Stakeholders: o que são, qual a função e importância

Stakeholders, em tradução para o português, significa "parte interessada", na prática, são indivíduos, organizações, grupos ou entidades cujos interesses são afetados pelo sucesso de um negócio, ou projeto.

Stakeholders é um termo oriundo da gestão organizacional, eles representam as partes envolvidas e interessadas em um projeto ou iniciativa corporativa. Esses indivíduos são diretamente afetados pelas ações de um negócio – sejam elas positivas ou não.

A análise dos stakeholders é uma das fases mais importantes para o planejamento de um projeto.

Compreenda em detalhes o conceito de stakeholder, a sua relevância e benefícios dentro das empresas. Siga a leitura.

O que são stakeholders?

Stakeholder é uma palavra da língua inglesa, que pode ser traduzida como “partes interessadas”. Eles são indivíduos, organizações, grupos ou entidades cujos interesses são afetados pelo sucesso de um negócio, ou projeto.

Também entra nesse grupo quem de fato afeta o sucesso de uma empresa ou projeto.

O termo foi criado em 1963, pelo filósofo norte-americano Robert Edward Freeman, e é amplamente utilizado no ambiente corporativo, sobretudo quando relacionado a projetos.

Em tese, toda empresa deve gerar valor para um grupo de interessados, que são geralmente: clientes, fornecedores, colaboradores, acionistas, investidores e comunidades.

Desse modo, é possível compreender que a abrangência do termo é significativa.

Uma boa pesquisa ajuda a identificar todos os stakeholders — como os concorrentes, o governo e até a imprensa. Cada projeto tem suas partes interessadas e, por isso, é importante identificar e mapear esses públicos cada vez que for começar um novo projeto.

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Quem são os stakeholders?

Na prática, os stakeholders são todas as pessoas, organizações e entidades que têm algum tipo de interesse na gestão, nas metas e resultados de uma empresa ou projeto.

Logo na fase de escopo de um projeto, é possível conhecer boa parte dos stakeholders que podem afetar o seu sucesso.

O primeiro passo para isso é realizar uma reunião de brainstorming. Nessa reunião, é importante listar as partes interessadas com base nas premissas do projeto.

Os stakeholders são, também, os consumidores que se beneficiarão do produto, o que pode ser deduzido a partir de um estudo de mercado de pré-lançamento.

O brainstorming é apenas um pontapé inicial para o mapeamento de stakeholders. Além dele, vale a pena coletar mais informações a partir de pesquisas.

Trabalhe a partir de públicos-alvo, especialistas e outras partes interessadas já mapeadas. Assim é mais fácil encontrar mais stakeholders.

Importância de cada stakeholder

Uma vez que os stakeholders estejam identificados, é preciso enxergar melhor como pode ser a interferência deles no negócio ou no projeto.

Para isso, é recomendado criar uma planilha com todas as partes interessadas. É daí que devemos descrever melhor quem eles são e fatores que reforçam a relevância de cada um.

Isso pode ser feito avaliando cinco elementos, que são:

  • Identificação dos pontos de contato com o projeto;
  • Identificação das influências positivas;
  • Análise das influências negativas;
  • Quantificação do poder de influência;
  • Quantificação do interesse.

Confira os detalhes de cada um deles na sequência.

Identificação dos pontos de contato com o projeto.

É preciso listar tudo que possa afetar o projeto ou negócio como, por exemplo, o momento em que o cliente interage com o produto ou serviço.

Identificar e listar os pontos de contato é o primeiro passo na descrição de um stakeholder.

Identificação das influências positivas.

Nesse momento, deve ser considerado os pontos de influência positivos em relação a cada stakeholder. Um fornecedor, por exemplo, pode colaborar com entregas no prazo.

Outra maneira de exemplificar é pensar em um gerente: esse profissional contribui com a organização e gestão da equipe; assim como a logística, que impactará na satisfação do cliente, do pedido, ao suporte e entrega.

Identificação das influências negativas

Na contramão da influência positiva, nesse caso é preciso avaliar riscos e o nível de influência negativa de cada parte interessada.

A imprensa pode, por exemplo, publicar matérias negativas sobre o projeto.

Quantificação do poder de influência.

Determine um valor de 1 a 10 para a capacidade de impacto de cada parte no projeto. Um boicote de uma comunidade poderia ser quantificado como 8, por exemplo.

Quantificação do interesse

Similar ao item anterior, mas aqui o objetivo é dar um valor para o interesse desse stakeholder no projeto. Um patrocinador poderia ter um grau de interesse 9 em um projeto, por exemplo.

Assim que a planilha com os stakeholders listados e descritos estiver pronta, é hora de montar um “mapa”.

A melhor forma de fazer isso é com um gráfico simples, bidimensional. Nele você deve ter o eixo vertical simbolizando o poder de influência e o horizontal o interesse do stakeholder.

Lembre-se que informações mostradas de forma visual faz com que a gestão seja mais clara e enxuta.

Com essa ilustração, o gestor de projetos enxergará melhor seus públicos de interesse e poderá partir para a próxima etapa. Acompanhe como devemos definir as estratégias para lidar com cada stakeholder.

Qual a função dos stakeholders nos projetos?

Cada stakeholder de um projeto exige uma estratégia diferente.

A recomendação é de que a lista de partes interessadas seja exaustiva e com o máximo de itens possível. É por isso que seria impossível dedicar atenção máxima a todos eles. Chegar no meio-termo aqui é essencial, mas sem extrapolar os esforços.

Justamente por isso existe o mapa de stakeholders.

É através desse mapa que sabemos quais são aqueles com maior poder de influência no projeto e mais interesse em seu sucesso. Ou, em alguns casos, até em seu fracasso. Para começar a definir estratégias para lidar com stakeholders existem algumas dicas.

A principal consiste em pegar o mapeamento e dividi-lo em quatro quadrantes iguais.

Gráfico de interesse dos stakeholders

No quadrante localizado no canto inferior esquerdo estão os stakeholders com menor interesse e grau de influência, por exemplo. Para esses, a estratégia principal é monitorar. Esse monitoramento, que pode ser à distância, deve analisar diversos fatores.

Veja, principalmente, se as partes interessadas aumentaram o interesse ou influência. Se mudou de quadrante, vale reformular uma nova tática.

No quadrante do canto inferior direito ficam os stakeholders com influência baixa nos resultados, mas interesse acima da média no projeto.

O plano para lidar com esses grupos e indivíduos é sempre tentar mantê-los informados. No plano de comunicação do projeto é onde você deve tratar melhor sobre essas estratégias.

O quadrante superior esquerdo abriga os stakeholders com influência maior. Mas são eles os que têm pouco interesse no projeto. A melhor estratégia para lidar com esses é mantê-los satisfeitos. Ou seja, é ir além de deixá-los informados.

Neste caso, é preciso acompanhar se suas expectativas estão sendo atendidas. A imprensa é um exemplo típico desse grupo.

Por fim, o quadrante superior direito é o local onde estão os stakeholders mais importantes de um projeto. São aqueles com muito poder de influência e alto interesse. Para lidar com esse grupo, é necessário ter um gerenciamento constante.

Esses stakeholders exigem um nível máximo de acompanhamento. Atitudes como ter contato frequente e com muita transparência fazem a diferença. Funcionários, investidores, sócios e parceiros normalmente estarão nesse grupo.

É por isso que mapear os stakeholders não é uma perda de tempo em um projeto. Afinal, não ter uma estratégia adequada para todos os seus públicos afetados é assumir riscos que podem ser letais.

Conclusão

O stakeholders são agentes ativos e passivos nas empresas, pois são afetados pelas suas decisões estratégicas, mas também exercem uma influência significativa nos projetos e objetivos da empresa.

Para agir de maneira coordenada e garantir a sustentabilidade da empresa no longo prazo, é preciso dar atenção à inovação.

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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