As startups não são mais novidades. Já é possível encontrar empresas que fazem uso da tecnologia para atender os mais diversos públicos em diferentes nichos de mercado. A novidade é o surgimento de startups direcionadas ao universo feminino.
Tratam-se das femtechs, startups focadas, principalmente, na saúde da mulher. Para saber mais sobre esse novo nicho, como é o mercado, qual sua importância e como alcança seus objetivos continue com a leitura deste artigo e confira os tópicos a seguir.
O que é uma femtech?
Uma femtech é uma startup que oferece serviços para o público feminino. Hoje em dia, o seu foco é na saúde da mulher, sendo que isso é feito por meio da tecnologia, seja com aplicativos, plataformas ou dispositivos que atendem diferentes demandas.
Os serviços e a forma como eles são disponibilizados são variados e podem ajudar na resolução de problemas que as mulheres costumam enfrentar ou na oferta de ferramentas com funcionalidades para tornar o seu dia a dia mais prático.
Além dos aplicativos de celular e das plataformas, a femtech pode fazer uso da inteligência artificial para entregar informações pertinentes ao universo feminino.
O seu grande diferencial em relação a outras startups é direcionar os seus esforços na qualidade de vida das mulheres, o que pode ser feito até mesmo com o diagnóstico precoce de doenças.
Como é o mercado para uma femtech?
As mulheres são um público com grande potencial para o consumo, inclusive, quando se refere a produtos e serviços que ajudam na melhoria da sua qualidade de vida.
Diante dessa realidade e das particularidades que ainda não foram exploradas pela indústria, o mercado para uma femtech está repleto de oportunidades. Mesmo sendo um segmento novo, os dados financeiros já mostram a sua lucratividade.
De acordo com levantamento realizado pela empresa de pesquisa e dados financeiros PitchBook, em 2019, as startups de tecnologia com foco na saúde da mulher foram responsáveis por R$ 4, 5 bilhões em receita.
Além disso, esses negócios receberam mais de R$ 3 bilhões de investimentos em capital de risco. A previsão é que todo esse investimento tenha o retorno esperado.
Isso porque os números mostram ainda que o público feminino gasta em torno de R$ 2, 7 trilhões por ano em despesas médicas. Esses dados comprovam que as femtechs oferecem muitas oportunidades para empresas que focarem nas necessidades da mulher.
Porque femtechs são necessárias?
Embora haja um esforço coletivo da mídia, profissionais da saúde e entidades sem fins lucrativos para garantir a saúde da mulher, com a oferta de informações e ajuda para obter atendimento médico, muitas delas ainda que não dão à devida atenção ao assunto.
A razão pode ser a falta de acesso a esses canais ou mesmo o fato da mulher estar mais preocupada com a saúde da família e deixar a sua própria em segundo plano. Além disso, com a correia do dia a dia, há também aquelas que simplesmente não têm tempo para si.
Existe uma infinidade de motivos para que o tema saúde não faça parte da vida de uma significativa parcela desse público. E uma femtech pode preencher as lacunas, atendendo demandas específicas e contribuindo com a sua qualidade de vida.
A tecnologia também está cada vez mais presente na rotina das pessoas, inclusive, das mulheres.
Desse modo, dispor de aplicativos e outras ferramentas tecnológicas que se caracterizam pela sua praticidade é uma forma eficiente de garantir ao público feminino as informações que precisa.
Como a femtech pode ajudar na saúde da mulher?
Mesmo que já existam femtechs disponibilizando diferentes serviços ao público feminino, por se tratar de um segmento de mercado novo, há muito o que explorar ainda.
As startups em funcionamento focam, em especial, nas particularidades das mulheres, como acompanhamento da gravidez e do ciclo menstrual e a prevenção de alguns tipos de câncer.
Entre elas, é possível citar o Clue, um aplicativo de controle dos períodos de ovulação, desenvolvido pela dinamarquesa Ida Tin. Com ele, a mulher não precisa mais anotar de forma manual os seus dias férteis.
As femtechs até já ganharam vertentes, como é o caso da menotech, o nicho destinado às mulheres que entram na menopausa. Para esse público, há recursos como telemedicina e acesso a informações pertinentes ao período.
Mais um exemplo é a israelita MobileODT, uma startup que desenvolveu um colposcópio, dispositivo de imagem portátil, para fotografar o colo do útero em mulheres nas quais foram encontradas anormalidades no exame preventivo papanicolau.
O sistema de varredura virtual substitui a colposcopia, um procedimento desconfortável, que serve para identificar a existência de câncer.
Além de ser um menos invasivo, pois a foto é tirada à distância, a imagem é transmitida para a nuvem e um sistema de inteligência artificial faz o diagnóstico em menos de um minuto.
Já para atuar junto às consequências do câncer de mama, a femtech Rettice Medical desenvolveu um implante oco através de uma impressora 3D para ajudar na regeneração do tecido.
Após a cirurgia de remoção completa da mama, colhe-se um pedaço de gordura da região que circunda o seio, que é depositado dentro da bioprótese para que cresça e o preencha. O implante desaparece em 18 meses, mas ainda está em fase de testes.
Conclusão
Como foi possível conferir, uma femtech pode ajudar mulheres a ter uma qualidade de vida melhor de uma série de maneiras, desde com aplicativos dotados de funcionalidades para o dia a dia até dispositivos para diagnosticar doenças graves.
Mas independente do seu objetivo, todas as startups com foco na saúde da mulher buscam oferecer soluções práticas, seguras e acessíveis. Para identificar novas oportunidades nesse nicho de mercado, é preciso identificar os problemas desse público.
Ou seja, deve-se inovar e se você quer que a sua empresa inove para oferecer ao seu público-alvo soluções para atender as suas necessidades é importante contar com as ferramentas adequadas, como o AEVO.
Consiste em um Software de Gestão da Inovação para que a sua equipe compartilhe conhecimento e encontre soluções assertivas, além de oferecer outras funções.