conforto térmico sem o uso desnecessário de aquecimento ou ar condicionado.
Adoção de motores e equipamentos de alta eficiência
A escolha de motores elétricos e equipamentos mais eficientes, muitas vezes rotulados com selos de eficiência energética, contribui para a redução do consumo elétrico.
Investir em tecnologias modernas e energeticamente eficientes para equipamentos industriais e comerciais pode resultar em economias substanciais.
Desligamento de máquinas e aparelhos inoperantes
A prática simples de desligar máquinas, equipamentos e dispositivos eletrônicos quando não estão em uso é uma abordagem eficaz para economizar energia.
Estratégias como a implementação de sistemas de gerenciamento de energia podem automatizar esse processo, garantindo que os aparelhos sejam desativados quando não são necessários.
Transição energética
A transição para fontes de energia renovável, como solar e eólica, é uma medida abrangente que contribui significativamente para a eficiência energética e a redução da pegada de carbono.
Além disso, práticas de gestão de energia que incorporem fontes renováveis podem levar a uma maior autonomia energética e resiliência a longo prazo.
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Conclusão
A eficiência energética apresenta benefícios expressivos, tanto para empresas quanto para a sociedade e o meio ambiente.
Práticas como a modernização de equipamentos, a gestão inteligente de energia e a transição para fontes renováveis permitem reduzir custos operacionais. Ao mesmo tempo, as empresas eficientes assumem um papel significativo na promoção da sustentabilidade.
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