A capacidade de adaptação constante tem se tornado uma grande exigência diante de uma realidade empresarial que necessita atender demandas mutáveis e cada vez maiores. Nesse cenário, adotar estratégias de inovação sistêmica é uma das melhores soluções.
Na verdade, a inovação sistêmica é uma das principais formas de manter a relevância no mercado competitivo atual.
Se a concorrência está em crescimento contínuo, sua organização não pode ficar para trás.
Responder com uma postura inovativa, que atinja o mindset e a estrutura geral da empresa, é o caminho para que o negócio avance, conquiste mais clientes, reduza os gastos e produza de forma mais eficiente.
Uma empresa que não se dispõe a inovar está abrindo mão do seu espaço na competição, afinal, muitas outras estão indo pelo caminho inverso e inovando de maneira consistente e sistêmica, ou seja, em todo o negócio e não apenas em setores isolados.
O que é inovação sistêmica?
De forma simples, definimos a inovação sistêmica como um conjunto de inovações interconectadas, onde cada uma é dependente da outra. Nessa perspectiva, as características inovativas estão presentes em todas as partes do sistema de uma forma que elas interajam entre si.
Mas, vamos tomar a ideia de sistema como nosso ponto de partida para a compreensão total do termo, certo?
Pensamos em um sistema como um conjunto de dois ou mais elementos, onde o comportamento de cada um tem um efeito sobre o comportamento do todo.
Além do mais, o comportamento dos elementos e seus efeitos têm relação de dependência entre si.
Essa é uma característica central nos sistemas: as mudanças em uma parte irão afetar outras partes.
E isso é o que acontece em uma estratégia de inovação sistêmica.
A inovação sistêmica é muitas vezes necessária para que o valor total das inovações seja percebido. Ela pode ser definida como uma abordagem da dependência da inovação de uma organização. No caso, ela segue um estilo interdependente.
E o que entendemos como interdependência, afinal?
Interdependência, nesse sentido, é basicamente a necessidade de haver inovação no todo para que a inovação funcione.
Digamos que uma organização deseja introduzir algo novo em seus processos. Pode se tratar de um produto, uma nova prática de gestão, um novo processo de fabricação, um novo formato de distribuição, etc.
É possível que essas inovações, de forma autônoma, não cheguem ao nível de demonstrar valor ao resultado final. Isso acontece porque, algumas vezes, essa introdução não vai funcionar sozinha. Ela só se torna viável comercialmente quando há inovação em outras dimensões do negócio.
Por isso, para que tudo ocorra conforme o esperado, o processo de inovação deve ser cíclico e sistêmico. Isso significa que ele deve sempre ser renovado e atingir toda a estrutura organizacional.
Inovação sistêmica x autônoma
Primeiramente, é muito importante que a empresa saiba identificar com que tipo de inovação está lidando. Quando se trata da dependência da organização, as inovações podem ser categorizadas como sistêmicas e autônomas.
Diferenciar as duas coisas é simples: enquanto uma se trata do todo, a outra se trata de uma parte específica.
A inovação sistêmica abrange o negócio de forma geral. Várias áreas da empresa conversam entre si, e isso faz com que as inovações dirigidas a uma delas se interliguem com as outras áreas.
Caso um novo produto seja inserido no sistema, por exemplo, há implicações no processo produtivo, no marketing, na lógica financeira, no atendimento ao cliente e assim por diante.
As inovações autônomas, por sua vez, acontecem em paralelo ao negócio principal da empresa. É uma alteração pontual, que, por não ter ligação com outros setores, não vai gerar mudanças sistêmicas, mas somente naquele ponto do processo onde ela se encontra.
Como desenvolver a inovação sistêmica
1 – Defina um objetivo para o projeto de inovação
Antes de tudo, é preciso saber que rumo estamos tomando ao adotarmos uma inovação, caso contrário, o sucesso pretendido com ela não virá.
Qualquer melhoria, como um novo produto ou serviço, redução de custos, aumento da produtividade, otimização do atendimento, ou seja, é preciso ter um objetivo claro estabelecido.
Dessa forma, a organização saberá que recursos deve acionar, que esforços precisam ser feitos e que competências serão necessárias para atingir esse fim.
Sem falar que o objetivo também torna viável a mensuração dos resultados que a inovação gera – ou que não gera.
Portanto, não basta dizer que o “aumento da inovação” é a resposta para as ações tomadas na empresa. A inovação não é o objetivo, é um caminho para chegar aonde queremos. O objetivo é o destino final, e ele precisa ser definido antes de darmos o primeiro passo.
2 – Geração de ideias e triagem
Para inovar é preciso ter em mãos boas ideias para aplicar ao negócio. Essas ideias devem surgir no ambiente interno da empresa, onde os colaboradores que têm relação direta com os processos conseguem identificar as mudanças capazes de trazer benefícios.
A proposta é que os colaboradores que lançam suas ideias não sejam apenas de uma equipe ou setor isolado, mas de todo o negócio, e que eles interajam e troquem feedback sobre suas sugestões.
Para não se tomar decisões erradas, é necessário realizar a triagem e filtragem das melhores ideias reunidas, ou seja, das que demonstram maior potencial para trazer soluções para a organização.
Essa seleção para inovações sistêmicas deve levar em consideração fatores como custo de produção, o desenvolvimento, o público-alvo, a análise de mercado, etc.
3 – Crie uma cultura de inovação para o negócio
Ideias inovadoras não vão nascer, de forma efetiva, em qualquer ambiente. É preciso que a organização tenha uma cultura propícia para isso acontecer.
Neste caso, é uma cultura de inovação que irá promover a geração de ideias partindo dos diversos setores da empresa.
Na cultura de inovação, a empresa deve considerar os valores e comportamentos que adota para estimular a criatividade de seus funcionários.
Isso irá facilitar a criação de novos modelos de negócio, novos processos, métodos disruptivos, produtos inovadores, entre outros pontos importantes para posicionar bem a empresa no ambiente corporativo.
Conclusão
A inovação sistêmica é uma estratégia que ressalta a importância da inovação da empresa como um todo, partindo do princípio de que o negócio é um sistema composto de setores que interagem e dependem uns dos outros. Portanto, é um por todos e todos por um.
Quanto mais preparada uma empresa estiver nesse sentido, mais obtém vantagens na competição corporativa. Para isso é preciso ter elementos que possam organizar as diversas partes da estrutura, para a inovação realmente ocorrer dentro de um sistema e não perder o rumo.
Uma plataforma como o AEVO Innovate é o espaço perfeito para essa gestão da inovação. Com o maior software da área na América Latina, você terá as ferramentas e insights mais atualizados para conduzir as mudanças do negócio.
Solicite uma demonstração gratuita e saiba como levar esses recursos para a sua organização!