ISO de inovação: tudo o que você precisa saber

Talvez você já conheça as certificações ISO, mas você sabia que existe uma ISO de inovação? Conheça mais sobre ela em nosso artigo.

Conforme a inovação ganhou lugar de destaque nas culturas empresariais de todo o mundo, tornou-se fundamental encontrar uma “língua comum” através da qual organizações de países diversos pudessem dialogar sobre o assunto, dando origem a ISO de inovação.

O conjunto de diretrizes é baseado nas melhores experiências de negócios em 163 países, apresentando ao mundo o que funciona nos mais diversos cenários, e pode ser utilizado por empresas de variados tamanhos que desejem construir um sistema de gestão favorável à inovação e seus benefícios.

Vale lembrar que a ISO 56002 não possui certificado. Ao contrário das outras, essa norma não possui certificação, apenas diretrizes e condutas a serem seguidas, todavia não há um órgão superior para emitir um certificado a empresa.

O que é uma certificação ISO?

Promovidas pela International Organization for Standardization, ou Organização Internacional de Padronização, as certificações ISO mostram que uma empresa segue determinados protocolos de boas práticas.

As certificações se referem às mais diversas áreas, com a ISO 9001 na gestão de qualidade, ISO 14001 na gestão ambiental e ISO 45001 para segurança no trabalho sendo algumas das mais conhecidas.

Baseadas nas discussões de especialistas em mais de 160 países, as normas possuem grande valor para o comércio internacional, e são uma forma pela qual empresas e governos do mundo inteiro podem saber que estão fazendo negócios com parceiros confiáveis.

O que é a ISO de inovação e para que serve?

É possível determinar com clareza práticas que favorecem o meio ambiente ou a segurança no trabalho, por exemplo, e criar regras detalhadas para essas áreas. A inovação, por outro lado, precisa de certa liberdade para acontecer, e uma lista de exigências rígidas traria mais prejuízos do que possibilidades.

Por essa característica, a ISO de inovação, ou ISO 56002, difere das normas citadas anteriormente. Sua numeração, terminada em 2, aponta para um conjunto de diretrizes, ou linhas gerais, que a empresa pode adaptar à sua realidade.

A ISO da inovação surgiu após mais de 10 anos de estudos sobre as melhores práticas em seus países membros, e aponta oito bases necessárias para que um ambiente seja propício à inovação constante.

Segundo o site oficial da ISO, ”este documento fornece orientação para o estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua de um sistema de gestão da inovação para uso em todas as organizações estabelecidas” – tradução livre

Para quem a ISO de inovação é aplicável?

A ISO de inovação é para uso de qualquer empresa, todavia segundo a ISO.org ela é aplicável a:

  • Empresas que buscam sucesso contínuo, com capacidade para gerir atividades de inovação;
  • Clientes, stakeholders, colaboradores e demais partes interessadas que buscam confiança na gestão da inovação de uma organização;
  • Organizações e demais partes interessadas que desejam obter internamente uma compreensão padronizada do que constitui um sistema de gestão da inovação;
  • Consultorias e instituições que promovem treinamentos em gestão da inovação;
  • Decisores políticos, que buscam maior eficácia e aproveitamento de programas de apoio a inovação e desenvolvimento da sociedade;

É importante salientar que todas as diretrizes da norma se aplicam a:

  • Todos os tipos de organização, independente do tipo, setor ou tamanho;
  • Todos os tipos de inovações ( produtos, processos, serviços, radical, incremental, etc);
  • Todos os tipos de abordagens de inovação (aberta, fechada, etc)

Os oito pilares da ISO 56.002

Para seguir as orientações da ISO de inovação, uma companhia deve estar atenta às seguintes áreas:

  1. Criação de Valor
  2. Líderes visionários
  3. Direção Estratégica
  4. Cultura
  5. Exploração de insights
  6. Gestão da incerteza
  7. Adaptabilidade
  8. Abordagem de sistemas (ou gestão por processos)

É importante destacar que a ISO 56.002 considera as mais diversas realidades, das pequenas empresas com um par de funcionários, às multinacionais de maior rentabilidade, apresentando diretrizes que podem favorecer a inovação em cada cenário.

Por que seguir a ISO de inovação?

Você pode estar pensando que não precisa de um manual para inovar – e está correto. A ISO de inovação, entretanto, não pretende ser esse guia.

Seu objetivo é identificar empresas com um ecossistema de inovação, ambiente favorável para que novos produtos, processos e ferramentas possam surgir.

Como já falamos anteriormente, as normas ISO possuem grande valor no comércio internacional. Empresas, governos e outras instituições no mundo inteiro costumam exigir alguns requisitos aos seus fornecedores, e a ISO de inovação pode ser uma delas.

Organizações de menor porte, que ainda não pensam em exportar, podem utilizar as diretrizes apresentadas na ISO 56002 para implementar um sistema de gestão com abertura para a inovação, que traz diversos benefícios, como:

  • Ampliação da capacidade para lidar com incertezas, presentes em basicamente todos os mercados atuais;
  • Favorece a redução de custos e desperdícios, aumentando a lucratividade;
  • Possibilita uma maior satisfação dos consumidores, fornecedores, investidores e outras partes envolvidas com a empresa;
  • Facilita a atração e manutenção de colaboradores engajados, dando espaço para que eles possam contribuir com suas ideias;
  • Garante uma boa reputação, viabilizando negócios com organizações de maior porte.

Como se adequar a ISO de inovação?

Empresas que desejam se adaptar às normas ISO, em geral, precisam atravessar quatro etapas:

  • Diagnóstico: onde uma consultoria fará avaliação dos pontos fortes e fracos na companhia em relação à ISO em questão;
  • Planejamento: estudando as mudanças necessárias para e traçando um plano;
  • Implementação: colocando em prática as atitudes definidas no passo anterior
  • Auditoria: onde um Órgão Certificador aprovado pela Organização Internacional de Padronização confirmará se todos os requisitos estão sendo cumpridos.

Para se adequar a ISO de inovação, em particular, a etapa de auditoria vai considerar as atitudes da empresa e emitir um relatório de conformidade, e existem alguns passos que você pode seguir.

Em primeiro lugar, é importante que a liderança, tanto no C-Level quanto na gestão operacional, esteja à frente das mudanças, pois não basta ter apenas um profissional de inovação ou uma equipe trabalhando nesse sentido, é preciso que a inovação faça parte da estrutura da empresa.

O conceito de sistema de gestão é importante, pois ajuda a alinhar os departamentos e colaboradores com base numa visão orientada à inovação, permitindo que recursos de todos os tipos possam circular de forma mais livre entre eles.

Para organizar as mudanças práticas, a própria norma indica o Ciclo PDCA como metodologia de inovação adequada, e aponta a norma ISO 56004 como um guia a partir do qual as empresas podem realizar seu próprio diagnóstico, identificando os pontos que precisam de atenção.

Conclusão

Nós sabemos que a inovação não pode ser “fabricada”, afinal a espontaneidade está na raiz do conceito. Estabelecer um ambiente favorável, entretanto, é possível, e a ISO de inovação mostra como organizá-lo na sua empresa.

Para se adaptar com mais velocidade, você pode utilizar um software de gestão alinhado com os oito pilares da ISO 56002, e capaz de facilitar a transição para esse novo paradigma. O AEVO Innovate oferece um ecossistema de inovação virtual completo, com as ferramentas e metodologias certas para a transformação que a sua empresa deve atravessar no mundo real.

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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