Matriz de priorização: o que é, como fazer e 6 ferramentas

A matriz de priorização é uma ferramenta simples e poderosa para auxiliar na tomada de decisões rápidas e eficientes sobre o que fazer primeiro. Com sua aplicação, gestores, equipes e profissionais de diferentes áreas decidem de forma clara e objetiva quais atividades devem ser tratadas com prioridade.

Definir a importância de cada iniciativa pode ser um verdadeiro desafio, mas existe um recurso que pode facilitar o processo. A matriz de priorização é uma ferramenta simples e poderosa para auxiliar na tomada de decisões rápidas e eficientes sobre o que fazer primeiro.

Com sua aplicação, é possível organizar as atividades de forma clara, destacando as tarefas que trazem resultados importantes e as que podem esperar.

Dessa forma, a matriz de priorização ajuda a usar melhor o tempo e os recursos disponíveis em um projeto ou organização.

Saiba como a ferramenta funciona, quais os seus benefícios práticos, e confira seis métodos de priorização diferentes para utilizar em sua empresa. Siga a leitura.

O que é uma matriz de priorização?

A matriz de priorização é uma ferramenta visual utilizada para ajudar na tomada de decisões, organizando e classificando tarefas ou projetos com base em critérios de importância e urgência.

Ela permite que gestores, equipes e profissionais de diferentes áreas decidam de forma clara e objetiva quais atividades devem ser tratadas com prioridade.

A matriz assegura que o tempo e os recursos da empresa sejam utilizados de maneira eficiente. Ela ajuda a visualizar o que deve ser feito imediatamente e o que pode esperar, facilitando a organização e o planejamento.

Na prática, a matriz costuma ser representada por uma tabela dividida em quadrantes, formados a partir de eixos que variam conforme o método escolhido para a priorização de tarefas.

Um dos modelos mais comuns é o de urgência x importância. Ele ajuda a determinar quais atividades têm maior relevância estratégica e quais devem ser realizadas com mais rapidez.

Outros modelos, como o de esforço x impacto, são usados para avaliar o custo-benefício de determinadas ações, priorizando aquelas que demandam menos, mas impactam mais.

Ao longo dos anos, a matriz de priorização tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas, especialmente à medida que a gestão de projetos e processos se torna mais complexa.

Em meio a múltiplas tarefas e prazos apertados, a habilidade de tomar decisões rápidas e precisas se tornou uma necessidade.

Sem uma ferramenta de priorização, há um risco maior de dispersar esforços, executar tarefas com menor impacto e perder oportunidades mais importantes.

A matriz de priorização é uma resposta prática e eficaz a essa demanda, ajudando as empresas a alinhar seus recursos com as prioridades estratégicas.

Empresas de todos os setores têm adotado ferramentas de priorização para garantir que o foco esteja nas atividades de mais valor, especialmente em projetos multidisciplinares.

Ela também é frequentemente usada em combinação com outros recursos de planejamento estratégico, como ferramentas de roadmap e métodos de priorização mais sofisticados.

Além disso, plataformas especializadas em gestão de projetos oferecem funcionalidades que facilitam a criação e uso das matrizes, integrando elas aos fluxos de trabalho das equipes.

Leia mais:
Plano de ação: o que é, como elaborar e os 5 passos
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Importância da matriz de priorização na gestão de projetos

A matriz de priorização desempenha um papel central na gestão de projetos, ajudando a organizar e direcionar o fluxo de trabalho de maneira eficaz.

Sua importância vai além de ordenar tarefas. Ela oferece uma estrutura que permite aos gestores equilibrar demandas, recursos e prazos, garantindo que cada projeto avance de forma alinhada aos objetivos da empresa.

Em iniciativas onde diferentes equipes lidam com múltiplas atividades, a matriz de priorização oferece um ponto de referência claro para determinar quais devem receber atenção imediata.

Ao fornecer essa clareza, a matriz garante que tempo, orçamento e equipe sejam utilizados de forma eficiente.

Quando as variáveis e incertezas aumentam, como costuma acontecer em projetos de grande porte, é comum que a tomada de decisões se torne mais desafiadora.

A matriz também ajuda a estruturar e simplificar essas deliberações, permitindo que os gestores mantenham o controle mesmo quando surgem mudanças ou imprevistos.

Outro aspecto importante é a capacidade de alinhamento estratégico. É normal que os projetos comecem vinculados às metas globais da empresa, mas se distanciem de tais objetivos no meio do caminho.

A priorização de tarefas ajuda a “puxar as rédeas” para que cada etapa esteja em sintonia com o longo prazo da organização.

Principais modelos de matriz de priorização

Existem várias ferramentas de priorização, e as empresas devem considerar as opções de acordo com seus objetivos atuais.

1. Matriz GUT

A Matriz GUT é uma ferramenta de priorização que utiliza três critérios principais para avaliar tarefas ou problemas: Gravidade, Urgência e Tendência (GUT).

Cada um é classificado em uma escala de 1 a 5, e a multiplicação das três variáveis gera um valor final (1 a 15) que determina a prioridade de ação.

  • Gravidade: quanto mais grave uma questão, maior será o impacto negativo se ela não for resolvida. Um problema é classificado como 4 ou 5 se pode comprometer seriamente os resultados de um projeto, ou até da organização como um todo;
  • Urgência: refere-se ao tempo disponível para tomar medidas. Cada organização pode definir seus próprios critérios, indo da abordagem imediata até o planejamento de ações trimestrais ou anuais;
  • Tendência: mede a evolução do problema ao longo do tempo. Se ela mostra sinais de piorar rapidamente, a tendência é alta (mais perto de uma nota 5). Se é estável ou pode melhorar por conta própria, a tendência é baixa.

2. Matriz RICE

A Matriz RICE utiliza quatro critérios principais para calcular o valor das iniciativas. O valor final é realizado multiplicando alcance, impacto e confiança e dividindo o número pelo esforço.

  • Alcance (Reach): refere-se ao número de pessoas ou clientes impactados pelo projeto em um determinado período. Quanto maior o alcance, maior a prioridade da iniciativa;
  • Impacto (Impact): mede o peso que a iniciativa terá sobre os usuários ou os resultados do negócio;
  • Confiança (Confidence): indica o grau de certeza que a equipe tem sobre a estimativa de impacto e alcance. Uma alta confiança fortalece a priorização, enquanto uma baixa confiança requer mais dados para a validação;
  • Esforço (Effort): avalia a quantidade de trabalho necessário para realizar a tarefa ou projeto, geralmente medida em dias, semanas ou meses. Quanto menor o esforço em relação aos benefícios esperados, maior será a prioridade.

3. Matriz BASICO

A Matriz BASICO é um método de priorização que utiliza seis critérios para avaliar e classificar tarefas ou projetos, visando otimizar o retorno para a organização. Cada critério é avaliado e ponderado para ajudar na definição das prioridades.

  • Benefícios: o ganho que a organização terá ao executar a tarefa ou projeto;
  • Abrangência: o impacto dentro da organização, considerando seu valor para diferentes áreas ou departamentos;
  • Satisfação: o nível de satisfação que a conclusão da tarefa ou projeto trará para as partes envolvidas, incluindo clientes internos ou externos;
  • Investimentos: avalia os recursos financeiros, humanos e tecnológicos necessários para executar a tarefa. Quanto menor o investimento para o retorno gerado, maior a prioridade;
  • Cliente: considera o impacto direto que a tarefa ou projeto terá sobre os clientes;
  • Operacionalização: avalia a facilidade de implementação da tarefa ou projeto, considerando se a empresa possui os recursos e capacidades para executá-la sem grandes desafios.

4. Matriz de Eisenhower

A Matriz de Eisenhower é uma ferramenta de priorização amplamente utilizada para facilitar a tomada de decisões rápidas com base nos critérios de urgência e importância.

Ela é especialmente eficaz em ambientes onde o tempo é um fator crítico e as decisões precisam de agilidade.

Tarefas urgentes precisam de atenção imediata, pois o atraso pode gerar consequências negativas. Já as tarefas importantes são aquelas que trazem valor estratégico ou têm um impacto significativo no sucesso da empresa.

A matriz organiza as tarefas em quatro quadrantes:

  • Urgente e importante: devem ser feitas imediatamente;
  • Importante, mas não urgente: devem ser planejadas e executadas com prazo definido;
  • Urgente, mas não importante: podem ser delegadas a outras pessoas;
  • Nem urgente nem importante: podem ser eliminadas ou adiadas indefinidamente.

5. Matriz de custo x benefício

É um dos métodos de priorização clássicos, que ajuda a avaliar as vantagens e desvantagens de um projeto ou tarefa com base nesses dois fatores.

Essa matriz é útil para a alocação de recursos, garantindo que o investimento em uma tarefa gere um retorno positivo para a organização.

Seus quadrantes são:

  • Alto benefício e baixo custo: são prioritários e devem ser realizados rapidamente;
  • Alto benefício e alto custo: valiosos, mas exigem avaliação detalhada dos recursos;
  • Baixo benefício e baixo custo: tem baixa prioridade, podem ser realizados se houver tempo ou recursos sobrando;
  • Baixo benefício e alto custo: serão evitados ou reconsiderados.

6. Matriz de esforço x impacto

A Matriz de Esforço x Impacto é ideal para maximizar o retorno sobre o investimento, identificando quais ações devem ser realizadas e a ordem de prioridades. Seus quadrantes são:

  • Baixo esforço e alto impacto: tarefas que devem ser priorizadas imediatamente;
  • Alto esforço e alto impacto: projetos que podem ser valiosos, mas exigem uma análise mais profunda antes de investirmos o esforço necessário;
  • Baixo esforço e baixo impacto: tarefas que podem ser realizadas quando houver tempo disponível, mas sem urgência;
  • Alto esforço e baixo impacto: tarefas a evitar ou adiar, pois o custo não justifica o retorno.

Benefícios das matrizes de priorização

A matriz de priorização oferece uma abordagem estruturada para a tomada de decisões, permitindo identificar e priorizar as atividades mais relevantes com base em critérios claros. Dessa forma, elas possibilitam:

Agilidade na tomada de decisão

Ao organizar as tarefas ou projetos com base em critérios como urgência, importância ou impacto, a matriz elimina a subjetividade e a incerteza.

Ela permite que as decisões sejam tomadas de forma mais rápida e objetiva, reduzindo o tempo de decisão e melhorando a eficiência operacional da equipe.

Essa agilidade é essencial em ambientes dinâmicos, onde atrasos na tomada de decisão podem comprometer prazos, a qualidade das entregas e a competitividade do negócio.

Continue aprendendo: Gestão de projetos de inovação: o que é e como fazer

Melhoria na comunicação e integração da equipe

A priorização de tarefas também desempenha um papel fundamental na melhoria da comunicação entre lideranças e profissionais.

Ao oferecer uma estrutura clara e visual das prioridades, a matriz facilita o alinhamento entre os membros da equipe e os stakeholders.

Quando todos têm acesso a uma matriz de priorização bem elaborada, as expectativas ficam mais claras. Isso minimiza a confusão sobre o que deve ser feito em primeiro lugar e quais são as tarefas mais críticas.

A matriz promove uma maior colaboração, já que todos os envolvidos compartilham a mesma compreensão do que é prioritário para o sucesso do projeto.

Além disso, ela facilita a apresentação das prioridades para stakeholders, tornando mais fácil justificar decisões e obter suporte para as iniciativas mais importantes.

Mitigação de riscos

O foco nos projetos de maior impacto potencial também ajuda a identificar e priorizar aqueles que, se negligenciados, podem resultar em problemas no futuro.

Ao estruturar as decisões com base em critérios como gravidade e urgência, a equipe pode antecipar obstáculos, identificar gargalos e resolver questões relevantes antes que iniciem crises.

Essa abordagem proativa garante que a equipe esteja sempre à frente dos possíveis riscos, contribuindo para uma execução mais suave e menos propensa a falhas.

Além desses três benefícios centrais, o uso de matrizes de priorização também promove:

Foco em resultados estratégicos: garantindo que as atividades de maior impacto sejam priorizadas, a equipe trabalha sempre alinhada com os objetivos estratégicos da organização.

Alocação eficiente de recursos: com a clareza proporcionada pela matriz, os gestores podem distribuir melhor os recursos (financeiros, tempo, pessoal) entre as tarefas que mais precisam.

Aumento da produtividade: ao focar no que realmente importa e eliminar distrações, a equipe pode concentrar seus esforços nas tarefas que geram maior valor.

Como implementar uma matriz de priorização

O processo envolve algumas etapas para garantir que os métodos de priorização sejam aplicados de forma adequada e os critérios façam sentido para a organização.

Listagem de tarefas e projetos

O primeiro passo é identificar e listar todos os projetos e tarefas que precisam ser organizados.

É importante mapear todas as atividades que devem ser realizadas, desde grandes projetos estratégicos até pequenos ajustes operacionais. Para garantir que nenhuma atividade importante seja esquecida, considere:

  • Reunir profissionais de diversas áreas para entender o escopo completo das demandas;
  • Revisar o backlog de projetos e as atividades em andamento;
  • Dividir as tarefas em categorias, como desenvolvimento, marketing, operações, etc.

Essa listagem inicial é essencial para garantir que a matriz aborde todas as áreas prioritárias da empresa e ofereça uma visão completa do que precisa ser feito.

Definição de critérios

O próximo passo é definir os métodos de priorização. Esses critérios devem ser relevantes ao contexto do negócio ou projeto e capazes de guiar a equipe de forma objetiva na escolha das prioridades.

Os critérios devem refletir o impacto que cada tarefa terá nos resultados estratégicos da empresa.

Vale lembrar que eles podem variar de acordo com as ferramentas de priorização, como a Matriz GUT, Matriz RICE, etc.

Criação e aplicação da matriz

Com as tarefas listadas e os critérios definidos, o próximo passo é criar e aplicar a matriz de priorização. Podemos adotar um passo a passo simples para essa fase:

  • Tipo de matriz: avalie qual modelo é mais adequado para o momento da organização ou do projeto;
  • Atribua valores: para cada tarefa ou projeto, atribua uma pontuação com base nos critérios definidos;
  • Classificação: de acordo com a pontuação final, classifique as tarefas, definindo as que devem ser tratadas como prioridades máximas, intermediárias, ou adiáveis;
  • Ação e revisão: implemente as ações e, conforme as prioridades da empresa evoluem, revise a matriz para garantir que ela reflita as demandas atuais, mantendo sua eficácia.

Conclusão

A matriz de priorização é uma ferramenta indispensável para organizar melhor suas tarefas e tomar decisões com uma base estratégica. Ao aplicar um modelo adequado, há maior clareza sobre o que realmente importa e otimização do uso do seu tempo e recursos.

Seja para gerenciar projetos, tarefas do dia a dia ou grandes iniciativas, a matriz de priorização traz uma visão clara das prioridades e permite um avanço mais eficiente.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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