Inovação aberta e fechada: características e diferenças

A escolha entre inovação aberta e fechada depende das necessidades e objetivos específicos de cada empresa. Ambos os modelos possuem suas vantagens e desafios, e cabe às organizações avaliar qual abordagem melhor se adequa à sua estratégia e contexto.

As empresas que assumem um compromisso em seus esforços para inovar sempre se deparam com uma decisão entre os modelos de inovação aberta e fechada.

É um momento natural para todas as organizações, e pode levantar dúvidas até mesmo nas que já tem um processo mais sólido.

Apenas 18% das empresas acreditam ter tudo que é necessário para executar seus planos nessa área, aponta o Mapa da Inovação Corporativa, desenvolvido pela AEVO em parceria com a Inventta.

Dessa forma, a colaboração com agentes externos se torna indispensável para atingir os objetivos do negócio.

Compreender a inovação aberta e fechada – cada uma com suas próprias características, desafios e vantagens – pode fazer toda a diferença para ter os melhores resultados nos dois campos.

Qual é a diferença entre elas? Como contribuem na busca por soluções criativas, e de que formas potencializam uma a outra?

Saiba mais sobre os detalhes das duas abordagens, e como elas podem impactar no crescimento das empresas.

O que é inovação aberta e fechada?

A inovação aberta é uma abordagem que envolve a colaboração e o compartilhamento de conhecimentos e recursos entre empresas, instituições de pesquisa, startups e outros atores do ecossistema de inovação.

Nessa perspectiva, as empresas buscam criar parcerias estratégicas e se abrem para o mundo externo, aproveitando ideias e talentos de fora da organização.

A inovação aberta rompe com a ideia de que todas as respostas precisam ser desenvolvidas internamente, reconhecendo que as melhores soluções muitas vezes podem ser encontradas além dos limites da empresa.

A inovação fechada, por sua vez, é uma abordagem mais tradicional, na qual as empresas desenvolvem e mantêm o controle total sobre o processo de inovação dentro de suas próprias fronteiras. Nesse modelo, os recursos, ideias e conhecimentos são gerados internamente, com foco na expertise e nos talentos da própria organização.

A inovação fechada é caracterizada pela proteção de propriedade intelectual, sigilo e confidencialidade.

Ambas as abordagens têm suas vantagens e desafios, e a escolha entre inovação aberta e inovação fechada depende do contexto e dos objetivos da empresa.

Leia mais:
Programa de Ideias: o que é, como criar e benefícios
Como ser inovador nas empresas? 6 práticas para usar hoje

Principais diferenças entre inovação aberta e fechada

 CaracterísticasInovação abertaInovação fechada
Informação:Na inovação aberta, há um compartilhamento de conhecimento e recursos externos. Isso pode envolver a colaboração com parceiros, crowdsourcing e a busca por soluções fora do ambiente interno da empresa.Aqui o foco está no uso interno de recursos e conhecimento da empresa. As ideias e soluções são desenvolvidas internamente, sem envolvimento direto de fontes externas.
Equipe:Esse modelo passa pela colaboração com parceiros externos, que podem ser fornecedores, universidades, startups, comunidades de inovação, entre outros.   A equipe de inovação normalmente será composta tanto por colaboradores internos quanto por agentes de fora da organização.Na inovação fechada, a equipe de inovação é composta principalmente por membros internos da empresa.   O desenvolvimento de ideias e soluções ocorre dentro da organização, sem a participação direta de colaboradores externos.
Propriedade:A inovação aberta pode envolver o compartilhamento de propriedade intelectual e direitos.   As empresas costumam formar parcerias ou acordos de licenciamento para compartilhar seus conhecimentos e tecnologias com as organizações que contribuíram no projeto.A empresa mantém a propriedade intelectual internamente. Os direitos e conhecimentos desenvolvidos são mantidos dentro da organização, sem compartilhamento significativo com parceiros externos.
Limitações:A depender dos objetivos, a falta de controle sobre o resultado é um obstáculo.   Outra limitação importante vem das questões relacionadas à proteção de dados e segredos comerciais.Como já vimos, a maioria das empresas não tem tudo que precisa para inovar, e essa é a maior limitação do modelo fechado.   Sem exposição a diferentes ideias e abordagens, e dependendo de seus próprios recursos, as organizações restringem suas possibilidades.
Cultura:A inovação aberta requer uma cultura organizacional favorável à colaboração, ao compartilhamento de conhecimento e ao aprendizado mútuo.   Essa abordagem exige que as empresas estejam dispostas a explorar e adotar ideias e perspectivas externas.A inovação fechada tende a ser mais orientada internamente, com uma cultura que valoriza a expertise e a capacidade dos membros da equipe.
Riscos:A inovação aberta traz uma diversidade maior de perspectivas e insights, o que pode ajudar a reduzir os riscos associados ao processo de inovação.   Ao envolver parceiros externos, as empresas também podem distribuir o investimento necessário para dar vida ao projeto.A inovação fechada pode envolver um risco maior, pois as empresas dependem principalmente de seus próprios recursos internos para a geração de ideias e soluções.   A falta de perspectivas e insights externos limita sua capacidade para identificar e enfrentar desafios de forma inovadora.


Apesar de suas diferenças, é importante que inovação aberta e fechada não sejam vistas como extremos opostos. Estes dois modelos são como ferramentas distintas, cada uma mais adequada a certas situações, e ambas podem trabalhar em conjunto.

As organizações que conquistam seus objetivos de inovação tendem a utilizar uma abordagem mista, com maior ou menor influência dos agentes externos de acordo com sua cultura.

Além disso, os modelos de colaboração também podem variar, com a integração total de parceiros no processo de inovação, a compra de startups com soluções já prontas, a aquisição de ferramentas desenvolvidas por fornecedores ou o investimento em iniciativas promissoras, por exemplo.

Características da inovação fechada

A inovação fechada apresenta características próprias que a tornam um modelo único e interessante, mesmo com todas as vantagens trazidas pela colaboração.

1. Maior controle

Na inovação fechada, as empresas têm controle total sobre o processo de inovação, desde a geração de ideias até o desenvolvimento e comercialização dos produtos ou serviços.

Elas têm autonomia para definir a direção estratégica e os recursos alocados na inovação.

2. Sigilo e propriedade intelectual

A inovação fechada envolve a proteção do conhecimento e dos ativos intelectuais da empresa.

As organizações buscam manter segredo sobre suas descobertas e avanços, protegendo-os por meio de patentes, segredos comerciais e outras formas de propriedade intelectual.

Continue aprendendo: Inovação e propriedade intelectual: relação e tipos

3. Investimento considerável em P&D

As empresas concentram seus esforços de inovação, contando principalmente com sua equipe interna de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Elas investem em recursos, talentos e infraestrutura próprios para impulsionar o processo de inovação.

4. Risco de isolamento

Um fator que merece cuidado na inovação fechada é o risco de isolamento, uma vez que as empresas dependem principalmente de suas próprias ideias e recursos internos.

Isso pode limitar a exposição a novos conhecimentos, tendências e oportunidades que surgem fora da organização.

Características da inovação aberta

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A inovação aberta possui características distintas que a diferenciam e levam um número cada vez maior de empresas a considerar esse tipo de parceria.

Um exemplo disso é que 49% das organizações participantes no Mapa da Inovação já contam com outros atores do mercado em seu processo de inovação.

1. Fluxo de conhecimento

As empresas buscam ativamente fontes externas de conhecimento, como pesquisas acadêmicas, insights de mercado e feedback dos clientes.

Esse fluxo contínuo de conhecimento alimenta a geração de ideias e impulsiona a inovação.

É importante contar com um sistema ágil de gestão da inovação para guiar esse processo e fazer com que as propostas se tornem resultados.

2. Participação em ecossistemas

A inovação aberta é frequentemente inserida em ecossistemas de inovação, nos quais diferentes atores colaboram entre si.

Esses ecossistemas podem incluir incubadoras, aceleradoras, laboratórios de P&D, hubs de inovação e parques tecnológicos, onde as organizações têm acesso a recursos, conhecimentos e oportunidades de networking.

3. Foco no cliente

A inovação aberta coloca o cliente no centro do processo de inovação. A ideia é encontrar a melhor resposta para entregar valor, independente de onde ela esteja.

Essa abordagem ajuda a desenvolver soluções mais alinhadas com as demandas do mercado e a criar valor significativo para os clientes.

Vantagens da inovação aberta e fechada

Os modelos de inovação aberta e fechada oferecem vantagens distintas para as empresas.

É importante avaliar suas necessidades, recursos e objetivos estratégicos para determinar qual abordagem é mais adequada para o seu negócio.

Inovação aberta

  • Acesso a experiências externas: as empresas obtêm conhecimentos, insights e experiências externas por meio de parcerias, colaborações e redes de inovação;
  • Ampliação do escopo de ideias: ao envolver uma rede mais ampla de pessoas e organizações, a inovação aberta aumenta o escopo de ideias e soluções disponíveis. Ela permite explorar uma diversidade de perspectivas e abordagens, resultando em maior criatividade e potencial inovador;
  • Compartilhamento de riscos e recursos: na inovação aberta, as empresas podem compartilhar os riscos e recursos necessários para a inovação com parceiros externos, reduzindo a carga financeira e a pressão por resultados imediatos;
  • Agilidade e flexibilidade: a inovação aberta permite mais agilidade e flexibilidade para que possamos aproveitar novas oportunidades, adotar tecnologias promissoras e nos adaptar às mudanças no mercado.

Inovação fechada

  • Controle do processo: as empresas conduzem todas as etapas do processo de inovação, da concepção da ideia à comercialização do produto ou serviço. Esse controle facilita o alinhamento com a estratégia organizacional e a execução precisa dos planos.
  • Controle do resultado: esse modelo permite que as empresas mantenham segredo sobre suas inovações e protejam seus ativos intelectuais, guardando uma vantagem competitiva.
  • Aproveitamento dos recursos internos: a inovação fechada permite que as empresas explorem recursos como a expertise acumulada em relação aos seus produtos e consumidores. Isso pode resultar em maior eficiência e aproveitamento do conhecimento existente dentro da organização.

Cabe às empresas avaliar suas necessidades, recursos, cultura organizacional e objetivos estratégicos para determinar qual abordagem de inovação – aberta ou fechada – é mais adequada para impulsionar seu crescimento e sucesso no mercado.

A escolha dependerá do contexto específico de cada organização e das oportunidades e desafios que ela enfrenta.

Conclusão

A escolha entre inovação aberta e inovação fechada depende das necessidades e objetivos específicos de cada empresa. Ambos os modelos possuem suas vantagens e desafios, e cabe às organizações avaliar qual abordagem melhor se adequa à sua estratégia e contexto.

Independentemente da escolha, é fundamental contar com uma ferramenta de gestão da inovação que possa apoiar e otimizar o processo de inovação.

Para atender essa demanda, a solução da AEVO apresenta uma oferta completa, com recursos, funcionalidades e consultoria de inovação para acompanhar e impulsionar a inovação em todas as etapas.

Através da AEVO, as empresas podem gerenciar de forma eficiente os projetos de inovação, promover a colaboração interna e externa, acompanhar métricas chave de desempenho e obter uma visão abrangente do progresso e impacto da inovação no negócio.

Essa é uma ferramenta poderosa que ajuda as empresas a maximizarem o potencial de inovação aberta e fechada, estimulando o crescimento sustentável e a competitividade no mercado.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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