Open Banking: o que é e como a inovação atingiu o setor bancário

Será que o Open Banking é seguro para o consumidor? Saiba mais sobre essa inovação que chegou no mercado financeiro do Brasil.

Você já leu ou ouviu falar sobre o Open Banking? Depois do Pix, trata-se de mais uma novidade do Banco Central, com o objetivo de aumentar a concorrência entre bancos e, por consequência, promover um melhor atendimento ao consumidor.

Para saber tudo a seu respeito, continue com a leitura deste artigo e confira nos tópicos a seguir o que é Open Banking e como a inovação atingiu o setor bancário.

O que é Open Banking?

O Open Banking, também chamado de banco aberto ou sistema bancário aberto, consiste em um conjunto de regras e tecnologias. Elas dizem respeito ao compartilhamento de informações dos clientes entre instituições financeiras.

Isso é feito através da integração dos sistemas dos bancos envolvidos na troca. E para que haja o compartilhamento, o cliente deve consentir por meio de solicitação ou autorização.

No Brasil, o tema é bastante recente e ainda está em fase de implementação. Outros países já fazem uso do Open Banking, como é o caso do Reino Unido.

A  Austrália e a Índia também estão implantando o novo sistema. Entre os países que pretendem fazer o mesmo está a Rússia, o Canadá e os Estados Unidos.

Porém, nem todos os países necessariamente implantam o sistema de maneira igual. Fica a critério de cada um adotar as suas próprias diretrizes, inclusive, em relação ao nível de compartilhamento de dados dos clientes.

Como funciona um Open Banking?

No Brasil, os bancos podem compartilhar os dados cadastrais dos seus clientes, ou seja, as informações necessárias para abrir uma conta. De forma simples, o Open Banking funciona por meio da API Open Banking – que é uma tecnologia de integração para o sistema.

A isso se referem os dados pessoais e sobre produtos e serviços financeiros que o cliente tem contratado.

Os dados transacionais também podem ser compartilhados, sendo aqueles a respeito da sua renda, conta-corrente, perfil de consumo e capacidade de compra. A previsão é que o Open Banking seja implementado no decorrer de 2021.

A primeira fase iniciou em 1 de fevereiro, quando as instituições financeiras começaram a compartilhar entre si o roll de produtos, serviços e taxas disponíveis que possuem. Todo o procedimento é supervisionado pelo Banco Central.

A segunda fase começa no dia 15 de julho, quando os bancos estarão preparados para compartilhar os dados cadastrais de clientes. Entre eles, nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço e outros.

Ainda nessa etapa, podem compartilhar dados sobre conta-corrente, tarifas e outras. É importante ressaltar que o consumidor precisa sempre autorizar o procedimento.

Já em 30 de agosto, será implementada a transação de pagamento e o WhatsApp pode ser usado para as transferências. Também existe a possibilidade de compartilhar o histórico financeiro dos clientes.

A última fase começa em 15 de dezembro. Nesse momento, os bancos passam a ter a opção de compartilhar dados relativos a serviços de credenciamento, operações de câmbio, contas de depósito a prazo, previdência complementar aberta, seguros, etc.

Além disso, somente as instituições financeiras reguladas pelo Banco Central podem participar do Open Banking.

Alguns bancos, inclusive, são obrigados a participar, como é o caso do BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Santander, Itaú e outros. Já os demais podem aderir ao Open Banking se quiserem.

Um ponto importante é que os bancos que participarem do novo sistema, ao mesmo tempo que vão receber os dados dos concorrentes, também devem compartilhar as informações que possuem.

Outra questão é que os bancos que receberem os dados podem acessá-los por 12 meses. Depois do prazo estipulado, o cliente deve renovar a sua autorização.

Vantagens do Open Banking

Veja a seguir quais são as principais vantagens do Open Banking para os envolvidos:

Concorrência mais ampla entre bancos

Para os bancos que participarem do novo sistema, a vantagem é a de se inserirem em um cenário de maior competitividade. Isso é possível porque, ao obter os dados dos clientes de outras instituições financeiras, podem oferecer serviços e produtos a eles também.

A novidade permite até mesmo a personalização dos seus produtos e serviços, a partir do momento que acessam as informações desses consumidores.

Maior poder de compra para o consumidor

Com o compartilhamento de dados, um banco do qual a pessoa ainda não é cliente pode obter as suas informações de outra instituição. Ou seja, pode conhecer o seu histórico e classificá-lo, por exemplo, como um bom pagador.

E, com isso, oferecer vantagens para a contratação de um serviço ou produto. Em outras palavras, o consumidor tem uma variedade maior de bancos a escolher quando precisar contratar um serviço, como o financiamento de um imóvel ou veículo.

Vale lembrar que, em geral, bons pagadores são mais bem-aceitos pelos bancos, assim, têm acesso a maiores descontos e tarifas reduzidas. Portanto, o consumidor pode optar pelo banco que preferir.

Investimentos na experiência do cliente

O Open Banking vai estimular os bancos a se preocuparem mais com a qualidade do atendimento e com a experiência como um todo dos clientes. Isso porque se a concorrência se torna maior, é preciso se esforçar mais para manter a competitividade.

Então, mais uma vantagem do novo sistema é incentivar a inovação, bem como o desenvolvimento de novos produtos e serviços para conquistar clientes.

Open Banking é seguro?

Em meio a tantas mudanças, é normal que as pessoas se questionem a respeito da segurança do Open Banking. Em tese, isso não deve ser motivo de preocupação, uma vez que todo o procedimento é supervisionado pelo Banco Central.

Como já mencionado, só podem participar do novo sistema os bancos que são regulados pelo órgão. E se houver alguma transgressão por parte das instituições financeiras elas são punidas com multas e até podem ser excluídas do sistema.

Esses são motivos suficientes para que todos os bancos sigam as regras do Open Banking. E mais, o envio e recebimento de informações estão protegidos pela Lei Complementar número 105/2001, do Sigilo Bancário.

Isso quer dizer que o compartilhamento de dados está proibido para instituições que não fazem parte do Open Banking. Da mesma forma, a lei proíbe a venda de informações de consumidores para terceiros.

Outra lei que protege o novo sistema é a de número 13.709/2018, mais conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados. Embora recente, já está implantada no país e concede ao consumidor a autonomia a respeito dos seus dados.

Conclusão

Mesmo tratando-se de uma medida nova, que está sendo implementada no país, tudo indica que o Open Banking vai garantir mais vantagens a todas as pessoas que buscam por serviços e produtos financeiros.

É também mais uma inovação do sistema bancário, que contribui com a desburocratização de procedimentos. Nesse sentido, pode ser considerada uma subespécie do conceito de inovação aberta.

Esse termo diz respeito às mudanças nas atitudes relativas à propriedade de dados, como a já citada LGPD. E quando se fala em inovação e compartilhamento de informações, o AEVO Innovate é um grande aliado.

Trata-se de um software de gestão da inovação, perfeito para médias e grandes. Principalmente, se tiverem como objetivo integrarem um mundo cada vez mais inovador e que promova a igualdade para todas as pessoas.

Para saber mais a respeito do AEVO Innovate e como ela pode ajudar o seu negócio e tornar-se inovador, fale com um de nossos especialistas.

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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