Como estruturar um Programa de Intraempreendedorismo?

Entenda o que é um Programa de Intraempreendedorismo e como aplicá-lo a partir do Canvas desenvolvido pela AEVO, baseado em nossa experiência prática e nas principais consultorias de inovação do mundo. Confira no artigo!

Estruturar um Programa de Intraempreendedorismo que gere resultados pode ser desafiador se você não contar com as ferramentas corretas e os meios para engajar os colaboradores.

A inovação é um processo e como tal, precisa ser planejada, nutrida e mensurada para garantir o crescimento da empresa por meio da melhoria contínua de processos, produtos e serviços.

Pensando nisso, elaboramos este artigo com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento do seu Programa de Intraempreendedorismo (também conhecido como Programa de Ideias) utilizando o Canvas da AEVO – uma metodologia que auxilia no planejamento estratégico do seu programa de inovação.

O que é Programa de Intraempreendedorismo?

De forma conceitual, intraempreendedorismo é agir como empreendedor em uma empresa já estabelecida, utilizando da criatividade, habilidades e inovação dos colaboradores.

Já um Programa de Intraempreendedorismo é uma iniciativa implementada por empresas para gerar ideias dentro da própria organização a partir dos seus colaboradores – em um modelo de inovação interna/fechada.

O principal diferencial de um Programa de Intraempreendedorismo é a estruturação do processo, que torna claro para os colaboradores os caminhos para transformar as suas ideias em inovações implementadas.

Com o processo bem delimitado, o programa pode explorar as melhores formas de engajar a participação da equipe, implementar a gamificação e transformar uma iniciativa – que poderia ser pontual – em uma cultura de inovação forte e permanente.

A metodologia do Canvas do Intraempreendedorismo

O Canvas do Intraempreendedorismo é uma metodologia desenvolvida pela AEVO inspirada nas experiências de nossos clientes e apoiada por inteligência das principais consultorias de gestão da inovação do mundo.

Ele reúne boas práticas que te ajudarão a poupar tempo e dinheiro, além de possibilitar uma visão macro do seu Programa de Intraempreendedorismo.

No vídeo a seguir, é explicada a nossa metodologia de alta performance para Programas de Intraempreendedorismo. Confira:

YouTube video

Vamos começar?

É hora de colocar a estratégia em prática! Tudo o que você irá precisar serão notas adesivas de cores diferentes, o Canvas impresso (indicamos o formato A1) e para obter o máximo de desempenho no seu planejamento, reúna uma equipe multidisciplinar interessada nas iniciativas de inovação da sua empresa.

Baixar Canvas

Os três pilares do Canvas do Intraempreendedorismo

O Canvas do Intraempreendedorismo está dividido em três grandes pilares: Estratégia; Engajamento e Mudança; e Capacidade de Execução. Cada um destes pilares está dividido em etapas que explicaremos detalhadamente a seguir!

1° pilar: Estratégia

No pilar estratégia o objetivo principal é responder a seguinte pergunta: “Como vamos gerar valor para o nosso negócio? ” Os insights criados aqui servirão de base para consolidarmos nossos objetivos frente ao Programa de Inovação.

Nós dividimos esse pilar em duas etapas: Métricas de Sucesso e Desafios.

Métricas de sucesso

Qual é o grande objetivo do nosso Programa de Ideias? Nessa fase nós definimos o que fará o programa ser um sucesso para o seu negócio, ou seja, precisamos definir quais indicadores utilizaremos para medir o desempenho do nosso Programa.

Estar com os indicadores previamente alinhados possibilita um processo de inovação muito mais enxuto e nivelado diretamente com os objetivos da estratégia do seu negócio.

Há empresas que possuem como objetivo o retorno financeiro, utilizando o ROI e Savings como principais indicadores.

Outras já buscam a cultura de inovação, tendo o percentual de participação dos colaboradores e o número de ideias implantadas como seus principais KPIs. E a sua organização, quais métricas precisam ser mensuradas?

Desafios

Nessa etapa nós fazemos um levantamento de problemas que a organização possua e/ou oportunidades que ela queira explorar. A partir disso, são definidas as campanhas ou desafios que serão comunicados aos colaboradores.

Um desafio pode ser abrangente ou focado.

Para o primeiro caso, podemos usar como exemplo desafios de redução de custo, melhoria da experiência dos clientes ou aumento da segurança do trabalho.

Já para o segundo caso, um exemplo de desafio focado seria “como utilizar inteligência artificial para melhorar o atendimento e o suporte do cliente”.

Em ambos os casos, é importante que a empresa defina claramente o que espera das ideias para o desafio e que critérios serão utilizados para avaliá-las. Exemplos de ideias já implementadas no passado também ajudam os colaboradores a entender o desafio.

2° pilar: Engajamento e Mudança

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O Programa de Inovação por si só não será suficiente para mudar o comportamento tradicional da minha equipe. É necessário implementar ações para engajar as pessoas para a mudança comportamental necessária para torná-las mais inovadoras.

Para isso, adaptamos as Quatro Alavancas para Mudança, metodologia desenvolvida pela McKinsey, e agregamos ao Canvas do Intraempreendedorismo.

As Alavancas de Mudança são os fatores mais relevantes quando uma empresa busca realizar alguma mudança comportamental no seu time. São elas: Conscientização, Processos de Reforço, Modelos de Conduta e Geração de Competências.

Conscientização

A questão é definir como as pessoas vão conhecer e compreender o Programa de Inovação e os Desafios abertos. Aqui vale usar de eventos, campanhas de e-mail, comunicação visual pela empresa, reuniões com os líderes e colaboradores, entre outros. A ideia é comunicar de várias formas e que a comunicação esteja alinhada com a realidade de todos os colaboradores da organização.

Como será minha estratégia de comunicação? Uma campanha de e-mail será acessível aos meus colaboradores de frente de fábrica? Cartazes serão visíveis para todos os setores da minha empresa?

Eu preciso me colocar no lugar do colaborador. Ou seja, eu preciso entender o que é pedido de mim e ser coerente com os meus objetivos pessoais.

Liste nesse campo ações para conscientizar as pessoas da importância dessa grande estratégia para toda a organização.

Processos de reforço

Quando os colaboradores recebem a comunicação de um novo programa e percebem a organização criando novos processos, implementando sistemas e adaptando práticas existentes, eles entendem que aquela iniciativa é relevante para a empresa.

Será que o modelo organizacional pode ser adaptado para melhor atender as necessidades de inovação da minha organização para que as pessoas entendam que o Programa de Inovação é relevante?

Nessa etapa vale alinhar as metas pessoais de cada colaborador com o Programa de Ideias, além de pensar em reconhecimento das pessoas, ou seja, premiações que incentivem os colaboradores a assumir um papel mais protagonista no Programa de Ideias. Um processo claro para avaliação das ideias e a implementação de um sistema de gestão de ideias – como o da AEVO – facilitam a inserção do novo processo na rotina dos colaboradores.

A ideia é sugerir quais ações podem ser tomadas para transmitir aos colaboradores que a empresa está realmente se moldando para investir em novas iniciativas de inovação.

Criação de competências

Novamente precisamos nos colocar no lugar das pessoas. Será que os colaboradores possuem competências para estar à frente dos processos de inovação? É preciso expô-las a treinamentos, nivelar conceitos de inovação e aproximar o contato com tecnologias que estimulem as iniciativas de inovação.

O objetivo aqui é listar quais iniciativas a organização pode investir para criar novas competências para os colaboradores participantes do Programa.

Modelos de conduta

Um bom exemplo é contagiante e arrasta comportamentos! As pessoas geralmente mudam quando percebem que os seus líderes, gestores e colegas de trabalho estão mudando.

Segundo a McKinsey, os modelos de conduta são os principais elementos para mudança cultural. Quando um colaborador vê um par sendo reconhecido pela implementação de uma inovação, ele normalmente vai buscar um comportamento semelhante. Inicia-se assim um ciclo virtuoso na organização.

Sabendo disso, é fundamental que a empresa divulgue os seus “cases” de inovação interna para os colaboradores. Quando os primeiros colaboradores tiverem ideias implementadas, a organização precisa reconhecê-los para que eles virem modelos de conduta para o comportamento de inovação que se espera de todos.

3° pilar: Capacidade de execução

Essa é uma parte muito importante, pois a implantação de ideias é essencial para motivar e garantir a continuidade do Programa de Inovação na sua organização. Quando as pessoas percebem que as ideias não vão para frente – são aprovadas, mas não implantadas, por exemplo -, elas começam a perder o interesse na iniciativa.

Nós segmentamos esse pilar em dois caminhos separando os conceitos de Ideia Simples e Ideia Complexa. Para o primeiro tipo, devemos buscar implementar o máximo de ideias com o mínimo de burocracia de aprovação. Para o segundo tipo, estruturas de avaliação mais robustas, como Comitês de Inovação, são necessárias para priorizar as iniciativas.

Defina com a sua equipe o que são ideias simples e o que são ideias complexas. Isso facilitará a seleção das melhores ideias.

Ideias simples

O que são ideias simples para a sua equipe? Por exemplo, se a área já tem o orçamento necessário e nenhum outro setor é necessário, talvez a ideia possa ser considerada simples. Ou ainda, se o tempo de implementação é menor do que uma semana, a ideia possa ser considerada simples. Depende do contexto de cada empresa.

Para as ideias simples, a nossa principal preocupação é tirar do papel o máximo de ideias possível. A melhor estrutura de aprovação aqui é a menor possível, descentralizando a avaliação e a execução da ideia através do máximo de autonomia para a linha de frente do negócio.

Implantar muitas ideias simples dará um gás ao seu Programa de Inovação, mostrando para todos os colaboradores a seriedade desse processo inovador, estimulando mais colaboradores a participarem do Programa, enviar ideias e transformar os idealizadores do Programa em verdadeiros Embaixadores da Inovação.

Ideias complexas

O que são para a sua organização, ideias complexas? Ideias que envolvam mais de uma área e que precisem de um orçamento extra? Ideias que impactem os clientes em um setor regulado?

É necessário pensar em um fluxo de aprovação específico para esse tipo de ideia, pois ideias complexas normalmente precisam de recursos financeiros e mão-de-obra dedicada para sua execução, podendo até se tornar projetos mais extensos que prolongam o horizonte de implantação.

Nesse caso, como os recursos das organizações são finitos, é necessário haver uma preocupação de como priorizar e implantar as melhores ideias.

Algumas empresas separam um orçamento prévio para as ideias complexas, dando agilidade para essas iniciativas. Em outros casos, o processo para esse tipo de ideias necessita da avaliação de um comitê, do conselho da organização ou busca por fontes de financiamento.

Conclusão

Viu só como pode ser benéfica a estruturação do Programa de Intraempreendedorismo por meio do Canvas? Este pode ser o início para a sua jornada com a inovação interna e para o atingimento de resultados fantásticos com colaboradores engajados.

Um modo robusto e processual para ter um Programa de Intraempreendedorismo é o uso de plataformas dedicadas como o AEVO, um software completo para gestão da inovação e estratégia.

Nele, você pode passa da estruturação à mensuração de resultados em um programa de inovação. Fale com um dos nossos especialistas e tenha uma demonstração gratuita.

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Luís Felipe Carvalho

Luís Felipe Carvalho é um dos fundadores e, atualmente, CEO da AEVO; está há mais de 16 anos à frente de iniciativas para alavancar a inovação de empresas do Brasil e do mundo. Ao longo de sua trajetória, acumula experiências em gestão e implantação de projetos de inovação, buscando formas de gerar resultados para corporações também por meio do incentivo ao intraempreendedorismo. Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Espírito Santo, cursou MBA em Gestão Empresarial e possui certificação PMP (Project Management Professional) concedida pelo Project Management Institute. Foi analista de projetos e liderou programas inovadores em grandes companhias de segmentos como engenharia e siderurgia. Integrou ainda o corpo docente da FUCAPE Business School, ministrando disciplinas de Project Management Office (PMO), Portfólio e Maturidade em Projetos e Gerenciamento de Riscos.

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Luís Felipe Carvalho

Luís Felipe Carvalho é um dos fundadores e, atualmente, CEO da AEVO; está há mais de 16 anos à frente de iniciativas para alavancar a inovação de empresas do Brasil e do mundo. Ao longo de sua trajetória, acumula experiências em gestão e implantação de projetos de inovação, buscando formas de gerar resultados para corporações também por meio do incentivo ao intraempreendedorismo. Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Espírito Santo, cursou MBA em Gestão Empresarial e possui certificação PMP (Project Management Professional) concedida pelo Project Management Institute. Foi analista de projetos e liderou programas inovadores em grandes companhias de segmentos como engenharia e siderurgia. Integrou ainda o corpo docente da FUCAPE Business School, ministrando disciplinas de Project Management Office (PMO), Portfólio e Maturidade em Projetos e Gerenciamento de Riscos.

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