Afinal, o RH é estratégico ou não?

Por que o RH é visto como operacional em algumas empresas? O que fazer para o setor de Recursos Humanos ser reconhecido como estratégico para a organização?

Na organização de uma empresa, muitas vezes o RH é tratado puramente como um recurso operacional. Suas funções cumprem apenas uma demanda da empresa em contratações, pagamentos e demissões. Mas, afinal, você sabe como tornar o RH estratégico na sua empresa?

No mercado atual, é preciso que o setor de Recursos Humanos seja estratégico, alinhado com a empresa e com seus objetivos macro, assumindo riscos maiores.

Neste artigo, você descobrirá de quais formas o RH pode ser estratégico para sua empresa! Será mesmo que o RH tem potencial para ser uma área estratégica? Descubra mais a seguir!

O estigma do RH como apenas departamento pessoal

Durante anos, as funções do setor de Recursos Humanos de diversas empresas ficaram reduzidas apenas a atividades burocráticas relacionadas à admissão, ao controle e ao desligamento dos funcionários, no chamado departamento pessoal.

No entanto, apesar dessas tarefas serem fundamentais para a operação de qualquer empresa, é importante saber que o RH, cada vez mais, não se resume a apenas ações operacionais e de baixo risco.

O cenário dinâmico, competitivo e global de negócios dehoje, com livre fluxo de comércio e mesmo de capital humano, caracterizado pelo trabalho remoto, demanda uma gestão mais estratégica de pessoas nas empresas.

Assim, um departamento de Recursos Humanos que seja estratégico assume um protagonismo nas empresas que entendem que, hoje, seu grande diferencial são as pessoas e as ideias e soluções criativas geradas por elas.

RH estratégico: visão e conhecimento dos processos do negócio

A otimização de processos é uma consequência natural da implementação de ações inovadoras que preparem o RH para ser estratégico.

Para que isso ocorra, é necessária uma visão mais aprofundada de cada área da organização. O gestor de Recursos Humanos, com um maior conhecimento dos processos que são parte da organização, consegue propor soluções melhores e mais efetivas.

O conhecimento dos processos do negócio diferencia um executivo de Recursos Humanos estratégico.

Novas ideias passam a poder ser abordadas com o conhecimento técnico e a projeção necessária, por meio de indicadores e de uma visão clara dos possíveis benefícios e riscos de cada projeto.

Trabalhando o processo interno de formação de liderança

Uma função geralmente atribuída ao RH é a formação interna de equipes, o incentivo à especialização, a contratação de treinamentos, etc. O problema é quando não há um perfil de liderança, ou quando esse talento está sendo subutilizado.

Para formar líderes, é preciso que se construa diariamente e incentive a liderança. Em um RH estratégico, ter um perfil que influencie os demais é essencial.

Para que isso aconteça, é preciso alinhar os objetivos da área com os da empresa. Dessa maneira, a formação de equipes e a gestão de talentos em geral do Recursos Humanos pode ter o suporte necessário.

Esse suporte deve partir tanto dos colaboradores quanto do próprio trabalho de gestão. É preciso tomar a frente na questão de gestão de talentos para que seja possível, enfim, ter um RH influenciador e estratégico na formação e liderança da organização.

Acompanhamento de métricas e gerenciamento de talentos

O suporte a um RH estratégico não vem somente de suas próprias funções e liderança. O acesso a tecnologias e soluções de tecnologia de informação não são úteis somente para automatização de funções.

Em um relatório desenvolvido pela IBM, gestores de RH destacaram a necessidade de usar a tecnologia para converter informações em insights concretos.

De fato, conforme artigo da Forbes, a utilização de tecnologias está diretamente relacionado a setores de recursos humanos estratégicos e inovadores.

Aproveitar a base de dados coletada da melhor forma ajuda a sedimentar um posicionamento estratégico. Conhecendo melhor o capital humano e trabalhando métricas para obter uma melhor base de dados, a gestão do RH cresce. Selecionar e desenvolver talentos torna-se uma ação integrada com a cultura da empresa.

Um setor de recursos humanos que acompanha métricas e que está focado em tornar sua gestão de talentos mais eficiente beneficia amplamente a empresa. O compartilhamento desses dados e informações pode ser traduzido em soluções e ferramentas úteis para a organização como um todo.

Equilibrando o fluxo de comunicação em um RH estratégico

Saber aproveitar os canais de comunicação da empresa faz com que o RH tenha uma plataforma para utilizar como base. Dessa forma, informa-se a empresa sobre os próximos passos e sobre como o RH pode adquirir um caráter estratégico, sendo uma área importante para o desenvolvimento da empresa.

Permitir que o setor de recursos humanos lidere e utilize adequadamente os canais e as ferramentas de comunicação da empresa trará mais benefícios de acordo com a estratégia traçada. E com o monitoramento mencionado anteriormente, é possível para o RH ter ainda mais autonomia e saber medir o retorno das ações implementadas.

Utilizar os canais de comunicação disponíveis de forma eficaz também afeta o ambiente externo. As ações e os resultados de seu RH importam tanto para os seus colaboradores internos quanto para o público de fora da empresa. A percepção externa de como é trabalhar em sua empresa ou de como sua gestão de talentos funciona influencia em ambas as esferas do negócio.

O gestor de RH deve saber equilibrar esse fluxo de comunicação e saber planejar sua programação. Trabalhar tanto o público interno quanto o externo será vital para que o poder estratégico de seu RH se desenvolva.

A importância de incentivar uma cultura de inovação para o RH

Para modernizar, reorientar e reposicionar o RH, tornando-o mais estratégico e alinhado a uma cultura de inovação, é necessário que as empresas avaliem, primeiramente, como potencializar a eficácia de suas equipes.

Diante disso, o RH deverá, ainda, lidar com os antigos problemas relacionados a atividades de departamento pessoal, porém de um jeito novo, melhor e mais colaborativo, que estimule a inovação.

Inovar, em linhas gerais, é pensar em atitudes fora da zona de conforto e que possam atingir os objetivos traçados.

E, apesar do que algumas pessoas pensam, o Recursos Humanos é uma área que tem recursos e funções importantes e estratégicas nesse processo.

Por exemplo, o RH precisa auxiliar a organização a desenvolver, comunicar, testar, implementar e manter uma cultura de inovação, criando as condições necessárias para isso e processos que incentivem o trabalho colaborativo das equipes, que utilize sua criatividade para a geração de ideias novas, viáveis e lucrativas.

Além disso, como vimos, o RH também precisa assumir um papel de mediação na preparação das lideranças da empresa para que elas consigam lidar com essas mudanças e estimular suas equipes a aderirem à cultura de inovação.

Nesse sentido, outra incumbência importante de um RH estratégico é planejar e estimular o desenvolvimento das competências necessárias nos funcionários para operacionalizar as inovações na empresa, capacitando os talentos em termos de ferramentas, processos e tecnologias que serão utilizadas para gerar diferencial para a empresa.

Um dos primeiros passos para incentivar a inovação como cultura e integrá-la ao perfil de sua empresa é a implantação de um programa de ideias. E é importante que o setor de Recursos Humanos não só tome a liderança nisso, como também torne esse programa transformador em todas as frentes que vimos aqui.

Como comunicação interna e externa, desenvolvimento profissional, planejamento e estratégia, tudo isso pode ser melhorado. Quando uma cultura de inovação é disseminada de forma estruturada, a gestão de talentos do RH estratégico se beneficia largamente.

Afinal, a inovação acaba resultando em um diferencial importante para a identificação de talentos. Sendo assim, adotar um sistema integrado de inovação faz com que o RH possa agir de modo estratégico, otimizando suas funções e automatizando seu lado operacional.

O RH de sua empresa cumpre um papel estratégico? Como os lados operacional e estratégico dessa área estão sendo equilibrados em seu negócio? Compartilhe sua mensagem nos comentários!

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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