Empreendedorismo

Aprenda tudo sobre empreendedorismo, vantagens, como começar, dicas para se manter no topo, empreendedorismo digital, social e muito mais.

Empreendedorismo

CONFIRA:

  • O que é empreendedorismo?
  • Empreendedorismo X Intraempreendedorismo
  • Como começar no empreendedorismo?
  • Exemplos de empreendedorismo
  • A nova visão do empreendedorismo
  • Empreendedorismo Digital
  • Empreendedorismo Social
  • Empreendedorismo e Inovação

Com a transformação digital e muitas mudanças significativas acontecendo em diversos nichos do trabalho, a capacidade de inovar se torna um fator indispensável no contexto atual, tanto para as empresas quanto para a sociedade como um todo.

Outro elemento que se integra a essa equação é o empreendedorismo, que apresenta um potencial de transformação grande quando associado à inovação.

A figura do empreendedor tem se tornado cada vez mais popular, mas sua atuação ainda é cercada por algumas dúvidas e mitos, que você poderá esclarecer nesse artigo, aprendendo de uma vez por todas  o que é empreendedorismo .

O que é empreendedorismo

De forma simples, podemos descrever o que é empreendedorismo como a visão para notar problemas e/ou oportunidades em situações diversas, assim como a habilidade para desenvolver ferramentas, processos e outros meios inovadores de resolver esse problema ou explorar essa oportunidade.

A inovação, aliás, está na raiz do que é empreendedorismo para teóricos como Joseph Schumpeter, um dos primeiros economistas a apontar que os avanços tecnológicos eram a base do desenvolvimento no capitalismo.

O empreendedorismo pode levar à fundação de uma nova empresa, mas esse não é um passo necessário, já que podemos empreender de outras formas,  inclusive numa organização já existente.

Empreendedorismo X Intraempreendedorismo: Quais as diferenças?

Os colaboradores de uma empresa podem criar soluções para aumentar o desempenho da companhia, ajudá-la a explorar novas oportunidades ou evitar que uma mudança no mercado afunde os negócios, por exemplo.

Nesses casos, estamos falando de  intraempreendedorismo, modelo de inovação interna que nos ajuda a entender melhor o que é empreendedorismo.

Essas melhorias podem ser incrementais, como no  Método Kaizen, ou mudar os rumos da empresa, através da  inovação disruptiva.

A Google é um  exemplo de intraempreendedorismo.

Permitindo que os colaboradores apliquem 20% do seu tempo em projetos pessoais, a organização viu surgirem produtos como Gmail, Google Chrome e Google Drive, além das melhorias no Maps, Assistant, Meet, Google Ads e mais de 50 outras soluções, quase todas líderes em seus mercados.

Em outras palavras, o intraempreendedorismo é aquele empreendedor que atua dentro da empresa em que trabalha, e não aquele que tem uma empresa própria.

Como começar no empreendedorismo?

Saber o que é empreendedorismo costuma levar a uma segunda questão: por onde começar?

Embora não exista uma fórmula para empreender,  algumas características são comuns em pessoas e empresas inovadoras . Um empreendedor costuma ser alguém que:

  • Busca ativamente por oportunidades , estudando mercados diversos para encontrar os melhores caminhos;
  • Se dispõe a correr   riscos calculados , sabendo que nem sempre é possível obter informações completas, e tendo a coragem de agir mesmo assim;
  • Persiste  quando encontra obstáculos, afinal nenhuma ideia aplicada na prática funciona exatamente como na teoria, e será preciso fazer adaptações para se manter de pé;
  • Busca formas de  alcançar suas metas economizando recursos  – inclusive o tempo – e investindo-os em outras iniciativas.
  • Mobiliza outras pessoas  em torno de uma ideia, assumindo funções de  liderança e aprendendo a transferir responsabilidades de acordo com as características de cada indivíduo no grupo.

Para começar a empreender, além de fortalecer essas características, você pode seguir alguns passos básicos, que se aplicam em iniciativas de todos os tamanhos.

Definir o objetivo

Todo projeto deve nascer com um  objetivo  em mente. Ele determina o sucesso, ou não, da iniciativa, e todos os esforços devem apontar na sua direção.

Se seu objetivo é ganhar dinheiro, não há problema nenhum, todavia, obter lucros deve ser uma consequência de um trabalho bem feito e com objetivo maior, como mudar a vida de um grupo de pessoas, resolver problemas sociais, etc.

Captar recursos

Não importa se você está pensando numa  startup, num movimento social ou no desenvolvimento de um produto, é preciso ter  pessoas e recursos  para transformar a ideia em realidade.

Encontrar um diferencial

O que fará as pessoas comprarem (investirem, doarem…) no seu negócio, e não em um concorrente? Pode ser algo tão simples quanto uma boa localização, mas  é preciso entender e explorar suas vantagens .

Exemplos de empreendedorismo fora da curva

É fácil apontar que nomes como Steve Jobs e Elon Musk são grandes empreendedores, mas construir um grande império da tecnologia não é a única forma de alcançar o posto. Veja abaixo exemplos de pessoas que inovaram em outras áreas podem nos ajudar a entender melhor o que é empreendedorismo.

Luiza Helena Trajano | Magazine Luiza

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Em 1957 nascia a primeira loja do Magazine Luiza, administrada por Luiza Trajano Donato e Pelegrino José Donato, tios de Luiza Helena. Desde pequena, Luiza já trabalhava informalmente na loja e após os 18 anos começou efetivamente no cargo de balconista.

Com o passar dos anos, em 1991 Luiza assumiu a diretoria da empresa – que ainda era apenas uma rede de lojas no interior de São Paulo – e já em 1992 sob sua gestão, deu início ao processo de lojas virtuais. Inicialmente o cliente ia até a loja e comprava o produto com a ajuda do vendedor através do computador, porém, o produto não estava em estoque na loja, seria encomendado para aquela compra específica.

Hoje, sendo um dos maiores marketplaces do Brasil, além das milhares de lojas físicas espalhadas pelo Brasil, a Magazine Luiza faturou mais 12, 4 bilhões de reais apenas no terceiro trimestre 2020.

Além disso, desde o seu IPO em 2011, quando as ações MGLU3 começaram a ser vendidas por R$0, 51, hoje (janeiro de 2021), estão valendo cerca de R$25, 40 – uma valorização de 50x

Podemos ver como a gestão empreendedora de Luiza Trajano fez com que a empresa prosperasse de forma surreal.

Anitta

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Larissa, a cantora por trás da marca Anitta, entendeu que não poderia alcançar o sucesso enquanto sua carreira não fosse administrada do modo correto.

Hoje, através de uma produtora formada com seu irmão, ela controla shows, aparições públicas, gravações, clipes, além de suas redes sociais, onde conversa com seu público e pesquisa tendências para decidir seus próximos passos.

Anitta também é sócia da Ambev e  participa como Head de Criatividade e Inovaçã o em estratégias de lançamentos dos produtos da Skol Beats. Além disso, sua marca está vinculada a diversas empresas em que atua como garota propaganda como Claro, Cheetos, Netflix, Telecine, Samsung, entre outras.

Apesar de a própria Anitta ser sua marca/produto, ela se associou a outras empresas para ter empreendimentos que fornecessem renda passiva, sem sua força de trabalho direta.

Nathalia Arcuri | Me Poupe

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Dona do maior canal de finanças do mundo, Nathalia Arcuri transformou o significado da palavra  influencer , construindo uma marca tão respeitada ao ponto de ser a única produtora de conteúdo digital brasileira a receber um convite para o  Fórum Econômico Mundial de Davos.

Jornalista, ela trabalhou na Record até 2015, quando sua ideia para um programa sobre finanças com temas e linguagem compreensíveis pela maioria da população foi rejeitada.

Nathalia levou a proposta para a internet, dando início ao   Me Poupe  – que antes se chamava ”Poupe com Sara” – um simples blog e canal no youtube sem muita edição ou boa qualidade de imagem. Hoje a empresa já emprega dezenas de pessoas e obteve um faturamento de R$ 20 milhões em 2019. Nesse mesmo ano, a milionária teve seu reality show estreado pela Band, onde obteve patrocínios de marcas como Banco 24 horas, Tim, 99pop, Mercado Pago, entre outras.

A nova visão do empreendedorismo

Criatividade é um ponto forte do brasileiro, e quando usada de modo correto, ela é o motor para empreendimentos dos mais diversos tamanhos.

O estudo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) realizado em 2019 pelo SEBRAE e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, aponta que 38, 7% da população é dona de algum empreendimento.

Além disso, o GEM mostra uma tendência de queda no empreendedorismo por necessidade – como é o caso de pessoas que se tornam camelôs ou abrem um pequeno comércio quando perdem o emprego.

O reflexo disso é um crescimento no  empreendedorismo por oportunidade , quando a pessoa deseja ser dona do próprio negócio, para ter maior liberdade financeira, seguir uma visão ou ficar mais perto da família, por exemplo.

Hoje em dia, o termo empreendedorismo tem mais relevância, uma vez que encaramos um foodtruck na praça de uma cidade, ou uma pessoa que vende doces por encomenda não mais como trabalhadores informais, mas sim como empreendedores.

De forma geral, podemos afirmar que existe uma popularização dessa prática, conforme as pessoas entendem melhor o que é empreendedorismo e reconhecem os seus benefícios.

As estimativas apontam 22 milhões de organizações estabelecidas há mais de 3 anos, em 2019, contra  37 milhões de novos empreendimentos e 25 milhões de pessoas que desejam empreender .

Ao todo, mais de 50% da população adulta está começando ou pensa em abrir seu próprio negócio.

Empreendedorismo Digital

Estabelecer um modelo de negócios para se comunicar com o seu público, e até mesmo distribuir produtos sem que um ponto de vendas físico seja necessário, são atividades comuns no empreendedorismo digital, mas poucas pessoas conhecem a estrutura que sustenta a fachada de lojas e outros empreendimentos na internet.

O empreendedorismo digital é o caminho para quem deseja ter sucesso com essas iniciativas, e nesse artigo você encontra um guia com as melhores práticas para dominar esse mercado que não para de crescer.

O que é empreendedorismo digital?

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Podemos afirmar, de uma forma simples, que o empreendedorismo digital é a utilização das ferramentas disponíveis na internet para alcançar os objetivos tradicionais do empreendedorismo: aumento da lucratividade, expansão do negócio,  inovação,  liderar pessoas, etc.

Existem vários modos de atuação, alguns muito simples; como ter uma loja de produtos em marketplaces, sites que funcionam como um shopping virtual e oferecem estrutura para múltiplos vendedores; e outros altamente complexos, envolvendo centenas de pessoas e uma série de ferramentas para lidar com múltiplos processos.

Se você já é empreendedor ou pensa em ser, pode observar o movimento de migração de todos os setores para o digital, e o seu negócio deve seguir essa onda. Mesmo que você já possua um empreendimento físico,   a presença no digital se tornou mais do que uma necessidade,  assim como a inovação, ela é algo primordial para manter uma empresa em um mercado tão concorrido.

Vantagens do empreendedorismo Digital

No primeiro semestre de 2020, sete milhões de pessoas fizeram sua primeira compra na internet,  , e se juntaram aos outros 33 milhões que já estão habituados à prática. Os negócios virtuais tiveram aumento em todos os números relevantes, comparados aos primeiros seis meses de 2019:

  • 40% mais consumidores.
  • Crescimento de 47% nas vendas;
  • Subida no tíquete médio de R$ 404, 00 para R$ 417, 00;

Esse movimento não é uma exceção, pois os dados mostram crescimento constante há décadas, com variações apenas na intensidade. Além disso, 93% dos novos consumidores afirmam que pretendem voltar a fazer compras virtuais.

Caso um mercado a todo vapor não seja o bastante para te convencer a se lançar no empreendedorismo digital, aqui vão as principais vantagens dessa modalidade:

Baixo custo de entrada

Aluguel, eletricidade, matéria-prima, ferramentas, estoque; pode esquecer tudo isso. O empreendedorismo digital permite criar negócios por valores muito baixos, e várias ferramentas cobram uma porcentagem sobre as vendas, ou seja, você não precisa investir nada para começar.

Escolher seus horários

Um empreendimento físico é quase obrigado a estar aberto em certos horários, ou não terá como sobreviver. O empreendedorismo digital anula essa regra: você pode adicionar os produtos à sua loja pela noite e não precisa estar lá quando as pessoas chegarem pela manhã, por exemplo.

Nenhuma aprovação necessária

Você não precisa fazer entrevistas ou conseguir um alvará da prefeitura, basta decidir seu próximo passo e escolher as ferramentas mais adequadas para te ajudar.

Negóceis ágeis

Você pode contratar um freelancer para pequenos serviços, negociar parcerias com outros empreendedores em algumas horas, aumentar ou diminuir seu investimento em publicidade com alguns cliques.

Facilidade para crescer

Digamos que a sua loja pode receber 300 visitantes num dia, e você quer um espaço onde caibam 1000 pessoas simultaneamente; quanto terá de investir? Com as ferramentas do empreendedorismo digital, a diferença no custo para receber dezenas ou milhares de clientes é muito menor.

Como começar no empreendedorismo digital?

O comportamento do consumidor na internet não é idêntico à sua forma de agir no mundo offline, e ter sucesso no empreendedorismo digital é uma questão de se adequar ao modo como ele faz compras à frente de um computador ou smartphone.

Por isso, é muito importante que você estude sobre o marketing digital, para compreender de forma clara como funciona a jornada do cliente no online, e quais são as melhores estratégias para aplicar no momento em que seu público se encontra.

1. Escolha um nicho e público-alvo

Negócios que atingem bilhões de pessoas, como a Amazon ou o Instagram, são uma exceção no empreendedorismo digital, e a grande maioria das iniciativas que dão certo nesta área possui um mercado bem definido.

Uma boa forma de atrair público é demonstrar autoridade em um assunto e falar com pessoas interessadas. Mesmo dentro desse tema, é importante escolher qual será o destino da sua mensagem.

Um vídeo sobre culinária pode conversar com avós, mães solteiras ou jovens universitários, por exemplo, mas dificilmente terá uma linguagem adequada aos três grupos.

2. Faça testes para descobrir o que funciona

Pequenas mudanças podem multiplicar as vendas de um  negócio digital,  e a única forma de saber o que funciona é testando. Um exemplo comum é a exibição de anúncios diferentes para pequenos grupos. Você descobre através dos dados qual tem a melhor performance, e pode investir para apresentá-lo a um público maior.

3. Planeje os seus investimentos

Mesmo com um custo de entrada mais baixo, o empreendedorismo digital não está livre de riscos, e você deve planejar uma estratégia de investimento capaz de minimizá-los. Estude quais serão seus custos nos primeiros meses, e avalie como pode lidar com eles.

4. Defina e automatize processos

Você deve trabalhar com funis de vendas, caminhos que guiam um visitante até o momento da compra e as interações posteriores. Softwares de gestão permitem automatizar esse processo, criando uma estrutura capaz de funcionar sem a sua presença constante.

Ideias para empreender no digital

Hoje existem milhões de empreendimentos digitais, cada um com as próprias características, mas é possível apontar alguns modelos que você pode usar para dar os primeiros passos com o seu negócio, e adaptar quando tiver mais experiência.

E-commerce:  Você cria uma loja virtual e exibe produtos, num site próprio ou em plataformas como o Mercado Livre e o Magalu Marketplace.

Produtor de Conteúdo:  Criar aulas e cursos sobre um assunto que você domina, e vender para quem deseja aprendê-lo.

Afiliado:  Divulgar os produtos de terceiros, ganhando uma comissão por cada venda realizada. Produtores de Conteúdo e Afiliados costumam trabalhar em conjunto.

Influenciador:  Construir uma audiência, usando plataformas como Youtube, Instagram e blogs para depois vender algo próprio ou anunciar produtos de outras pessoas e marcas.

5 Dicas para ter sucesso no empreendedorismo digital

Se você deseja ir além do básico, estes passos vão impulsionar os resultados do seu empreendimento digital.

  1. Forme parcerias  com marcas, afiliados, influenciadores e quem mais você achar importante. Esse é um dos caminhos mais rápidos para fortalecer a sua presença online.
  2. Nunca espere.  As pessoas não vão cair de paraquedas na sua página de vendas, é preciso agir para chamar atenção. Estude sobre inbound marketing para ter a estratégia perfeita.
  3. Não ignore o marketing de conteúdo.  Blogs, canais no Youtube e redes sociais são fontes massivas de público gratuito, mas você só irá atraí-lo se oferecer um conteúdo valioso, então foque na qualidade para se destacar em meio a tantas opções.
  4. Não se prenda a uma plataforma.  Redes sociais aparecem e somem rapidamente, e o seu negócio deve estar protegido contra esse movimento. Investir em um site próprio é uma ótima opção.
  5. Não tente abraçar tudo  Se você está começando e não tem uma equipe, pode ser difícil atuar em 10 locais diferentes, mantendo tudo atualizado e com a mesma qualidade. Domine duas ou três plataformas antes de partir para a próxima, e leve um público consolidado junto com você.

Empreendedorismo Social

O empreendedorismo social é onde o desejo de mudança e as ações inovadoras, características inerentes do empreendedor, podem ser aplicadas na transformação de realidades consideradas injustas e problemáticas.

Apesar de ter crescido nas últimas décadas, esse modelo de empreendedorismo ainda é relativamente desconhecido e, por falta de informação, quem deseja atuar na área pode encontrar dificuldades para que seu projeto tenha sucesso.

Nesse artigo trazemos uma visão completa sobre o empreendedorismo social e as suas caraterísticas, com dados concretos e exemplos inspiradores que vão ajudar você a tirar sua ideia do papel e levá-la até quem mais precisa.

O que é empreendedorismo social?

Existem diversas razões para alguém se lançar no empreendedorismo, que podem incluir o lucro, a busca por uma tecnologia mais avançada ou, no caso do empreendedorismo social, a transformação em algum aspecto da sociedade.

Seu pilar central é o desejo de reduzir ou acabar com problemas que o empreendedor considera importantes.

O empreendedorismo social utiliza ferramentas e  metodologias inovadoras para combinar esse propósito com uma captação e aplicação eficiente de  recursos,  permitindo que a organização possa atuar sem depender de doações constantes.

As iniciativas mais comuns atuam para minimizar lacunas no acesso à educação, saúde, emprego ou recursos financeiros, assim como na preservação ambiental, embora existam outras áreas onde vemos uma aplicação crescente do empreendedorismo social.

Características do empreendedorismo social

Por unir dois conceitos amplos, é importante avaliar nas características do empreendedorismo social, quais as diferenças em relação a outros modelos de empreendedorismo, assim como em relação a outras categorias de projetos sociais.

Enquanto o empreendedorismo “tradicional” está quase sempre voltado para construir ou manter organizações lucrativas, o empreendedorismo social prioriza seu impacto na comunidade, embora a possibilidade de lucro não esteja excluída.

Por outro lado, iniciativas sociais como ONGs e Fundações são mantidas por assistência governamental, doações ou fundos, já um empreendimento social busca, ao menos em certa medida, caminhar com as próprias pernas. Receber ajuda externa pode fazer parte dos planos, mas não deve ser necessário para a sua sobrevivência.

De forma simplificada, podemos afirmar que o empreendedorismo social percorre um ciclo, iniciado pela identificação de uma situação estável e injusta, na visão coletiva ou na do empreendedor.

Ocorre então, a implementação de uma iniciativa que causa instabilidade, ou um processo de mudança, terminando na criação de uma nova situação estável, um pouco mais justa – caso o empreendimento tenha algum grau de sucesso. Esse é o ponto de partida para um novo ciclo.

Os impactos do empreendedorismo social

A visão do empreendedorismo social busca conduzir mudanças profundas, capazes de transformar no longo prazo a realidade das áreas atingidas.

Ações como a entrega de brinquedos no dia das crianças ou natal em um bairro vulnerável, por exemplo, não costumam ser pensadas enquanto empreendedorismo social, já que seu impacto é passageiro, e embora seja positivo, não muda a situação da localidade.

Nesse caso, o estabelecimento de uma pequena fábrica de brinquedos, onde parte da produção é vendida e gera renda para as famílias do bairro, enquanto o restante é distribuído para as crianças da região, seria um exemplo de empreendedorismo social.

Segundo um relatório da Fundação Schwab, referência no apoio a projetos da área, as iniciativas de empreendedorismo social investiram US$ 6, 7 bilhões globalmente, gerando um impacto positivo na vida de 622 milhões de pessoas ao redor do mundo.

Apenas no campo educacional, o mais impactado, 226 milhões de pessoas foram contempladas, ganhando acesso a oportunidades que permitiram o abandono da pobreza e a melhoria coletiva das áreas onde vivem.

O relatório completo  detalha os impactos do empreendedorismo social nas mais diversas áreas, a exemplo de:

  • Tratamento contra o HIV para 11 milhões de pessoas
  • Energia solar para 100 milhões de pessoas
  • 192 milhões de toneladas de CO2 removidas da atmosfera

Como começar no empreendedorismo social

O Brasil aparece entre as 10 nações com maior atuação de empreendedores sociais, ao lado de outros países em desenvolvimento, como México, Índia, Nigéria e África do Sul.

A nossa recente  industrialização,  somada à diversidade das áreas onde o empreendedorismo social é necessário – ambiente, desigualdade econômica, saúde, educação, emprego, moradia… – fazem com que o país seja um terreno fértil para o surgimento desses  projetos.

Os primeiros passos para quem pretende atuar na área são:

  • Definir com clareza o problema que deseja solucionar;
  • Definir os critérios de atuação (quem poderá ser beneficiado pelo projeto);
  • Organizar uma equipe multidisciplinar e bem capacitada;
  • Estabelecer um modelo para a obtenção de renda;
  • Buscar parcerias com outros projetos sociais, empresas e órgãos governamentais;

Exemplos de empreendedorismo social

Com estes casos de sucesso, você poderá ver na prática algumas referências de empreendedorismo social e ganhar insights para construir a sua própria iniciativa.

ONEWORLD HEALTH | VICTORIA HALE

OneWorld Health, fundado em 2000, é considerado a primeira companhia farmacêutica sem fins lucrativos nos EUA. Sua criadora, Victoria Hale, é uma cientista farmacêutica que entrou no empreendedorismo social após questionar a dinâmica das empresas no setor.

Estas não investiam em remédios para doenças infecciosas que causam epidemias nos países pobres, mesmo possuindo patentes, pois as pessoas afetadas não tem condições para comprar os medicamentos.

PROLÍDER | WELLINGTON VITORINO

Exemplo brasileiro, o  ProLíder oferece treinamento e networking com o objetivo de formar líderes capazes de conduzir mudanças nos setores público e privado. O programa levou Wellington Vitorino à lista “Under 30” da Forbes, ao lado de outros jovens que estão redefinindo o que é o empreendedorismo no país.

Seu curso principal chegou a ter 260 inscritos disputando cada vaga em 2019. A iniciativa busca levar o empreendedorismo social adiante, e afirma que os participantes aprovados devem ter vontade de contribuir concretamente para a sociedade brasileira, com foco na criação de negócios transformadores.

GRAMEEN BANK | MUHAMMAD YUNUS

Não há como discutir o empreendedorismo social sem falar sobre o  Grameen Bank, projeto que concedeu um Prêmio Nobel da Paz ao economista Muhammad Yunus, de Bangladesh.

Ele fundou um banco nos anos 1970, concedendo empréstimos a juros baixos para a população mais pobre abrir negócios pelo país. Seu principal desafio foi convencer os investidores de que o risco de inadimplência seria baixo.

Yunus concedeu empréstimos do próprio bolso, na casa dos 25 dólares, para mulheres de uma vila comprarem ferramentas de trabalho, e todas as parcelas foram pagas. Até 2018, o Grameen emprestou US$ 26, 5 bilhões ao redor do mundo, com adimplência de 97%, acima de muitos bancos tradicionais.

Empreendedorismo e Inovação: Qual a relação?

Com a transformação digital e muitas mudanças significativas acontecendo em diversos nichos do trabalho, a capacidade de inovar se torna um fator indispensável no contexto atual, tanto para as empresas quanto para a sociedade.

Outro elemento que se integra à essa equação é o empreendedorismo, que apresenta um potencial de  transformação grande quando associado à inovação.

Mas como empreendedorismo e inovação de fato se relacionam? Descubra essa e outras informações neste artigo.

O que é inovação?

A inovação é um termo muito relevante no mundo de hoje e inovar refere-se à construção de algo completamente novo, desenvolvimento ou transformação de algo que já exista.

A inovação precisa gerar soluções que agreguem valor real às necessidades daquele contexto, empresa ou grupo de indivíduos. Ou seja, uma solução inovadora precisa fazer a diferença no cenário onde foi criada.

Atualmente, vemos muitas práticas de inovação sendo implementadas no mundo corporativo e até empresas que já nasceram para serem inovadoras, como é o caso do Airbnb ou do Nubank.

Leia mais em nosso  guia completo de Inovação

Por que inovar em uma empresa?

Como falamos anteriormente, inovar é criar algo novo ou algo a partir do que já existe, e entender isso é essencial para que se possa observar o potencial transformador que a inovação tem dentro das organizações.

Pensar em inovação hoje, em um contexto tão volátil, é indispensável para repensar as práticas organizacionais, garantir a melhoria de  processos internos, se manter competitivo no mercado e aprimorar as soluções e a organização como um todo. Com o mundo VUCA, volátil, incerto (uncertainty) , complexo e ambíguo,   inovar é a melhor saída.

Muitos podem pensar que inovar é caro e é necessário de um alto investimento em tecnologia, mas isso não é verdade. A  inovação incremental prova justamente o contrário,   é possível inovar de forma gradual, com menos risco e baixo investimento.

Além de oferecer esses benefícios para as empresas, a inovação estabelece uma relação direta com o empreendedorismo, sendo portanto, essencial no mundo dos negócios.

Como o empreendedorismo e a inovação se relacionam?

Cada vez mais as organizações estão em busca de profissionais que pensem com uma mente empreendedora e trabalhem dessa forma, estimulando o  intraempreendedorismo.

Empreendedorismo e inovação estão estritamente relacionados, pois, o empreendedorismo busca soluções, identifica oportunidades,  solicita espaços de criação e transformação, e portanto, de inovação.

Empreendedores direcionam seu olhar para nichos e setores em que outros não estão considerando, para crescerem e obterem resultados ainda mais rápido, assim como a inovação.

As empresas que não inovam tendem a ficar obsoletas diante do mercado e acabam se tornando insustentáveis ao longo do tempo, e o mesmo acontece com profissionais que não investem em cursos de atualização ou capacitação, ficam estagnados no mercado.

Essa relação só torna mais clara a importância de buscar estratégias de inovação para superar os desafios da empresa e da carreira.

Vamos conferir agora 07 dicas para manter seu empreendimento no topo com práticas inovadoras.

Empreendedorismo e Inovação: 07 dicas para se manter no topo

Inovar por inovar, sem uma estrutura, planejamento e real entendimento do mercado, provavelmente não trará resultados benéficos para o negócio, pois, sabemos que é preciso obter um equilíbrio entre empreendedorismo e inovação e entender as necessidades existentes no mercado.

Separamos algumas dicas para garantir o desenvolvimento do negócio e manter-se no topo. Confira:

1.  FAÇA BENCHMARKING

Fazer benchmarking, ou seja, entender os pontos de referência do seu nicho, é indispensável para garantir o sucesso do seu negócio e adotar práticas inovadoras.

Se você conhece o mercado ao qual está inserido, as marcas de referência, seus concorrentes e o que eles estão fazendo, fica mais fácil pensar em inovação partindo desse ponto.

2.  ALINHE SUA COMUNICAÇÃO AOS VALORES DO NEGÓCIO

Entenda qual é o seu  core business , valores e objetivos, alinhe isso à uma comunicação forte e passe uma mensagem totalmente voltada para os seus objetivos, assim você não investirá tempo em atividades que não estão direcionadas ao seu propósito.

3.  DÊ PROTAGONISMO AOS COLABORADORES

Seus colaboradores são os ativos mais importantes da sua empresa, então, invista na sua equipe e dê protagonismo à ela.

A inovação não pode partir apenas de gestores ou CEOs, é necessário ter um alinhamento entre a equipe e capacitar os colaboradores a pensarem de forma inovadora.

4.  CAPACITE SUA EQUIPE

Capacite-se e ofereça cursos e treinamentos à sua equipe de colaboradores.

Quanto mais integrados e alinhados à  cultura inovadora que você está implantando no seu negócio, mais otimizado será o fluxo de trabalho.

Investir em qualificações é indispensável para manter sua empresa no topo e atingir resultados de alta performance, além da retenção de talentos.

5.  ESTIMULE A COLABORAÇÃO E A CRIATIVIDADE DA SUA EQUIPE

Soft skills  são essenciais no ambiente corporativo. Portanto, estimular a colaboração e a criatividade da sua equipe, proporcionará um diferencial muito grande.

Você pode estimular a cooperação entre sua equipe de diversas formas, com benefícios, premiações ou encorajando um ambiente de integração e comunicação assertiva.

O  programa de ideias é perfeito para isso, pois além de incentivar a participação dos seus colaboradores, ele cria um senso de pertencimento a empresa, motivando ainda mais seu time.

6.  DIRECIONE O FOCO PARA O CLIENTE

Inovar exige coragem, por isso, é fundamental não ter medo de quebrar paradigmas na criação de soluções, processos ou serviços.

Entenda as demandas dos seus clientes, foque na real necessidade deles e não tenha medo de pensar fora da caixa.

Dessa forma, você criará uma organização que se preocupa com as dores de seus consumidores, e eliminará as chances de não contemplar as demandas do seu público-alvo.

7.  CONSIDERE ESTRATÉGIAS DE DESIGN THINKING

Algumas estratégias de  Design Thinking podem gerar resultados muito interessantes para as empresas, estimulando a quebra de paradigmas, a melhoria de processos internos e a descoberta de soluções para os desafios de forma inovadora e criativa, estimulando sempre um ambiente de inovação na empresa.

Conclusão

Aprender mais sobre o que é empreendedorismo pode ajudar você a começar ou consolidar seu negócio, assim como o uso de ferramentas adequadas para transformar ideias em projetos e garantir a sua realização.

Uma dessas ferramentas é o software  AEVO Innovate, uma plataforma de gestão virtual para empreendimentos, que permite administrar processos e pessoas num modelo colaborativo. Através do programa, todos podem sugerir e executar suas ideias, permitindo o intraempreendedorismo e o crescimento da organização.

Confira também:

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

Picture of Lillian Donato

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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