Indicadores de inovação: quais os principais e como mensurar

Podemos dizer que indicadores de inovação são os componentes de uma análise de desempenho presentes em uma iniciativa inovadora. São eles que dão transparência aos resultados de inovação em uma organização, auxiliando na tomada de decisão estratégica.

Avaliar processos dentro das empresas, além de uma prioridade, é necessário para o pleno funcionamento de qualquer projeto, e com a inovação não é diferente. No entanto, é comum encontrar gestores com dificuldades na hora de definir os seus indicadores de inovação e compreender os retornos na prática.

Os dados ilustram esse cenário. Segundo dados do Mapa da Inovação Corporativa, que analisou mais de 300 respostas de lideranças de grandes e médias empresas, 37% das organizações afirmam que não possuem e não acompanham os indicadores de inovação.

Destrinchando por perfil, nas grandes empresas o número foi de 34%, enquanto nas médias a taxa foi de 39%.

A taxa menor em grandes empresas nos que leva a uma hipótese de estruturação, pois quanto mais estruturado o negócio, mais bem delimitado estão os indicadores de inovação.

Mesmo com o estímulo à inovação nas empresas, os indicadores de inovação ainda aparecem como um ponto de atenção no gerenciamento, sobretudo em organizações de pequeno e médio porte.

Inovar sem planejamento está longe do ideal, é importantíssimo que as organizações tenham um plano estratégico e saibam como alocar os recursos de inovação. Assim, a empresa terá ganhos significativos no curto e longo prazo.

Desde a implementação de um projeto de inovação é preciso estar alinhado ao objetivo final, nesse sentido, nada melhor do que mensurar os principais indicadores de inovação.

Entenda o conceito de indicadores de inovação e saiba como avaliar os resultados de inovação de um Programa de Inovação neste artigo. Continue a leitura.

O que são indicadores de inovação?

Podemos dizer que indicadores de inovação são os componentes de uma análise de desempenho presentes em uma iniciativa inovadora.

É importante destacar que esta iniciativa nem sempre se relaciona a uma novidade, pode estar presente em uma inovação incremental e de sustentação.

Porém, é necessário compreender a definição de cada um destes termos isoladamente para que o todo fique mais claro.

Entende-se por inovação uma ideia que, se desenvolvida e aplicada, gera valor para o negócio e atende a um objetivo claro.

Este retorno pode ser financeiro (com o aumento de faturamento e redução de custos, por exemplo), cultural (com a melhoria de condições de trabalho, participação ativa dos colaboradores e a adoção de uma cultura de inovação na empresa) e nos processos em si (promovendo a melhoria contínua dentro da organização, com atualizações dos produtos e etc).

Essas são algumas das finalidades que podem estar atreladas à inovação empresarial.

Já os resultados-chave ou KR (Key Results) são elementos de análise, colocados em prática para alcançar um objetivo maior – conhecido como OKR.

Os indicadores são utilizados, em geral, para acompanhamento de performance e desempenho de um projeto.

O que é um programa de ideias?

Um programa de ideias não tem uma definição específica, mas o propósito é muito claro: gerar ideias com os colaboradores que, quando implementadas, se transformam em inovação.

Existem alguns sinônimos como caixa de sugestões e programa de intraempreendedorismo que, em resumo, também são iniciativas de inovação nas empresas.

O intuito de um programa de ideias é potencializar a participação dos colaboradores na geração de ideias de valor, que podem ser exploradas, desenvolvidas e postas em prática.

Essa ação além de criar um processo horizontal nas organizações, beneficia a todos de diversas formas.

Geralmente, os colaboradores da linha de frente são os mais “envolvidos” com os produtos e/ou serviços de uma empresa, também podem ser os mais próximos aos consumidores finais.

Então, eles são uma fonte valiosa para a empresa, e conseguem listar melhorias possíveis e estimular a inovação de uma maneira única.

Essa é uma ideia defendida por Alan G. Robinson e Dean M Schroeder, no livro “Organização Guiada por Ideias”. Os autores afirmam que 80% do potencial de melhoria de uma organização está nas ideias dos colaboradores.

Esta é uma das grandes vantagens de um programa de ideias, conforme a iniciativa se consolida há, de fato, uma cultura de inovação em curso e a companhia assegura que estará em constante processo de aprimoramento.

Tudo isso faz com que a empresa se destaque no mercado, que está cada vez mais competitivo. Mas também que tenha ganhos internos com a equipe, por exemplo, a companhia pode bonificar as melhores ideias, estimulando ainda mais a participação.

Além do fator financeiro, ter um modelo de gamificação será mais uma ação para engajar todo o time a gerar cada vez mais ideias.

O AEVO, por exemplo, permite a criação de um Programa de Ideias completo, que fornece um espaço para que os colaboradores sugiram ideias, se conectem a outras ideias e participem de gamificação.

Já para os gestores, é possível criar campanhas específicas dentro do programa e fazer toda a gestão de inovação da empresa em um software intuitivo.

Como implementar um Programa de Ideias

Para implementar o programa de maneira eficiente, é preciso se atentar a alguns pontos:

  • Objetivo do programa: é preciso que o objetivo do programa de ideias esteja alinhado à estratégia da empresa;
  • Recompensas: as recompensas – financeiras ou simbólicas – são importantes para que o engajamento pessoal tenha sucesso. É preciso que as técnicas utilizadas, como conquistas e prêmios, estejam de acordo com as expectativas dos colaboradores;
  • Participantes: é importante saber se o programa de ideias gera maiores resultados de acordo com o número e a qualificação dos participantes, assim os responsáveis pela implementação podem ter resultados mais assertivos;
  • Fluxo de aprovação: é necessário que o sistema possa ter a aprovação de sugestões de acordo com a realidade da empresa. Definir os agentes responsáveis pela aprovação é fundamental para que o processo seja transparente para todos os envolvidos.
  • Reconhecimento: é fundamental definir a maneira como os colaboradores serão reconhecidos por suas boas ideias e projetos, o que é ainda mais importante que a recompensa, a longo prazo.

Dito isso, o ponto principal é adequar o programa de ideias a realidade e as necessidades da empresa, de forma que atenda as expectativas, gere resultados expressivos e realmente estimule a inovação na organização.

Como mensurar KPIs em um programa de ideias

saiba como mensurar os seus indicadores de inovação

Medir a inovação é um desafio? Há pessoas que acreditam nisso em função da não definição de indicadores e metodologias claras aplicadas aos processos de inovação.

De acordo com o levantamento global “Innovation and Commercialization, 2010”, da McKinsey, mais de 80% dos executivos têm a inovação como prioridade – o que é mais um excelente indicador.

Porém, o estudo surpreende ao trazer um ponto de vista comum entre os entrevistados: a principal dificuldade dos gestores não é gerar boas ideias, mas sim dimensioná-las e comercializá-las.

Estas informações reforçam a importância da definição e, sobretudo, a compreensão dos indicadores de inovação de um projeto ou campanha.

Os indicadores são um pilar fundamental de uma gestão de inovação estratégica. Sendo assim, acompanhar os KPIs do seu programa de ideias é necessário para ser feita a “passagem de bastão”, ou seja, não apenas a geração de boas ideias como também a mensuração dos resultados dessa iniciativa.

Pensando em facilitar esse processo e democratizar o conhecimento, reunimos os nossos especialistas para elaborar uma planilha completa com os principais indicadores de inovação para analisar um programa de ideias.

Nela, além dos KPIs, você encontra gráficos e painéis que demonstram os resultados de forma visual – como o funil de inovação -, também conta com uma aba de controle mensal para acompanhamento do desempenho do programa por período.

No painel de cada indicador da planilha, o usuário consegue visualizar a meta, o progresso, o resultado (até o dia do mês vigente), o percentual de atingimento da meta e a previsão final (com base no resultado computado e no percentual de dias decorridos no mês). O material gratuito dispõe, ainda, de um manual completo explicando o passo a passo da planilha de KPIs.

Resumindo parte do que você encontra no material, listamos os indicadores de inovação para análise.

No Programa de Ideias do AEVO, os responsáveis pela gestão podem (e sugerimos que o faça) mensurar os seguintes KPIs de inovação:

Quantidade de ideias enviadas: Para um Programa de Ideias que gere resultado, o primeiro passo é ter ideias enviadas pelos colaboradores
Quantidade de ideias aprovadas:Não só ideias enviadas são importantes, mas também ideias viáveis, esse indicador mensura a qualidade das ideias enviadas;
Quantidade de ideias implantadas:De nada adianta um Programa de Ideias se essas ideias não são colocadas em prática, certo? Este indicador mensura a implementação das ideias sugeridas, ou seja, ajuda os responsáveis a ter clareza de todo o fluxo do programa;
Quantidade de campanhas: Esse indicador mensura a quantidade de campanhas ocorridas, essa visualização pode ser feita mês a mês, de modo que é possível identificar períodos atípicos e outras particularidades. Além de permitir uma visão macro ao fim de um ano, por exemplo.
Quantidade de colaboradores únicos que enviaram ideais: Esse indicador mensura o engajamento dos colaboradores com o Programa de Ideias, é importante frisar que a meta e o valor real desse indicador nunca podem ultrapassar o número de colaboradores da empresa ou área que está aplicando o Programa de Ideias.
Fonte: AEVO

Funil de inovação

Os três primeiros indicadores de inovação analisados pelo Programa de Ideias, nada mais são do que a composição de um funil de inovação.

Um funil de inovação passa por estas etapas, começando pelo topo, cujo objetivo é a geração e coleta do maior número de ideias possível. Desse modo, os responsáveis pelo programa de ideias conseguem visualizar as oportunidades e desafios postos pelos colaboradores para atuar de forma efetiva.

O segundo indicador compõe o meio do funil de inovação, onde é feita a triagem das ideias recebidas. Nesse momento, os gestores podem realizar as projeções e análises de viabilidade – com o olhar atento aos riscos e retornos da implementação da ideia.

O terceiro indicador representa o fundo do funil, no momento em que as ideias são postas em prática. A execução é a etapa de maior complexidade, pois envolve o desenvolvimento e implementação da inovação em si.

Veja a ilustração gráfica de um funil de inovação aplicado a Programa de Ideias:

funil de inovação aevo

Campanhas e engajamento

O quarto indicador em análise no Programa de Ideias são as campanhas. Esse KPI permite que os gestores avaliem o desempenho médio de cada campanha criada por etapa do funil, feito dessa forma:

  • Ideias enviadas por campanhas: ideias enviadas/número de campanhas no mesmo período;
  • Ideias aprovadas por campanha: ideias aprovadas/número de campanhas no mesmo período;
  • Ideias implementadas por campanha: ideias implementadas/número de campanhas no mesmo período.

O último indicador de inovação é sobre quem realmente a faz acontecer: os colaboradores. Com este KPI você tem uma visão estratégica do engajamento dos colaboradores com o Programa de Ideias.

Para esse indicador é preciso estar atento a dois itens:

  • Média de ideias por colaborador: quantidade de ideias enviadas/número de colaboradores;
  • % de colaboradores que enviaram ideias: quantidade de colaboradores únicos que enviaram ideias/número de colaboradores.

Com todas as metas delimitadas no seu Programa de Ideais, a companhia poderá acompanhar as tendências. Na planilha de indicadores de inovação da AEVO, você tem uma vista com os dados de progresso dos KPIs – tanto da meta quanto dos resultados – em uma perspectiva mensal.

Ao decorrer de um ano, os gestores terão uma análise completa da evolução do programa.

Conclusão

Ao mensurar os indicadores de inovação do seu Programa de Ideias, a empresa assegura a efetividade da iniciativa e distribui recursos e esforços com mais assertividade.

Se você ainda não utiliza o Programa de Ideias do AEVO, pode solicitar uma demonstração gratuita. Fale agora mesmo com um dos nossos especialistas.

Luís Felipe Carvalho

Luís Felipe Carvalho é um dos fundadores e, atualmente, CEO da AEVO; está há mais de 16 anos à frente de iniciativas para alavancar a inovação de empresas do Brasil e do mundo. Ao longo de sua trajetória, acumula experiências em gestão e implantação de projetos de inovação, buscando formas de gerar resultados para corporações também por meio do incentivo ao intraempreendedorismo. Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Espírito Santo, cursou MBA em Gestão Empresarial e possui certificação PMP (Project Management Professional) concedida pelo Project Management Institute. Foi analista de projetos e liderou programas inovadores em grandes companhias de segmentos como engenharia e siderurgia. Integrou ainda o corpo docente da FUCAPE Business School, ministrando disciplinas de Project Management Office (PMO), Portfólio e Maturidade em Projetos e Gerenciamento de Riscos.

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Luís Felipe Carvalho

Luís Felipe Carvalho é um dos fundadores e, atualmente, CEO da AEVO; está há mais de 16 anos à frente de iniciativas para alavancar a inovação de empresas do Brasil e do mundo. Ao longo de sua trajetória, acumula experiências em gestão e implantação de projetos de inovação, buscando formas de gerar resultados para corporações também por meio do incentivo ao intraempreendedorismo. Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Espírito Santo, cursou MBA em Gestão Empresarial e possui certificação PMP (Project Management Professional) concedida pelo Project Management Institute. Foi analista de projetos e liderou programas inovadores em grandes companhias de segmentos como engenharia e siderurgia. Integrou ainda o corpo docente da FUCAPE Business School, ministrando disciplinas de Project Management Office (PMO), Portfólio e Maturidade em Projetos e Gerenciamento de Riscos.

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