Indústria de alimentos: qual o objetivo e a importância

A cadeia produtiva na indústria de alimentos é vital para a produção em larga escala, processamento e distribuição de alimentos para atender às crescentes demandas da sociedade. Além disso, a indústria de alimentos cumpre diversos papéis, atendendo às necessidades do consumidor e contribuindo com a economia.

A indústria de alimentos é um setor indispensável, tanto para os consumidores quanto para a economia brasileira. A cadeia produtiva que vai dos campos e fazendas até as nossas mesas envolve diversos agentes, que compõem um dos braços mais fortes na indústria nacional.

Em 2023, a indústria de alimentos empregou aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, mantendo um crescimento acima da média nacional.

O setor, cujo faturamento mais que dobrou entre 2012 e 2022, exibe uma média de crescimento anual próxima dos 11%. Esses resultados não apenas alimentam o país, mas também impulsionam o seu progresso.

Entenda mais sobre a indústria de alimentos, as práticas que contribuem para a sua posição de liderança e o papel da inovação para um crescimento consistente. Siga a leitura.

Qual o objetivo da indústria de alimentos?

A cadeia produtiva na indústria de alimentos é vital para a produção em larga escala, processamento e distribuição de alimentos para atender às crescentes demandas da sociedade.

Nos últimos 100 anos, a população mundial se tornou quatro vezes maior, e no Brasil o crescimento chegou perto de sete vezes.

As práticas tradicionais simplesmente não seriam viáveis para acompanhar esses números, transformando as fazendas, plantas de transformação e agentes logísticos em recursos estratégicos.

Estes fatores são ainda mais importantes para o Brasil, um dos maiores produtores e exportadores globais de alimentos. Metade das nossas principais exportações vêm do setor, com a soja ocupando lugar central – em 2023, 100 milhões de toneladas do grão deixaram o país.

Além de suprir as necessidades básicas de nutrição, a indústria de alimentos busca proporcionar variedade, conveniência e qualidade em seus produtos. A constante inovação no setor visa atender às preferências dos consumidores e promover a segurança alimentar.

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Tipos de indústrias alimentícias

Existem quatro tipos de indústrias de alimentos, separadas de acordo com os seus produtos finais:

Preparo de alimentos frescos

Envolve a fase inicial da cadeia alimentar, incluindo abatedouros responsáveis pelo processamento de carnes e empresas que selecionam e embalam vegetais para venda ao varejo.

Conservas

Transformam produtos frescos em itens que podem ser armazenados por períodos mais longos, utilizando métodos como enlatamento, desidratação ou fermentação.

Esse processo maximiza a durabilidade dos alimentos e ajuda a garantir sua disponibilidade contínua, mesmo fora da temporada de colheita.

Produtos de preparo

Nesta categoria, estão incluídas indústrias que fornecem produtos essenciais para o preparo de alimentos em casa. Ela inclui a moagem de grãos para produção de farinha, fabricação de sal de cozinha, extração de óleos, entre outros.

Prontos para consumir

Oferecendo conveniência aos consumidores, a indústria de alimentos prontos para consumir produz refeições que exigem pouco ou nenhum preparo adicional. Ela engloba desde os congelados, como pizzas embaladas, até estabelecimentos de serviço rápido.

Importância da indústria de alimentos

A indústria de alimentos cumpre diversos papéis, atendendo às necessidades do consumidor e contribuindo com a economia.

Oferta e diversidade

A indústria de alimentos é central para a oferta contínua de alimentos em volumes de acordo com a crescente demanda populacional. Sem a presença da indústria, a produção e disponibilidade de alimentos seriam significativamente limitadas.

Além da quantidade, a indústria de alimentos eleva a diversidade de produtos. Sua capacidade para processar, conservar e distribuir permite que alimentos de diferentes regiões e safras específicas estejam disponíveis durante todo o ano, independentemente das condições sazonais.

Ela não apenas ajuda a evitar desperdícios significativos, como também cria novas formas de consumo. Produtos em conserva, pré-cozidos, derivados do leite e da carne, são algumas opções que expandem o acesso a ingredientes e alimentos prontos para o consumo.

Geração de empregos

A indústria de alimentos é um verdadeiro motor para a geração de empregos no Brasil. Com 1,9 milhão de pessoas ocupadas em 2023, o setor representa 24% de toda a indústria de transformação no país e vem crescendo ano após ano desde 2016.

Essa importância se reflete no posicionamento da JBS, gigante do setor, como a maior empregadora do Brasil em 2023.

A empresa terminou o ano com 151 mil colaboradores diretos e uma cadeia produtiva que envolve 2,9 milhões de pessoas – 2,73% de todas as posições ocupadas no país.

Balança comercial

A indústria brasileira de alimentos tem um grande peso na balança comercial do país. De acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Alimentos, o setor contribuiu com 17,6% das nossas exportações.

O saldo da balança comercial da indústria de alimentos do Brasil foi notável, atingindo a marca de US$ 51,8 bilhões. Esse superávit reflete a competitividade e a capacidade do setor de alimentos, não apenas ao posicionar-se como um relevante player global, mas também suprindo a demanda interna reduzindo as importações necessárias.

Saúde do consumidor

A indústria de alimentos pode impactar a saúde do consumidor, influenciando diretamente a qualidade e a variedade dos alimentos disponíveis.

A oferta de uma ampla gama de alimentos, muitas vezes provenientes de diferentes regiões e culturas, contribui para uma dieta diversificada e equilibrada.

A conservação correta dos produtos, um aspecto central da indústria alimentícia, assegura que os alimentos cheguem ao consumidor mantendo sua qualidade nutricional e sensorial. Além disso, as exigências sanitárias rigorosas associadas à indústria de alimentos desempenham um papel crucial na garantia da segurança e da saúde.

Incentivo ao microempreendedorismo

Apesar da presença de grandes conglomerados no setor, a indústria de alimentos também é um fator vital para os pequenos produtores e microempreendedores.

A capacidade de centralizar o processamento e a distribuição permite que pequenos produtores alcancem mercados mais amplos do que seria possível de maneira independente.

Essa centralização proporciona eficiência na cadeia de suprimentos. Ela cria as condições para que microempreendedores concentrem seus esforços numa produção de qualidade, enquanto a indústria cuida da logística complexa.

O acesso facilitado aos canais de distribuição, mercado e recursos de produção é uma oportunidade valiosa para que esses produtores elevem a diversidade e inovação no mercado.

Boas práticas da indústria de alimentos

Para atender a demanda constante, garantindo a segurança dos profissionais envolvidos e a saúde dos consumidores, a indústria de alimentos precisa ficar atenta a práticas como:

Padronização e automatização de processos

A padronização assegura a consistência na produção, garantindo que os produtos finais atendam aos padrões de qualidade estabelecidos.

A automação, por sua vez, não apenas melhora a eficiência operacional, mas também reduz a probabilidade de erros humanos, contribuindo para a produção de alimentos mais seguros e consistentes.

Controle de qualidade

O controle de qualidade é uma prática inegociável na indústria de alimentos. Processos rigorosos devem monitorar e garantir a qualidade de cada etapa da produção, desde a seleção de ingredientes até a embalagem final.

Essa prática assegura que os produtos atendam aos mais altos padrões de segurança e qualidade, proporcionando confiança aos consumidores.

Garantir o uso de EPI

Além de preservar a saúde e a segurança dos profissionais, o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual na indústria de alimentos evita a contaminação dos alimentos.

A utilização correta de EPI, como luvas e aventais, reduz o risco de contato entre microrganismos e substâncias indesejadas e os produtos alimentícios, mantendo a sua integridade.

Estabelecer e acompanhar indicadores de desempenho

Indicadores de desempenho são fundamentais para a gestão eficaz em qualquer setor, e não seria diferente na indústria de alimentos.

Eles oferecem insights valiosos sobre a eficiência operacional, a qualidade dos produtos e a conformidade com padrões regulatórios. A análise constante desses indicadores permite ajustes e melhorias contínuas, contribuindo para a excelência operacional.

Controle de estoque

Manter um controle preciso do estoque é vital para garantir uma produção constante na indústria de alimentos – o que contribui para a eficiência logística e a satisfação do cliente.

O monitoramento adequado dos níveis de estoque ajuda a evitar interrupções na produção, garantindo que os produtos estejam disponíveis conforme a demanda.

Adequar-se às Normas Regulamentadoras do setor

A adequação às Normas Regulamentadoras do setor alimentício é uma prática essencial para garantir a conformidade legal e a segurança dos alimentos produzidos.

O cumprimento rigoroso assegura que a indústria esteja alinhada com padrões de segurança, higiene e boas práticas de fabricação, promovendo a confiança dos consumidores e a integridade dos produtos.

Algumas recomendações são:

  • NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;
  • NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
  • NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
  • NR 12 – Máquinas e Equipamentos;
  • NR 14 – Fornos;
  • NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.

Projetos de inovação que impulsionam a indústria de alimentos

A indústria de alimentos é um setor dinâmico que constantemente lança melhorias para atender à demanda crescente, garantir a segurança alimentar e promover práticas sustentáveis. A inovação é indispensável para isso, impulsionando a eficiência, a qualidade e a manutenção dos recursos.

Projetos de inovação trazem fôlego para esse movimento, incentivando a construção de soluções para antigos e novos desafios. No início de 2024, por exemplo, a Nestlé e o SENAI lançaram o projeto Inovação em Alimentos: Transformando o Futuro do Sistema Alimentar.

Em conjunto, as duas organizações vão investir R$ 6.25 milhões em iniciativas que se mostrem capazes de resolver desafios ligados à agricultura regenerativa, circularidade e energias renováveis.

O edital é aberto para empresas de todos os portes, dentro ou fora da cadeia produtiva do setor, que possam dar resposta às necessidades dessas áreas.

Conclusão

Desde a oferta e conservação de produtos até a geração de empregos e o impacto na balança comercial, a influência da indústria de alimentos é notável.

O setor, que sempre foi um dos pilares na economia brasileira, está se tornando ainda mais importante com os avanços gerados pela inovação.

Para empresas que buscam otimizar seus resultados por meio desse fator, uma solução completa em Gestão da Inovação e Estratégia é a parceria ideal.

A AEVO oferece isso através de uma plataforma de inovação com os recursos mais avançados do setor e uma consultoria especializada, com base na experiência real de apoiar grandes empresas em suas jornadas de inovação.

Seja na implementação de práticas sustentáveis, no desenvolvimento de novos produtos ou na otimização de processos, a AEVO proporciona ferramentas e expertise para alavancar o sucesso no cenário competitivo da indústria de alimentos.

Fale com um de nossos especialistas, e saiba como levar essa oportunidade para sua empresa.

Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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