Spin off: o que é, vantagens e como implementar?

Spin off é uma das maneiras de separar um produto da sua empresa que tenha potencial para alcançar novos voos, se tornando uma empresa a parte.

É normal que uma companhia inovadora se depare com produtos de grande valor, mas tenha dificuldade para adequá-los ao seu portfólio ou mercado atual – é como um ponto fora da curva, que não se encaixa nos demais negócios.

Pode ser o momento de lançar uma empresa spin-off, garantindo a estrutura adequada para que esse produto possa se desenvolver por conta própria.

Nesse artigo você saberá mais sobre como funciona o modelo de spin-off, quais suas vantagens, quando é a hora certa de utilizá-lo e quais etapas são necessárias à sua implementação.

O que é spin-off?

Em poucas palavras, spin-off é uma empresa que nasce quando um produto ou ferramenta desenvolvido na organização demonstra potencial para sustentar, sozinho, um novo empreendimento.

O termo é usado há algum tempo, mas vem ganhando força com a expansão das startups.

Como essas companhias testam novas soluções muito rápido, acabam chegando em respostas valiosas, mas que não podem ser cultivadas pelo negócio, possibilitando o surgimento de uma empresa spin-off.

Quais as vantagens do spin-off?

Manter um produto que poderia se tornar um spin-off costuma levar a um conflito, com dois resultados negativos possíveis: ou ele para de crescer, tornando-se uma oportunidade desperdiçada, ou exige mais e mais atenção, ao ponto de afetar os outros negócios realizados pela empresa.

Numa situação como essas, realizar o spin-off é a solução mais indicada, apresentando os seguintes benefícios:

Distribuição do foco

Tanto o empreendimento inicial quanto o spin-off terão times e recursos dedicados a objetivos específicos, evitando que a atenção dividida no interior da mesma empresa prejudique uma das iniciativas.

Explorar um novo mercado

O spin-off normalmente não se encaixa com as necessidades do seu mercado atual, e a sua realização permite abordar novos consumidores, com produtos , modelos de negócios e marketing diversificados.

Baixo investimento e baixo risco

Uma iniciativa não se torna um spin-off a menos que já esteja apresentando bons resultados no interior da empresa-mãe, portanto há uma grande chance de que ele tenha sucesso por conta própria. Além disso, custos iniciais de pesquisa e desenvolvimento já foram bancados, reduzindo o investimento necessário para lançar a nova companhia.

Experiência

É normal que um time seja deslocado da empresa-mãe para conduzir o projeto do spin-off. Estes profissionais já terão experiência com o produto e o mercado, facilitando o desempenho do novo empreendimento, que não terá de navegar às cegas enquanto se estabelece.

Spin-off na prática

Um exemplo desses benefícios é o IndustriALL, software que surgiu na AEVO e se tornou um spin-off no começo de 2020.

Enquanto o AEVO Innovate, nosso produto central, apresenta ferramentas diversificadas que o transformaram no maior software de gestão de inovação na América Latina, o IndustriALL possui recursos focados em companhias industriais, cujas demandas específicas justificaram a existência de uma organização mais especializada para mantê-lo.

A divisão dos negócios, com um time sendo direcionado para cuidar do IndustriALL, permitiu que ele pudesse crescer e conquistar sua própria posição no mercado, sem afetar o desenvolvimento do AEVO Innovate.

Como criar um spin-off?

As etapas para o lançamento de uma spin-off se assemelham às de um empreendimento tradicional; no entanto, é importante ter cuidado redobrado para evitar que os esforços dedicados à nova empresa prejudiquem os negócios atuais.

1. Análise de Mercado

Este é o passo por onde tudo começa. Você precisa avaliar se o produto da spin-off, lançado no mercado sem o background da sua marca principal, ainda terá sucesso e potencial de crescimento.

Como você já tem alguns clientes, pode conversar com eles para entender que outras necessidades o seu produto poderia satisfazer, criando uma solução mais robusta. Se estiver pensando em lançar um spin-off, mas ainda não tem o produto certo para isso, considere testar alguns MVPs antes de avançar.

2. Escolher um time para o projeto

É importante selecionar profissionais que entendam bem o produto e trabalhem com ele algum tempo para direcionar o projeto. Um time pequeno, de 5 ou 6 pessoas, complementado por futuras contratações, costuma ser o ideal.

Montar uma equipe muito grande pode afetar a empresa-mãe, que perderá vários colaboradores. Além disso, um squad com poucos membros terá mais agilidade para testar hipóteses e analisar a viabilidade dessa separação, facilitando também o acompanhamento do projeto pela empresa-mãe.

3. Definir um plano de negócios

É hora do time se reunir para trabalhar num bom plano de negócios; definindo as estratégias que irão nortear os primeiros passos da nova companhia. Uma vantagem do modelo spin-off é trabalhar com recursos fornecidos pela empresa-mãe, facilitando algumas decisões.

Isso não significa, obviamente, que as coisas podem ser feitas de qualquer jeito. É preciso traçar metas desafiadoras, levando em consideração os resultados já alcançados pelo produto, e buscar formas de obter o melhor retorno possível para os investimentos realizados.

4. Execução

Todos sabem para onde ir, e possuem experiência suficiente para chegar lá. Agora é o momento de ligar os motores e executar o plano, lançando o produto no mercado e distribuindo as funções com base nas capacidades de cada pessoa no time.

A direção da empresa-mãe costuma estar mais próxima da spin-off nas fases de planejamento, mas a partir daqui é normal que ela comece a caminhar com as próprias pernas, podendo manter o negócio central como uma espécie de mentor, mas sem interferências diretas.

Quando é a hora de fazer um spin-off?

Se você está pensando em lançar um spin-off, provavelmente já conta com um produto bem desenvolvido, mas talvez não tenha certeza sobre qual o momento certo de começar um novo empreendimento.

O dilema é enfrentado pela maioria dos empreendedores: afinal, devo segurar o produto mais um pouco, ou ele já tem condições de enfrentar o mercado sozinho?

Embora não exista resposta definitiva, é possível aprender com as lições de outras empresas que lançaram uma spin-off, como no caso da AEVO.

A decisão de separar o IndustriALL, foi tomada por tê-lo como um produto totalmente nichado e de características específicas, ao contrário do AEVO Innovate, nosso produto principal.

Em outro caso, no entanto, mantivemos um projeto no modelo de startup interna. Ela é responsável pela Central de Iniciativas, outro módulo do nosso software, onde o usuário pode fazer a gestão dos seus projetos, tarefas, equipes, etc. Como suas características são condizentes com o AEVO Innovate, a melhor decisão foi deixá-la na companhia, como um produto secundário dentro de uma plataforma maior.

Cabe avaliar, portanto, se o produto com potencial de se transformar num spin-off é capaz de contribuir para o seu portfólio central, ou está competindo de alguma forma com ele: essa é a variável mais importante na decisão.

Conclusão

Manter o equilíbrio e dar atenção às duas empresas pode consumir todo o tempo e energia de um empreendedor, caso ele não utilize as ferramentas certas para coordenar suas atividades.

Com o AEVO Innovate é possível conduzir a empresa-mãe e o spin-off, discutindo ideias com os times, implementando projetos de inovação e acompanhando os resultados nas duas iniciativas, tudo em uma só plataforma.

Dessa forma, você garante que a saída do spin-off ocorrerá de forma suave, estabelecendo desde o início as bases do seu sucesso, sem prejudicar o negócio principal, e terá duas empresas competitivas conquistando seus próprios espaços no mercado!

Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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Lillian Donato

Formada em Publicidade e Propaganda pela UFES e pós-graduada em BI, Marketing Digital e Data Driven pela PUCRS, Lillian trabalha com marketing há 8 anos, tendo passado por agências de marketing, veículos de comunicação, trabalhando com rádio e televisão, além do setor de tecnologia e software. Ao longo de sua experiência profissional, já trabalhou com design, redação, SEO, mídias pagas, CRO e diversas outras áreas no marketing, tendo como especialidade marketing b2b. Atualmente é coordenadora de marketing na AEVO.

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