Nos últimos anos, temos visto mudanças significativas nos hábitos alimentares. Elas são impulsionadas por uma conscientização crescente sobre os impactos da dieta na saúde, no meio ambiente e no bem-estar animal. Esse contexto deu origem a vários conceitos, como o de alimentação Plant-Based.
Essa é uma abordagem nutricional que vai além das fronteiras tradicionais da alimentação. Como o próprio nome sugere, a dieta “baseada em plantas” destaca o papel central dos alimentos de origem vegetal na alimentação.
A tendência conta com a inovação para simular os produtos já existentes, utilizando novos recursos e tecnologias. O movimento Plant-Based, inclusive, já atingiu novos horizontes, chegando a indústrias como higiene e vestuário.
Saiba quais são os principais avanços nessa área, como é uma dieta Plant-Based e quais os seus benefícios reais para a saúde e o meio ambiente. Siga a leitura.
O que é a dieta Plant-Based?
A dieta Plant-Based, ou alimentação baseada em vegetais, é um conceito que enfatiza o consumo predominante de alimentos de origem vegetal.
Nesse padrão alimentar, a base é composta por frutas, verduras, legumes, grãos, nozes e sementes, enquanto alimentos de origem animal são consumidos de forma ocasional ou excluídos completamente.
Essa abordagem visa criar uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, enquanto reduz a dependência de produtos de origem animal. Ela é considerada mais flexível do que outras opções semelhantes, por não definir limites estritos para o consumo.
Na prática, a dieta Plant-Based pode variar em termos de restrições, dependendo das escolhas e necessidades individuais.
Algumas pessoas que adotam esse modelo incorporam pequenas quantidades de carne, peixe, laticínios e ovos em sua alimentação, enquanto outras optam por uma abordagem mais rígida, excluindo totalmente os alimentos de origem animal.
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Diferença da alimentação Plant-Based para a vegana e vegetariana?
Embora as dietas Plant-Based, vegana e vegetariana compartilhem uma ênfase em alimentos de origem vegetal, há distinções importantes entre elas que refletem as escolhas e filosofias subjacentes de quem as pratica.
Como vimos, o movimento Plant-Based permite a inclusão ocasional de alimentos como carne e derivados do leite, mas a ênfase está na predominância de alimentos vegetais. Ele tem foco na saúde, bem-estar e redução do impacto ambiental, sem adotar uma abordagem estrita contra produtos de origem animal.
A dieta vegetariana, por sua vez, exclui totalmente a carne, mas pode incluir produtos como laticínios e ovos. Já a dieta vegana é a mais estrita, abrangendo todos os produtos de origem animal. Laticínios, ovos, e até mesmo o mel fica fora do cardápio, por exemplo.
Nos dois casos, a decisão costuma estar mais ligada a questões sobre os direitos dos animais e as considerações ambientais, embora alguns casos sejam motivados por preocupações com a saúde.
Quais os alimentos permitidos na dieta Plant-Based?
A ideia da Plant-Based não é proibir o consumo de certos alimentos, mas sim direcionar a busca pelas opções mais naturais. Nesse sentido, as comidas e bebidas industrializadas são as primeiras a serem cortadas.
Dentro do que é incentivado pela dieta Plant-Based, as opções mais comuns incluem:
- Frutas e vegetais: amplas variedades de frutas e vegetais frescos, proporcionando vitaminas, minerais e fibras essenciais;
- Grãos integrais: alimentos como arroz integral, quinoa, aveia, e massas integrais, que oferecem carboidratos complexos e nutrientes;
- Leguminosas: feijões, lentilhas, grão-de-bico e ervilhas são fontes ricas de proteínas vegetais, fibras e outros nutrientes. Moídos e temperados corretamente, eles costumam ser utilizados para substituir a carne em muitas receitas;
- Nozes e sementes: amêndoas, castanhas, chia, linhaça e outras sementes proporcionam ácidos graxos saudáveis, proteínas e minerais;
- Óleos vegetais saudáveis: óleos como azeite de oliva, óleo de coco e abacate são preferidos em comparação com gorduras saturadas;
- Tofu e produtos à base de soja: fontes de proteína vegetal versáteis, frequentemente utilizadas como substitutos para produtos de origem animal. Também são substitutos comuns da carne;
- Ervas e temperos: utilizar ervas frescas, especiarias e temperos para realçar o sabor dos pratos é uma prática comum entre os adeptos da Plant-Based;
- Bebidas vegetais: leites à base de plantas, como amêndoa, soja, ou aveia, são alternativas aos laticínios;
- Alimentos fermentados: opções como iogurte e outros fermentados Plant-Based são importantes para promover a saúde intestinal.
Qual a relação da inovação com essa forma de se alimentar?
A alimentação Plant-Based está entrelaçada com inovações em diversos aspectos, da criação de novos produtos até os questionamentos sobre a forma convencional de se alimentar.
A inovação vem revisitando substitutos cada vez mais competitivos para a carne.
Os avanços nessa área caminham para equilibrar o preço de itens como hambúrgueres, salsichas e nuggets, enquanto simulam o sabor e a textura da carne. Alternativas inovadoras de leite, queijo e outros produtos lácteos à base de plantas também se destacam, oferecendo opções deliciosas e nutritivas.
Na base da cadeia produtiva, métodos de cultivo vertical e hidropônico estão sendo explorados para otimizar a produção de vegetais. Tecnologias de processamento vem na sequência, para criar opções mais saudáveis e sustentáveis, preservando os benefícios nutricionais dos alimentos.
A mudança mais importante, no entanto, está acontecendo entre os consumidores que priorizam a alimentação Plant-Based. Refletir sobre a origem e os impactos ambientais de nossa dieta promove uma mudança em direção a escolhas mais saudáveis e sustentáveis.
Essa é a inovação que deu origem e força a todo o mercado Plant-Based. Ela é uma prova de como as transformações no comportamento do consumidor podem impactar os negócios, criando oportunidades para empresas capazes de se adaptar rapidamente.
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Produtos Plant-Based Inovadores
A busca pela excelência na culinária Plant-Based está dando origem a uma gama de produtos que ampliam as opções nutricionais e as possibilidades de sabores. Conheça alguns deles:
- Aquafaba: a água do cozimento de leguminosas como feijão e grão-de-bico é rica em proteínas, e substitui os ovos em receitas como pães, bolos, mousses e maioneses;
- Proteína fermentada: a fermentação é realizada a partir de fungos e bactérias – processo semelhante ao da cerveja, por exemplo. Os produtos finais podem ser usados na produção de queijos, iogurtes e sorvetes, proporcionando uma alternativa saborosa e nutritiva aos laticínios;
- Gorduras vegetais: não estamos falando da margarina ou do óleo de soja, mas de gorduras com textura e sabor semelhante à animal;
- Farinhas de sementes: ainda que não substituam a carne diretamente, elas ampliam o espaço que normalmente pertence à soja, trazendo mais diversidade para a dieta Plant-Based;
- Bifes inteiros: talvez o objetivo final das empresas que atuam no setor seja produzir um bife completo a partir de vegetais. Graças à tecnologia de impressão 3D, o resultado está cada vez mais próximo, com a criação detalhada das estruturas musculares que dão a textura da carne.
Principais benefícios
Dietas à base de plantas estão associadas a um menor risco de doenças cardiovasculares, incluindo redução da pressão arterial e níveis de colesterol. Estudos iniciais também sugerem que dietas predominantemente Plant-Based podem reduzir o risco de diabete tipo 2 e certos tipos de câncer.
Adotar uma alimentação plant-based ainda pode auxiliar no controle de peso, devido à menor ingestão de calorias saturadas e maior consumo de fibras.
Além dos benefícios para a saúde, a produção de alimentos à base de plantas geralmente demanda menos recursos naturais e emite menos gases de efeito estufa. A agricultura baseada em plantas ainda pode ajudar a preservar a biodiversidade, minimizando a necessidade de desmatamento e conservando ecossistemas.
Conclusão
A transformação de hábitos alimentares é um movimento robusto em direção a escolhas mais conscientes, tanto para a nossa saúde quanto para o meio ambiente, dessa ideia surge o movimento plant-based.
Se os consumidores olham nessa direção e as tecnologias abrem possibilidades únicas, as empresas devem estar atentas para atender a novas demandas e mercados.
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