Indústria, inovação e infraestrutura: importância e a relação com os ODS

Entre os 17 pontos listados pela ONU, há um que destaca o papel da manufatura e dos canais de distribuição. O ODS 9, “indústria, inovação e infraestrutura”, traça uma série de ações para promover o crescimento inclusivo, impulsionando, assim, o progresso econômico e social. Os três “Is”, como também são chamadas indústria, inovação e infraestrutura, abrem caminho para a geração de empregos, o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) traçados pela ONU representam um guia para que pessoas, empresas e nações possam contribuir com a preservação e a inclusividade no mundo.

Entre os 17 pontos listados, há um que destaca o papel da manufatura e dos canais de distribuição. O ODS 9, indústria, inovação e infraestrutura, traça uma série de ações para promover o crescimento inclusivo, impulsionando, assim, o progresso econômico e social.

Ele põe a inovação em lugar central, afinal é preciso encontrar maneiras de manter os bons resultados, evitando os impactos negativos sobre ambientes e comunidades.

Os três “Is”, como também são chamadas indústria, inovação e infraestrutura, abrem caminho para a geração de empregos, o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Vimos avanços importantes nas últimas décadas, com a globalização aproximando diversos locais isolados. No entanto, ainda existem desafios significativos a serem superados.

Além das metas globais, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável também são adaptados às condições de cada país.

Saiba mais sobre a participação do Brasil nos ODS e as vantagens que o investimento em indústria, inovação e infraestrutura pode trazer para os negócios locais. Siga a leitura.

Qual a importância da indústria, inovação e infraestrutura?

De acordo com a ONU, a indústria, inovação e infraestrutura são elementos-chave para o desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Indústria e infraestrutura são a base para o crescimento econômico de qualquer país, gerando empregos e a possibilidade de crescimento para os negócios locais. Elas fornecem a base necessária para a produção e distribuição de bens e serviços, possibilitando uma série de atividades econômicas ao longo das cadeias produtivas.

Estima-se que, ao redor do mundo, cada 100 empregos gerados pela indústria originam outras 220 posições de trabalho.

Uma indústria robusta e uma infraestrutura moderna também são essenciais para a competitividade de qualquer país no cenário global.

As nações sem acesso ao litoral, por exemplo, recebem atenção especial no ODS 9, já que possuem capacidade reduzida para o escoamento de sua produção.

A inovação, por sua vez, é a chave para que as outras duas áreas possam crescer, através de nossas soluções para os desafios atuais e históricos ao redor do mundo.

Através de ações criativas e novas tecnologias, a indústria e a infraestrutura podem atuar com mais eficiência, produtividade e sustentabilidade.

Além disso, o investimento em inovação gera empregos nas áreas de tecnologia e pesquisa, enquanto impulsiona a criação de novos setores e empresas.

Indústria, inovação e infraestrutura ainda contribuem para o funcionamento eficiente de uma sociedade.

Estradas, transporte público, sistemas de água e energia são elementos básicos, e a inovação em áreas como saúde, educação e tecnologia pode melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas.

Saiba mais:
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Por que a indústria, inovação e infraestrutura é um objetivo da ONU?

Os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU (ODS), sendo o objetivo 9 o de indústria inovação e infraestrutura.

No texto oficial, o ODS 9 busca a construção de infraestruturas resilientes, a promoção da industrialização inclusiva e sustentável e o fomento da inovação. Existem diversas razões para que esse tema esteja entre os 17 objetivos centrais da ONU para um programa de 15 anos.

Redução das desigualdades

A falta de infraestrutura básica, como eletricidade e transporte, perpetua as desigualdades sociais e econômicas.

Além dos 4 bilhões de pessoas sem internet, 675 milhões não contam sequer com eletricidade. É um problema evidente que 8% da população mundial não tenham as condições básicas para contribuir ou mesmo acessar os avanços globais.

Em regiões mais isoladas, como Amazônia, África Subsaariana e norte da Ásia, podem ser necessários dias de viagem para chegar a um centro urbano. Para alguns milhões de pessoas, esta condição determina a falta de acesso a recursos econômicos, educacionais e de saúde.

Estímulo ao crescimento econômico

A construção de infraestruturas modernas e eficientes estimula o crescimento econômico, criando empregos, aumentando a produtividade e facilitando o comércio e o investimento.

A industrialização inclusiva e sustentável também impulsiona o crescimento econômico ao promover a diversificação e a modernização do setor industrial.

Resiliência frente a desastres

Quase todas as regiões do planeta estão vivenciando desastres mais intensos, e uma infraestrutura sólida é fundamental para garantir o auxílio em tais situações. Vias seguras permitem a entrega de suprimentos e até mesmo o resgate das populações durante incêndios, enchentes, terremotos, conflitos e outras emergências de larga escala.

Sustentabilidade

A inovação é essencial para impulsionar o progresso tecnológico e encontrar soluções para desafios como as mudanças climáticas e a escassez de recursos naturais.

Fomentar a inovação em todos os setores da economia, com forte atenção para a indústria, é um passo necessário para conquistar os objetivos de sustentabilidade e inclusão.

Qual a meta da ODS 9 da ONU?

Para alcançar um impacto amplo e positivo na indústria, inovação e infraestrutura, a ONU definiu metas específicas para cada área. Elas direcionam a participação de cada país, e contam com indicadores para mensurar o desempenho alcançado.

1 – Para Infraestrutura

As metas e indicadores no campo da infraestrutura são:

Desenvolver infraestrutura de qualidade para apoiar o desenvolvimento econômico e o bem-estar humano, com foco no acesso equitativo e a preços acessíveis para todos.

  • Proporção de população a 2km de uma estrada transitável em todas as estações do ano.
  • Passageiros e cargas transportados por modalidade de transporte.

Modernizar a infraestrutura e reabilitar as indústrias para torná-las sustentáveis, com eficiência aumentada no uso de recursos e maior adoção de tecnologias e processos industriais limpos.

  • Emissão de CO2 relativa ao PIB.

Apoio financeiro, tecnológico e técnico aos países africanos, de menor desenvolvimento relativo, em desenvolvimento sem litoral e pequenos Estados insulares em desenvolvimento.

  • Total de apoio internacional oficial à infraestrutura.

Aumentar significativamente o acesso às tecnologias de informação e comunicação e procurar ao máximo oferecer acesso universal e a preços acessíveis à internet nos países menos desenvolvidos.

  • Proporção da população coberta por rede móvel, por tipo de tecnologia.

2 – Para indústria

Aqui temos duas metas principais:

Promover a industrialização inclusiva e sustentável e aumentar significativamente a participação da indústria no emprego e no PIB, dobrando sua participação nos países de menor desenvolvimento relativo.

  • Valor adicionado da indústria em proporção ao PIB e per capita;
  • Emprego na indústria em proporção ao total.

Aumentar o acesso das pequenas indústrias e outras empresas aos serviços financeiros, incluindo crédito acessível e propiciar sua integração em cadeias de valor e mercados.

  • Proporção do valor adicionado das empresas de “pequena escala” no total do valor adicionado da indústria;
  • Proporção de microempresas com empréstimos contraídos ou linhas de crédito.

3 – Para inovação

A inovação também conta com duas metas centrais:

Fortalecer a pesquisa científica, melhorar as capacidades tecnológicas de setores industriais em todos os países, particularmente nos países em desenvolvimento, incentivando a inovação e aumentando o número de trabalhadores de pesquisa e desenvolvimento e os gastos público e privado em P&D.

  • Dispêndio em P&D em proporção ao PIB;
  • Pesquisadores por milhão de habitantes.

Apoiar o desenvolvimento tecnológico, a pesquisa e a inovação nos países em desenvolvimento, inclusive garantindo um ambiente político propício para diversificação industrial e agregação de valor às commodities.

  • Proporção do valor adicionado nas indústrias de média e alta intensidade tecnológica no valor adicionado total.

O cenário brasileiro

O Brasil ocupa uma posição particular em relação à indústria inovação e infraestrutura. Apesar de conquistas importantes e do potencial para liderar diversos indicadores, o país muitas vezes apresenta dados que se aproximam das nações menos desenvolvidas.

Como os ODS são adaptados de acordo com as necessidades locais, existem alguns ajustes importantes para atender à nossa realidade. Uma das mais importantes é a integração regional, para que o país tenha uma economia sólida, aproveitando as vantagens e reduzindo os desafios locais.

Aprimorar o sistema viário, nesse sentido, é um objetivo central para evitar perdas e reduzir os custos no transporte. Elevar a participação dos sistemas ferroviário, aquaviário e dutoviário é uma das ações indicadas na área.

Estimular as atividades de alta complexidade tecnológica também é um objetivo de destaque para o Brasil. Esse é um caminho para elevar o emprego e o PIB do país, melhorando as condições de trabalho e a produtividade das organizações.

Facilitar os serviços financeiros para promover a integração das micro e pequenas é outra meta nacional. Temos alguns avanços positivos nesse campo, sobretudo com estímulos a negócios em regime de MEI e Simples Nacional, mas a desburocratização ainda precisa caminhar alguns passos.

Já para a inovação, além de aumentar o número de trabalhadores em P&D, o Brasil se comprometeu a elevar os gastos público e privado na área para 2,00% do PIB.

Esta é uma das principais lacunas, pois o investimento caiu de 1,37% quando a meta foi definida em 2015 para 1,14% em 2020.

Iniciativas e projetos que potencializam a indústria, inovação e infraestrutura no Brasil

No Brasil, várias iniciativas, leis e projetos têm sido implementados para impulsionar a indústria, inovação e infraestrutura, tanto a nível nacional quanto regional.

Lei do Bem (11.196/2005): oferece incentivos fiscais para empresas que investem em P&D de inovação tecnológica. As empresas podem deduzir uma porcentagem dos seus investimentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Política Nacional de Desenvolvimento Regional: a PNDR tem como objetivo o incentivo à indústria inovação e infraestrutura em regiões menos desenvolvidas do país. Ela prevê incentivos fiscais e financeiros para empresas que se instalem ou expandam suas atividades em áreas prioritárias.

Plano Nacional de Internet das Coisas: lançado em 2019, o Plano Nacional tem como objetivo promover o desenvolvimento e a adoção de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) no Brasil. Ele visa impulsionar a inovação em setores como agricultura, saúde, indústria e cidades inteligentes, por meio de investimentos em pesquisa, capacitação e infraestrutura digital.

Novo Programa de Aceleração do Crescimento: seguindo os bons resultados do PAC original, o Novo PAC inclui projetos de pequeno, médio e grande porte em áreas como transporte, energia, habitação, saneamento e mobilidade urbana. R$ 1,7 trilhão estão destinados às ações do programa em todos os estados do Brasil.

Conclusão

Desde a promoção de empregos e o crescimento das empresas até o fornecimento de serviços essenciais e o impulso ao desenvolvimento tecnológico, a indústria, inovação e infraestrutura são fatores essenciais para o progresso.

Investir nessas áreas é uma necessidade para garantir um futuro próspero e sustentável. O Brasil, assim como outros países ao redor do mundo, vive um quadro de avanços e desafios para impulsionar o desenvolvimento econômico e social.

Além das ações governamentais, a população e as empresas tem participação direta no alcance de todos os ODS, e devem cumprir seu papel. O investimento privado em inovação, por exemplo, também caiu de 2015 a 2020, retornando aos mesmos patamares de 2005.

As empresas precisam dedicar mais recursos à Pesquisa e Desenvolvimento, desenhando processos bem estruturados para garantir que o investimento traga resultados positivos. Nesse sentido, soluções de Gestão da Inovação se mostram indispensáveis, e a AEVO oferece todos os recursos necessários para a sua empresa cuidar dessa área.

Atuando como uma One-Stop Shop de Gestão da Inovação e Estratégia, a AEVO combina as ferramentas mais avançadas do setor em uma plataforma de inovação centralizada. Ela é potencializada por uma consultoria de inovação especializada, desenvolvida com base nos resultados concretos que ajudamos algumas das empresas mais inovadoras do Brasil a alcançar.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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