Dadas as constantes transformações do mercado, a inovação deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade para as empresas que querem se manter competitivas.
Porém, algumas organizações sentem dificuldades em implementar essas mudanças na forma de gerir suas empresas, e continuam se abrindo para esses novos processos.
As instituições que negam essa realidade acabam sendo engolidas pelos concorrentes, perdendo fatias de mercado ou até mesmo fechando as portas, como essas sete empresas que faliram por falta de inovação.
O que é a inovação corporativa?
Esse é o processo através do qual as instituições introduzem inovações em seus modelos de negócios atuais.
Na inovação corporativa há a busca por avanço e aprimoramento de seus negócios, criando novas soluções e novos mercados.
Quando uma empresa adere à inovação corporativa, ela apresenta algumas características, incluindo uma forma de gestão horizontal, com maior participação dos colaboradores. Isso permite que as mudanças não dependam somente das pessoas que lideram, dando maior agilidade para o negócio.
A autonomia vem acompanhada de comunicações assertivas entre os profissionais, que trocam ideias para desenvolver novos projetos e podem ir além das linhas que tradicionalmente são estabelecidas entre os departamentos, formando equipes multidisciplinares como os squads.
Um sinal de que há inovação corporativa é a presença de resultados concretos na empresa. Eles surgem quando o negócio percebe que as ideias e soluções não devem ficar só no papel, e podem gerar valor de diversas formas.
Tais resultados podem vir no âmbito do relacionamento com os clientes, agilidade nos processos de gestão, corte de gastos, e assim por diante.
Algumas empresas não enxergaram essa necessidade de adaptação ao mercado, negligenciando a inovação corporativa em seus negócios, o que acabou trazendo sérias consequências e eliminando-as do jogo competitivo.
Empresas que faliram por falta de inovação
Para entender melhor os malefícios da falta de inovação, listamos aqui exemplos de empresas que faliram por falta de inovação, mesmo algumas delas sendo um sucesso no mundo corporativo por um bom tempo.
Muitas até partiram de ideias revolucionárias, mas falharam em seguir um programa de melhoria contínua, e logo foram ultrapassadas por suas competidoras.
1 – Kodak
Fundada em 1888, a organização especializada no setor de fotografia revolucionou o mercado com suas câmeras analógicas e rolos de filmes.
Na década de 1970 ela tinha o monopólio quase absoluto desse mercado, atingindo 90% das vendas de filmes fotográficos e 80% das vendas de câmeras pelo mundo.
Em 1975, criou a câmera digital, invenção que por motivos de má administração trouxe prejuízos irreversíveis para a empresa.
Os responsáveis acreditavam lançar essa nova tecnologia no mercado afetaria a venda de filmes, e por isso decidiram arquivar a ideia. Alguns anos mais tarde, outras empresas produziram a câmera digital, o que derrubou as vendas da Kodak e tirou o seu lugar de referência no mercado.
2 – BlackBerry
Famosa marca de celulares, no início dos anos 2000, atingiu uma taxa de 50% de vendas no setor, e ainda em 2007 ela oferecia celulares que possuíam diferentes sistemas operacionais.
Com a chegada de companhias como Apple, com o sistema de touch screen e smartphones, a empresa foi perdendo espaço, pois não se adaptou.
Após muitas idas e vindas, a organização finalmente decidiu encerrar o suporte aos aparelhos no começo de 2022, saindo oficialmente do mercado para celulares.
3 – Blockbuster
A popular locadora na década de 1990 e início dos anos 2000 oferecia o serviço de aluguel de filmes e videogames.
Na transição do VHS para DVD, a empresa soube tomar a dianteira e crescer. Mas com o advento de serviços de streaming online, as pessoas deixaram de alugar DVDs, e a organização não soube se adequar a essas mudanças.
A empresa chegou a receber uma proposta de parceria para crescer no formato de streaming com a Netflix, que na época fazia delivery de DVDs, mas recusou a oferta. Por falta de adaptação ao novo comportamento do consumidor, ela acabou fechando em 2013.
4 – Yahoo!
O Yahoo! poderia ser considerado um sinônimo de internet em 2005, crescendo ao ponto de valer 125 bilhões de dólares. O posicionamento questionável da empresa foi decisivo para a queda, dedicando-se a ser um portal de mídia ao invés de apostar mais alto num sistema de busca e pesquisa da internet.
Ela acabou sendo vendida por 4,8 bilhões para Verizon, um valor que apesar de considerável não chega perto das cifras que a empresa alcançou anteriormente.
Os problemas, no entanto, parecem continuar, já que a marca foi novamente vendida em 2021 junto com a AOL – outro nome que poderia estar na lista, por ter dominado mercados na virada do século e entrado em decadência ao redor de 2005.
5 – MySpace
Foi a primeira rede social a ganhar popularidade, permitindo o compartilhamento de várias mídias com pessoas ao redor do mundo. Em 2005, o lançamento do Facebook e seu posicionamento de atualizações constantes agradou muito mais o público consumidor.
A maior parte dos usuários migrou para a nova rede social, e o MySpace acabou se tornando um espaço de nicho para amantes de música e entretenimento.
Em 2011 os gestores da marca até tentaram mudar o seu posicionamento, abraçando essa nova identidade, mas não alcançaram bons resultados, levando a empresa a ser vendida diversas vezes nos últimos anos.
6 – Atari
Fundada em 1972, a companhia de produtos eletrônicos e videogames era uma marca pioneira em consoles domésticos. Para os amantes de tecnologia, seu status era comparável ao que a Apple possui hoje, como grande inovadora.
Seu principal erro foi a falta de estímulo para reter talentos, que fundaram empresas concorrentes e passaram a disputar grandes fatias do mercado. Para evitar os prejuízos, a companhia tentou apressar lançamentos de jogos e teve diversos fracassos, acumulando cópias que não foram vendidas e chegando a 500 milhões de dólares em dívidas.
7 – Compaq
Essa é uma história interessante, visto que a Compaq nasceu com cara de startup – três colegas desenhando numa toalha de mesa um projeto de computador para competir contra a gigantesca IBM. A ideia foi um sucesso, a empresa chegou a 600 funcionários em um ano e entrou para a lista Fortune 500 em quatro.
Nos anos 90, a empresa investiu menos em computadores baratos e portáteis, dedicando-se à produção de máquinas mais complexas e potentes.
Com a bolha da internet em 2001, esses modelos se tornaram menos procurados, e a Compaq foi ultrapassada por empresas como Dell e HP, que vinham apostando no mercado de computadores domésticos mais simples e ágeis.
Conclusão
Essas histórias mostram que inovar não é apenas uma ação, mas um processo contínuo. Lançar produtos diferenciados pode conquistar mercados, mas a partir daí é preciso trazer outras novidades para manter o seu interesse.
Isso passa pela gestão da inovação, algo que requer planejamento, capacitação dos profissionais e uso de ferramentas adequadas, como o AEVO.
Com essa plataforma é possível fazer a inovação se tornar parte do negócio, ganhando agilidade e mantendo-se à frente das mudanças – não apenas uma vez, mas quantas forem necessárias.
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