Segurança da informação e Inteligência Artificial: importância e desafios

Alinhar segurança da informação e Inteligência Artificial traz uma gama de benefícios que vão desde a detecção rápida até a prevenção de ataques. Com a capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real e responder automaticamente, a IA transforma a maneira como as empresas protegem seus dados e sistemas.

A relação entre segurança da informação e Inteligência Artificial é muito importante.

A IA é uma ferramenta inovadora, que pode contribuir para a otimização de processos, para análises de dados e diversas melhorias para o dia a dia de profissionais e empresas. Por outro lado, também há desafios sobre a proteção de dados e a segurança da informação com o uso dessa tecnologia.

À medida que as ameaças se tornam mais sofisticadas, a IA surge como uma poderosa aliada no campo da cibersegurança. Sua aplicação é capaz de detectar padrões anômalos, prever ataques e reagir em tempo real para proteger dados e sistemas.

Tecnologias como machine learning e automação inteligente tornam a Inteligência Artificial fundamental para combater ataques, muitas vezes, orquestrados por outros sistemas automatizados.

Entenda quais os riscos e as oportunidades da relação entre segurança da informação e Inteligência Artificial, e conheça aplicações práticas da IA na proteção de dados. Siga a leitura.

O que é segurança da informação?

Segurança da informação é o conjunto de práticas, políticas e tecnologias usadas para proteger dados e sistemas contra acessos não autorizados, danos, roubos e interrupções.

O objetivo é garantir que informações sensíveis, como dados pessoais, financeiros ou empresariais, estejam seguras, preservando sua confidencialidade, integridade e disponibilidade.

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O que é Inteligência Artificial?

A Inteligência Artificial é uma área da computação dedicada à criação de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Ela inclui atividades como reconhecimento de padrões, tomada de decisões, processamento de linguagem, e até simulação de comportamentos humanos em situações complexas.

A aproximação entre segurança da informação e Inteligência Artificial cria sistemas avançados de cibersegurança. Eles analisam grandes volumes de dados em busca de ameaças e vulnerabilidades, de forma automática e em tempo real.

Importância da segurança da informação aplicada à Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial consegue proteger dados e sistemas de maneira muito mais eficiente e rápida do que os métodos tradicionais. Suas capacidades possibilitam resultados que seriam impossíveis para uma equipe humana atingir com a mesma velocidade e precisão.

82% dos profissionais envolvidos em cibersegurança acreditam que a IA vai favorecer suas habilidades ou substituir algumas funções, lhes permitindo focar em outras tarefas. Outros 12% temem que as ferramentas assumam seus cargos.

Um dos grandes diferenciais da IA é sua capacidade de aprender continuamente. Os sistemas podem ser treinados para reconhecer novos tipos de ataques cibernéticos com base em dados anteriores.

Eles se adaptam a mudanças nos padrões de ameaça muito mais rápido que os métodos manuais. Dessa forma, a IA pode antecipar e prevenir ataques antes mesmo que eles aconteçam, reduzindo os riscos para empresas e indivíduos.

Hoje, já se estima que as soluções de IA elevem as taxas de segurança entre 80% e 92%, enquanto os sistemas tradicionais têm resultados na faixa de 30% a 60%.

Além disso, a Inteligência Artificial consegue automatizar tarefas repetitivas, como o monitoramento de redes, que exige um grande volume de recursos e pessoal se feito manualmente. Ela pode identificar vulnerabilidades, isolar ameaças e reagir a incidentes de segurança de maneira autônoma, garantindo uma proteção contínua.

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Desafios da IA na Segurança da Informação

Assim como qualquer tecnologia, os modelos de IA podem ser alvo de ataques.

Cibercriminosos agem para corromper os dados de treinamento utilizados pelo sistema, inserindo informações para alterar seu comportamento e comprometer a capacidade de detectar ameaças.

As ações podem gerar alertas falsos ou, pior, deixar brechas para que ataques passem despercebidos.

Além disso, os criminosos virtuais também têm adotado essa tecnologia para automatizar ataques. A IA pode ser utilizada para realizar ataques mais complexos e personalizados, que se adaptam às defesas das vítimas em tempo real. Isso aumenta a sofisticação e a escala das ameaças, tornando-as mais difíceis de conter com métodos tradicionais.

Em 2023, empresas ao redor do mundo bloquearam 18,5% de todas as transações financeiras envolvendo Inteligência Artificial. O número total de operações negadas chegou perto dos 3 bilhões, demonstrando a falta de confiança na segurança desses sistemas.

Existem ainda questões ligadas à ética e regulamentação. Com a crescente dependência entre segurança da informação e Inteligência Artificial, surge a necessidade de garantir que as ferramentas sejam utilizadas de maneira responsável.

Normas claras devem contribuir para que a IA não ajude a violar a privacidade dos indivíduos ou discriminar certos grupos com base em preconceitos embutidos nos dados de treinamento. O contexto atual também levanta preocupações sobre como auditar e explicar as decisões tomadas por IA de forma transparente, principalmente em casos de falhas.

Casos de uso da IA

Soluções de IA já vêm sendo utilizadas para proteger dados e redes de maneira eficiente, transformando o modo como as ameaças cibernéticas são gerenciadas.

Uma das líderes nesse campo é a Darktrace, empresa britânica que utiliza machine learning e algoritmos avançados para detectar e responder a ameaças em tempo real.

Sua plataforma é capaz de monitorar redes, identificar padrões anômalos e neutralizar ataques, sem intervenção humana. Os recursos já são amplamente utilizados por organizações em setores como infraestrutura e finanças.

Outro exemplo é a Cylance, que utiliza IA para prever e prevenir ataques. Sua tecnologia analisa padrões históricos e comportamentais para identificar e bloquear ameaças conhecidas e desconhecidas, reduzindo a necessidade de soluções tradicionais, como antivírus.

Além das soluções já estabelecidas, existem iniciativas inovadoras que combinam segurança da informação e Inteligência Artificial de maneiras únicas. Um exemplo é o Projeto DeepArmor, desenvolvido pela SparkCognition. A plataforma protege dispositivos e redes industriais contra malwares avançados e ataques cibernéticos.

Outro projeto relevante é o Google Chronicle, que utiliza IA para fornecer insights sobre ameaças cibernéticas em tempo real. Ele permite que grandes volumes de dados de segurança sejam analisados rapidamente, facilitando a detecção de anomalias e a resposta a incidentes antes que causem danos significativos.

As empresas também podem desenvolver suas próprias iniciativas com o apoio da Inteligência Artificial. A IA Generativa da AEVO, por exemplo, auxilia a guiar a inovação dentro das organizações, contando com proteção de dados sensíveis e política de privacidade bem definidos, aliados as boas práticas do campo de segurança da informação.

O software facilita a coleta, análise e implementação de ideias, aproveitando o poder da IA generativa para aprimorar a etapa de criação de ideias durante o processo de inovação.

Futuro da IA na segurança da informação

O futuro da relação entre segurança da informação e Inteligência Artificial é promissor.

As tendências de mercado apontam para um cenário onde a IA desempenha um papel central na detecção, prevenção e resposta a ataques, com ferramentas cada vez mais sofisticadas e automatizadas.

Aprendizado de máquina explicável (Explainable AI)

Uma tendência crescente é o Aprendizado de Máquina Explicável (Explainable AI – XAI).

Um dos desafios com a IA atual é que muitas vezes ela funciona como uma “caixa preta”, dificultando a explicação de suas decisões. Com a XAI, os sistemas poderão fornecer explicações claras sobre como chegaram a determinadas conclusões – como identificar uma ameaça ou vulnerabilidade.

Ela facilitará a auditoria de decisões e ajudará as equipes de segurança a entenderem melhor o que está acontecendo dentro de suas redes e sistemas.

Blockchain

Outra inovação promissora é a integração da IA com tecnologias de blockchain.

Conhecido por sua segurança e rastreabilidade, ele é utilizado para criar uma camada adicional de proteção em redes descentralizadas.

A IA pode monitorar transações e atividades dentro de um blockchain, detectando anomalias ou atividades suspeitas e garantindo que dados e transações sejam protegidos com precisão.

Dispositivos IoT

A Inteligência Artificial será fundamental para proteger dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT). Esses aparelhos, que ajudam a monitorar equipamentos e suas tarefas em tempo real, nem sempre tem capacidade para executar protocolos de segurança completos, tornando-os vulneráveis a ataques.

A IA atua como um “guardião digital”, monitorando o sinal e comportamento desses dispositivos e identificando ameaças rapidamente, garantindo uma rede mais segura.

Conclusão

Alinhar segurança da informação e Inteligência Artificial traz uma gama de benefícios que vão desde a detecção rápida até a prevenção de ataques. Com a capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real e responder automaticamente, a IA transforma a maneira como as empresas protegem seus dados e sistemas.

Além de aumentar a eficiência das equipes de cibersegurança, a IA abre oportunidades para um modelo adaptável e proativo, fundamental diante de ameaças cada vez mais complexas.

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Marcelo Côgo

Marcelo é Diretor de Tecnologia (CTO) na AEVO, e formado em Ciência da Computação pela UFES, com conhecimentos sólidos em análise, desenvolvimento, implementação e monitoramento de aplicações de software SAAS. Atualmente, tem como foco principal as áreas de Inteligência Artificial, Data Analytics, DevOps e Segurança da Informação, liderando projetos e equipes para enfrentar desafios complexos e contribuir com soluções inovadoras, escaláveis ​​e seguras para a AEVO.

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Marcelo Côgo

Marcelo é Diretor de Tecnologia (CTO) na AEVO, e formado em Ciência da Computação pela UFES, com conhecimentos sólidos em análise, desenvolvimento, implementação e monitoramento de aplicações de software SAAS. Atualmente, tem como foco principal as áreas de Inteligência Artificial, Data Analytics, DevOps e Segurança da Informação, liderando projetos e equipes para enfrentar desafios complexos e contribuir com soluções inovadoras, escaláveis ​​e seguras para a AEVO.

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