Fazendas verticais: inovação no setor agropecuário

Com muitas vantagens, as fazendas verticais são uma promessa que pode se tornar essencial em um futuro próximo. Descubra como funcionam!

Inovações sempre estão surgindo para solucionar os problemas que enfrentamos, enquanto indivíduos ou como sociedade.

Uma questão preocupante para os próximos anos está relacionada à agricultura: por um lado, temos a alta demanda de alimentos que o crescimento da população acarreta, e por outro, a degradação do solo que tende a reduzir o tamanho das áreas produtivas.

Considerando esses dois fatores, está se tornando cada vez mais inevitável apontar que as fazendas do futuro serão verticais.

O que são Fazendas Verticais?

As fazendas verticais se referem à produção de alimentos em espaços elevados. Imagine plantações que podem ser empilhadas em vários níveis e integradas a estruturas como contêineres de transporte e arranha-céus. É exatamente isso.

Para quem só conhece o jeito horizontal de plantar, a agricultura vertical pode ser impressionante. Essa é uma prática idealizada principalmente para os grandes centros urbanos, tendo como elemento principal a utilização de instalações automatizadas que ocupam o menor espaço possível, além de causarem menos danos ambientais.

A promessa é que essa seja a tecnologia do futuro para alimentar as gerações que estão por vir. Vale apontar o tamanho da tarefa: segundo relatórios da ONU, até 2050 teremos cerca de 9, 7 bilhões de pessoas no mundo; e hoje 35% da população mundial já vive em situação de fome ou subnutrição.

As melhores apostas para evitar o agravamento dessa crise estão na agricultura de ambientes controlados, onde pode haver gerenciamento de diversos fatores que envolvem a prática como iluminação, umidade, temperatura, gases, nutrição, etc. Ela é a base para o conceito vertical, que “empilha” várias unidades de controle,

Por que essa tecnologia é uma boa ideia?

A agricultura vertical é, acima de tudo, sustentável. Esse tipo de plantação é capaz de readequar os espaços para o plantio de diferentes espécies, reduzir o volume de água e eliminar o uso de fertilizantes ou agrotóxicos.

Ela é uma resposta clara para a diminuição de terras aráveis que está ameaçando a produtividade na agricultura mundial, pois utiliza meios de cultivo aeropônico, hidropônico ou aquapônico para substituir o uso intensivo do solo.

Quais são as vantagens e desvantagens das fazendas verticais?

A fazenda vertical é uma inovação associada a diversos benefícios que motivam a sua expansão:

Produção consistente

As fazendas verticais têm uma produção com a qual se pode contar ao longo do ano, já que ela não depende do tempo perfeito para que as plantas germinem, cresçam e produzam com sucesso. O ambiente super protegido e monitorado não será destruído por chuvas intensas, frio anormal ou nuvens de insetos, por exemplo.

Otimização do espaço

Diferente da agricultura convencional, as fazendas verticais não exigem vários hectares de terra fértil para produzir nem condições climáticas específicas para um determinado plantio em um terreno. A ideia de que certas plantas são mais produtivas em certas regiões do país se torna obsoleta.

Redução de custos e preços

Um efeito direto da otimização no espaço é a redução de custos com transporte – um fator de grande relevância no preço final dos alimentos. A questão é ainda mais importante para alimentos fundamentais como arroz, milho e soja, que costumam atravessar o país em caminhões.

Reduz o uso de água

Uma das grandes vantagens das fazendas verticais está no fato de usar um sistema hidropônico, uma solução de água com os nutrientes essenciais ao crescimento saudável da planta. Nesse modelo não é necessária a irrigação frequente, e apenas 10% da água é utilizada, em relação ao plantio no solo. No fim da safra a água ainda pode ser reaproveitada, recebendo uma nova carga de nutrientes.

Pode eliminar o uso de fertilizantes e pesticidas

Todo o controle dos ambientes de cultivo vertical impede a entrada de pragas e reduz a chance de doenças tomarem as plantações; com isso o uso de pesticidas não é necessário. No fim, você terá um produto mais saudável e mais seguro para o consumo.

Mas e as desvantagens?

Quem se opõe às fazendas verticais afirma que os custos financeiros não compensam os benefícios, além de apontar algumas implicações negativas da técnica, como:

Poluição luminosa

A produção das plantas nas fazendas verticais tem controle luminoso e acontece que, às vezes, as (muitas) luzes permanecem acesas durante a noite, provocando poluição luminosa que gera impactos para a vida humana e dos animais nas redondezas caso não haja contenção adequada.

Menos polinização

Da mesma forma que o ambiente controlado oferece vantagens contra pragas, ela barra a entrada e sobrevivência de insetos que fazem a polinização. Nesse caso, resta fazer o processo manualmente, o que costuma ser um trabalho intenso e caro.

Dependente de Tecnologia

A agricultura vertical se apoia totalmente na existência de tecnologias, que estão cada vez mais avançadas e tendem a reduzir muitos custos. No entanto, qualquer problema em uma dessas ferramentas que controlam iluminação, temperatura, umidade, e afins, pode  atrapalhar o processo causando grandes prejuízos.

A inovação no setor agropecuário

A verticalização da agricultura é só uma das novidades que estão mudando a cara e a forma da agricultura tradicional. Confira mais algumas técnicas:

ILPF

Há poucas décadas não dava para imaginar produzir animais, grãos e madeira na mesma área, mas o avanço no maquinário, técnicas e melhoramento genético tem tornado isso possível. A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) reúne vários sistemas produtivos e possibilita todos esses cultivos no mesmo espaço.

Melhoramento genético

A biotecnologia tornou possível o aprimoramento de sementes, gerando espécies de alto rendimento, o que as deixa mais resistentes às pragas e com qualidade mais elevada. O resultado vem na forma de menos produtos contaminantes, além de frutos mais saborosos, nutritivos e produzidos em menor tempo.

Agricultura de precisão

O uso de tecnologias avançadas para monitorar as atividades agrícolas e aumentar a precisão da produção com sustentabilidade está crescendo cada vez mais.

A agricultura de precisão colabora na coleta e análise de dados, auxiliando na tomada de decisão e compreensão das condições ideais para o cultivo das principais culturas agrícolas, aplicação de defensivos, monitoramento de pragas/doenças, irrigação e entre outros.

Conclusão

A prática da fazenda vertical é consideravelmente nova, ela ainda pertence mais ao futuro que ao presente; mas é bom ir se acostumando com esse conceito, pois ele só tende a se expandir.

Para fazer com que iniciativas como essa alcancem o potencial esperado, e garantir que os seus impactos negativos sejam minimizados, adotar a Gestão da Inovação através de uma ferramenta como o AEVO Innovate é fundamental. A plataforma, que é a maior do setor na América Latina, fará com que suas ideias se tornem projetos bem estruturados e orientados ao sucesso. Solicite uma demonstração!

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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