Tendências do setor da saúde em 2024

A área da saúde está em constante evolução, impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças nas expectativas dos pacientes e novas abordagens no cuidado com a saúde. Em 2024, essas transformações continuam a moldar o cenário da saúde, trazendo à tona tendências que prometem revolucionar o setor. Saiba mais!

A área da saúde está em constante evolução, impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças nas expectativas dos pacientes e novas abordagens no cuidado com a saúde. Em 2024, essas transformações continuam a moldar o cenário da saúde, trazendo à tona tendências que prometem revolucionar o setor.

Neste artigo, exploraremos as principais tendências da saúde para o ano de 2024 baseado na Jornada do Paciente de 8 etapas.

O que é a inovação no setor de saúde?

As inovações em saúde representam uma mudança profunda na forma como os serviços médicos são concebidos, entregues e experienciados.

Elas transcendem a simples adoção de novas tecnologias e trata-se de um processo que visa, não apenas aprimorar a eficiência operacional, mas também transformar a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes, melhorando os resultados clínicos.

Essa abordagem abrange desde soluções tecnológicas, como telemedicina e análise de big data para diagnósticos precisos, até novos modelos de atendimento, como a medicina centrada no paciente e a abordagem holística à saúde.

Inovações em saúde também incluem a criação de dispositivos médicos inovadores, terapias personalizadas e a aplicação de inteligência artificial para prever tendências (o crescimento de uma doença em certa região, por exemplo) ou identificar áreas de melhoria nos serviços.

O que mudou?

O setor da saúde tem estado no foco da mídia e das pesquisas mundo a fora de um modo jamais visto antes do estopim da pandemia de Covid-19, mas os desafios desse setor já eram alarmantes há muito tempo, só que claramente a maior crise sanitária do século seria um ataque sem precedentes e pressionaria toda a estrutura do setor que já era conhecida por ser rígida e pouco flexível.

Deste modo, desde antes de 2019, a exaustão do corpo clínico, comprovada pelos altíssimos casos de estresse, depressão e burnout, à dificuldade de hospitais e farmacêuticas de integrar novas tecnologias e processos que trouxessem melhorias, eficiência, qualidade dos cuidados e experiência já eram realidades, apenas não estavam no centro das discussões com tantos holofotes quanto deveriam.

Toda essa pressão sob o setor impulsionou uma transformação tecnológica que já despontava, principalmente nas áreas de atendimento, práticas clínicas, gestão hospitalar, desenvolvimento de novos medicamentos e avanços nos tratamentos médicos.

Soma-se a isso, o novo padrão de comportamento do paciente que agora busca maior agilidade e comodidade no cuidado com a sua saúde.

Assim, a tecnologia passa a ser empregada para suprir as novas demandas, aprimorar processos defasados e curar velhas feridas do setor.

Após essa introdução sobre como chegamos até o ano de 2024, dedicarei a próxima parte desse breve material para trazer as tendências mais relevantes da área da saúde, a partir de cinco categorias principais: tecnologia e dados, consumismo, força de trabalho e ESG (governança ambiental, social e corporativa), tal como afirma o relatório “Healthcare Horizons” da consultoria KPMG, publicado em 2023.

Para compreendermos melhor as tendências, nada melhor do que demonstrar a transformação significativa na prestação de serviços de saúde em andamento a partir da jornada do paciente.

Para tal, utilizarei as fases da jornada elaborada pela equipe da Doctoralia (imagem 1) para correlacionar com as tendências, demonstrando como elas são capazes de melhorar a experiência do paciente em diferentes pontos de contato.

jornada do paciente

Quais as tendências do setor da saúde em 2024?

1) Necessidade

  • Utilização de aplicativos de saúde: crescente adoção de aplicativos de saúde pelos pacientes, permitindo monitoramento de sintomas, acesso a informações personalizadas e recebimento de alerta para check-ups regulares;
  • IA para autoavaliação de sintomas: desenvolvimento de soluções baseadas em inteligência artificial para autoavaliação de sintomas, proporcionando aos pacientes uma avaliação preliminar de seus estados de saúde;
  • Consciência da saúde mental: crescente atenção à saúde mental, com os pacientes identificando e reconhecendo sintomas de estresse, ansiedade e outros problemas psicológicos como parte de suas necessidades de saúde;
  • Saúde mental e diversidade: o respeito à diversidade e a atenção à saúde mental podem ser incorporados desde o início da jornada. Plataformas digitais e informações online podem ser adaptadas para fornecer suporte e recursos específicos, considerando as diversas necessidades e preocupações dos pacientes.

2) Busca

Uso de novas tecnologias e inteligência artificial: motores de busca online utilizam algoritmos de IA para personalizar resultados com base nas preferências anteriores do usuário. Anúncios patrocinados podem destacar clínicas que oferecem telemedicina e serviços inovadores.

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3) Confiança

Educação continuada para profissionais de saúde: plataformas online podem apresentar perfis de profissionais de saúde com certificações recentes e participação em programas de educação continuada.

Acessibilidade a informações online: facilitação do acesso dos pacientes a informações sobre procedimentos, tratamentos e condições de saúde através de plataformas online. Instituições de saúde estão adotando práticas transparentes, divulgando dados sobre a qualidade do atendimento, taxas de sucesso de procedimentos e feedback dos pacientes.

4) Agendamento

  • Inteligência Artificial (IA) no agendamento: algoritmos de IA são empregados para sugerir horários mais convenientes com base nas preferências históricas dos pacientes;
  • Big Data e análise de dados: sistemas de agendamento online utilizam big data para prever a demanda em diferentes horários, otimizando a agenda do profissional de saúde;
  • Teleagendamento: integração de recursos de telemedicina no agendamento, permitindo que os pacientes marquem consultas virtuais.

5) Pré-consulta

Saúde Digital e Telemedicina: Plataformas de saúde digital podem coletar informações prévias dos pacientes, incluindo histórico médico e sintomas, facilitando a preparação para consultas virtuais iniciais. Recursos de telemedicina permitem consultas remotas para avaliações preliminares.

6) Consulta

Medicina personalizada e genômica: registros médicos eletrônicos baseados em blockchain garantem a integridade e segurança dos dados genômicos durante a consulta. Ferramentas de análise genômica podem ser acessadas em tempo real para suporte a diagnósticos personalizados.

Digital Twin para diagnóstico preciso: aplicação de tecnologia de gêmeos digitais (digital twin) para criar modelos virtuais precisos dos pacientes, permitindo simulações e análises mais aprofundadas para diagnósticos precisos.

Sistemas de prontuário eletrônico inteligente: implementação de prontuários eletrônicos inteligentes, alimentados por IA, para melhor organização de dados, históricos médicos e agilidade no acesso às informações relevantes.

Telemedicina multicanal: utilização de diferentes canais de comunicação (vídeo, chat, áudio) para oferecer opções variadas de teleconsulta conforme a preferência do paciente.

A saúde virtual vai além de simplesmente possibilitar visitas por vídeo ou consultas por teleconferência. Ela pode complementar ou substituir o cuidado presencial, visando expandir o acesso, melhorar os resultados clínicos, aumentar o envolvimento do consumidor e coordenar os cuidados de forma eficiente.

8) Relacionamento duradouro

Integração de dispositivos médicos inteligentes: wearables e sensores são integrados para monitorar continuamente os sinais vitais dos pacientes, com os dados sendo transmitidos em tempo real para os profissionais de saúde.

Campanhas de marketing personalizadas incentivam a adoção e uso contínuo desses dispositivos para promoção da saúde.

Segundo o relatório 2023 Global Health Care Outlook publicado pela Deloitte, a previsão de crescimento do mercado para dispositivos de monitoramento remoto é substancial, indicando um aumento de $30 bilhões em 2021 para mais de $101 bilhões em 2028, relacionado a isso, o relatório ainda aponta que a previsão é de que quase 440 milhões de dispositivos vestíveis para saúde e bem-estar serão enviados globalmente até 2024 (Deloitte, 2023).

Notificações proativas: sistemas de notificação proativa baseados em IA, são capazes de alertar os pacientes sobre datas de exames de rotina, vacinações ou check-ups anuais.

ESG e nova economia: as organizações de saúde, reconhecendo a importância crescente da Nova Economia e princípios ESG (Ambiental, Social e Governança), dedicarão esforços significativos à sustentabilidade.

Reduzirão emissões de carbono, adotarão planos para atingir zero liquidação às demandas crescentes dos sistemas financeiros em relação ao ESG, refletindo o compromisso com valores éticos, responsabilidade social e ambiental.

Nesse contexto, a confiança duradoura dos pacientes não será apenas pela qualidade dos serviços, mas também pela conformidade ética, ambiental e social das organizações de saúde.

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7) Pós-consulta

Personalização de conteúdo via IA: mensagens automáticas baseadas em IA fornecem acompanhamento personalizado, incluindo lembretes de medicamentos, diretrizes pós-consulta e avaliações de satisfação.

Blockchain na saúde: blockchain pode ser aplicado na transmissão segura de resultados de exames e informações pós-consulta.

Conclusão

Observa-se, portanto, como a área da saúde foi redirecionando seu foco, investimentos e preocupações para a melhoria no cuidado de quem oferece e de quem usufrui os seus produtos e serviços, isso se comprova quando observamos acima as inúmeras tendências tecnológicas e comportamentais sob a ótica da jornada do paciente.

Ainda assim, não se trata de um jogo ganho, uma pesquisa da GE Health Care aponta que “os dados de saúde chegam com uma rapidez incrível, um volume é esmagador, com 97% de todos os dados de saúde nos hospitais não sendo utilizados” (GE, 2023).

Em um mundo onde mais de 75% dos consumidores de serviços de saúde esperam cuidados personalizados mais acessíveis (Deloitte, 2023), sairá na dianteira aqueles que souberem fazer bom uso da massiva quantidade de dados disponibilizados para aprimorar a experiência das pessoas, e aqueles que estiverem preparados para os desafios relacionadas à privacidade, segurança cibernética e integração eficiente dessas tecnologias em toda a organização e jornada do paciente.

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Elaine Cardoso

Graduada em Relações Internacionais pela UNESP, atua como Consultora de Inovação na AEVO. Iniciou sua trajetória na AEVO como Analista de Sucesso do Cliente e atuou como Coordenadora da área de Onboarding por cerca de dois anos. Suas atribuições estão diretamente ligadas ao apoio estratégico na estruturação e implementação de programas de inovação nas empresas, abarcando desde a execução de programas de intraempreendedorismo à gestão da Inovação aberta. Ao longo dos últimos anos, adquiriu expertise na criação e execução de estratégias que impulsionaram a transformação e o crescimento em empresas de diferentes portes e segmentos.

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Elaine Cardoso

Graduada em Relações Internacionais pela UNESP, atua como Consultora de Inovação na AEVO. Iniciou sua trajetória na AEVO como Analista de Sucesso do Cliente e atuou como Coordenadora da área de Onboarding por cerca de dois anos. Suas atribuições estão diretamente ligadas ao apoio estratégico na estruturação e implementação de programas de inovação nas empresas, abarcando desde a execução de programas de intraempreendedorismo à gestão da Inovação aberta. Ao longo dos últimos anos, adquiriu expertise na criação e execução de estratégias que impulsionaram a transformação e o crescimento em empresas de diferentes portes e segmentos.

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