Quantas vezes você já ouviu o termo “disruptivo”? Essa palavra se tornou, recentemente, um conceito atribuído a empresas, tecnologias e até mercados que estão diretamente associados as inovações com potencial para mudar o futuro.
E, em um ambiente de profundas transformações como o mundo dos negócios, a busca por diferenciação, relevância e o olhar atento para o futuro são pilares fundamentais para àqueles que desejam ir mais longe.
Entenda o que é pensamento disruptivo e como essa abordagem se diferencia de outras formas de inovação. Conheça, também, exemplos de empresas que adotaram a inovação disruptiva com sucesso em suas operações. Continue a leitura.
O conceito de inovação disruptiva
Apesar do uso da palavra disruptivo ter ganhado mais notoriedade nos últimos anos, a teoria da inovação disruptiva foi criada e publicada em 1997 pelo professor de Harvard Clayton M. Christensen em sua pesquisa sobre a indústria do disco rígido; que, mais tarde, se popularizou através do livro The Innovator’s Dilemma.
Essa teoria de Christensen explica o fenômeno em que uma inovação transforma um mercado ou setor por meio da introdução de simplicidade, conveniência e acessibilidade.
Pode parecer contraditório, mas as inovações disruptivas nascem desses três elementos, Uma forma de ilustrar como eles atuam na prática é observarmos o exemplo da Uber.
A Uber surgiu como uma inovação disruptiva ao mercado ao oferecer transporte particular por meio de um aplicativo simples, intuitivo e que permitia aos usuários visualizaram previamente o custo de uma corrida (modificando significativamente a experiência do consumidor que utilizava táxis).
Ou seja, a empresa conseguiu entregar um serviço simples, conveniente aos clientes e que solucionava uma dor que estava invisibilizada em seu mercado, transformando completamente o setor de transportes.
Dessa forma, a disrupção passou a conquistar um “lugar” relevante para empresas que prezam pela inovação. E passou a ter desdobramento em diversas esferas da sociedade, como, por exemplo:
- Através da identificação de exemplos de disrupção no mercado que inspiraram outras empresas;
- Passando pela criação de modelos de negócios que estivessem na vanguarda desse tipo de inovação;
- A procura por profissionais que tenham como habilidade o pensamento disruptivo;
- A destinação de parte dos rescursos do orçamento de inovação para as inovações disruptivas.
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O que é pensamento disruptivo?
O pensamento disruptivo pode ser entendido como o poder de atravessar capacidades convencionalmente imaginadas. Trata-se de uma mentalidade que questiona normas estabelecidas e prescreve novas soluções, muitas vezes revolucionando o mercado, com uma proposta de transformação.
É bem certo que, em algum momento da vida, ao menos uma vez, você tenha utilizado um produto ou serviço que seja ou já tenha sido considerado disruptivo na história.
Pense na geladeira, no fogão à gás, no chuveiro, no smartphone, no notebook… muitos dos dispositivos e acessórios considerados comuns atualmente, já foram – em alguma escala – disruptivos.
Diferença entre inovação disruptiva e inovação incremental
De maneira simplificada, a fórmula para dar vida ao pensamento disruptivo deve ser iniciada com uma pergunta: “há uma forma melhor de se fazer isso?”, e uma vez respondida, não há espaço para o “velho procedimento”. Essa é a principal diferença entre a inovação disruptiva e a inovação incremental.
Na inovação incremental, o foco está em promover pequenas melhorias incrementais, seja em produtos, serviços ou processos já existentes em uma empresa.
Por exemplo, ao buscar tornar uma linha de produção de uma fábrica mais eficiente ou com menos erros de montagem, por exemplo. É uma inovação? Sim! Mas em um formato de melhoria contínua.
Já a inovação disruptiva parte de uma grande transformação, ou seja, da criação de algo novo que resulta em uma maneira diferente de fazer as coisas. Pense, por exemplo, na era dos CD’s e DVD’s, que deram lugar para streamings de músicas e filmes.
Assim, enquanto a inovação incremental olha para a mudança por meio da melhoria, o pensamento disruptivo olha para a mudança por meio da criatividade e inovação que cria a reconfiguração de mercados inteiros.
A importância do pensamento disruptivo
Partindo do princípio de que ideias disruptivas tendem a transformar parcial ou completamente o mercado, produto ou sistema existente ao ter validação e aderência dos consumidores, a relevância em promover o pensamento disruptivo nos profissionais de uma empresa é ainda mais evidente.
Estimular o pensamento disruptivo nos colaboradores está diretamente conectado ao nível de inovação e competitividade que uma empresa pode ter em seu nicho.
Afinal, ser disruptivo é um movimento que leva organizações a quebrar paradigmas antes estabelecidos e impactar os hábitos dos consumidores, transformando inclusive a dinâmica dos profissionais da própria empresa, contribuindo para uma operação mais eficiente.
E os benefícios atrelados à implementar estratégias para desenvolver o pensamento disruptivo dos funcionários vão além de prever tendências ou se destacar em um mercado saturado.
Uma organização comprometida com a inovação disruptiva é capaz de criar produtos e serviços que gerem mais valor para seus clientes, promover transformação empresarial e digital, e gerar globalização, dando ritmo a novos modelos de comportamentos do consumidor.
Como exemplos, podemos fazer menção aos carros elétricos da chinesa BYD.
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entre janeiro e setembro deste ano, foram comercializados 51.174 mil carros da frota eletrificada, ou seja, a ideia disruptiva de montar carros movidos a eletricidade provocou mudança de comportamento nos consumidores que, até então, priorizavam carros movidos à combustão.
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Exemplos de empresas disruptivas
Além da BYD, podemos ilustrar outros exemplos de sucesso na implementação de ideias disruptivas que provocaram verdadeiras transformações empresariais e na forma de consumo dos potenciais clientes em mercados variados:
1. Empresas de tecnologia e startups
Airbnb: sem dúvidas, a Airbnb provocou uma verdadeira inovação disruptiva no mercado hoteleiro. Por meio de sua plataforma, que pode ser acessada via app em smartphones ou pela web, auxilia usuários do mundo todo em encontrar um quarto, conectando viajantes com anfitriões locais de maneira mais personalizada do que os hoteis tradicionais.
Uber: quem não se lembra do polêmico lançamento da Uber em alguns estados brasileiros? O fato é que a empresa chegou para transformar o movimento de pessoas e criar um paradigma de transporte baseado em tecnologia com uma economia compartilhada.
2. Empresas de varejo e e-commerce
Amazon: além de toda inovação no varejo por meio da eficiência em logística e compras pessoais, a Amazon também deu vida às assistentes pessoais, Alexas ou Echo Dots, que revolucionou o mercado e o consumo de pessoas no mundo todo que hoje conectam tudo aos seus dispositivos.
Magalu: destaque do varejo brasileiro, a empresa passou por um processo de transformação digital muito agressivo, que a modificou completamente, unificando lojas físicas e virtuais para oferecer a melhor experiência omnichannel.
3. Empresas de educação e saúde
Coursera: a plataforma de cursos online democratizou o acesso à educação global, permitindo que alunos façam cursos em universidades famosas e outros estabelecimentos no mundo todo com mais facilidade e de maneira acessível.
Telemedicina: em quantas consultas médicas virtuais você já passou apenas neste ano? Desde a pandemia, a Telemedicina se tornou rapidamente o atendimento mais acessível e eficiente para hospitais, clínicas e planos de saúde.
Como desenvolver o pensamento disruptivo?
O pensamento disruptivo tem como principal característica o desenvolvimento de soluções práticas para problemas que estão negligenciados. Por isso, não é uma habilidade muito fácil de se encontrar, afinal, pensar fora da caixa é apenas o começo para quem pretende se tornar um profissional disruptivo.
Muito além do viés inovativo, para desenvolver essa habilidade é fundamental ter um forte sentido de coletividade, orientação para resultados e capacidade de interpretar dados. Confira os caminhos para treinar o pensamento disruptivo:
- Estímulo a criatividade: participe de workshops de brainstorming e dê ampla atenção a algumas ferramentas de inovação como o design thinking;
- Desafio ao conforto: pergunte e investigue os processos existentes e esteja pronto para entreter ideias marcadas como “fora da caixa” na primeira instância;
- Oportunidade à experimentação: permita-se testar novas ideias e implementações sem medo de falhar;
- Business Model Canvas: conheça mais sobre mapeamento de ideias disruptivas e novas oportunidades no mercado;
- Mind-Mapping: utilizar mapas mentais pode auxiliar na identificação e entendimento de gargalos existentes na organização, que podem se tornar oportunidades de inovação
Cultura de inovação
Além dos passos para desenvolver esse tipo de mindest, nutrir uma cultura de inovação aberta e flexível é vital se quisermos deixar o pensamento disruptivo respirar.
Por isso, dentro de uma organização, é essencial que o incentivo à inovação corra por todos os departamentos e a diversidade de ideias e a colaboração entre diferentes áreas do negócio seja estimulada de forma constante e organizada, nesse sentido, contar como uma plataforma completa de gestão da inovação e estratégia, como o AEVO, pode ser a ferramenta que facilite a jornada de inovação do negócio.
AEVO é uma plataforma de inovação que conta com módulos de programa de ideias, inovação aberta, gestão de projetos de inovação e estratégia com OKRs, que centraliza a estruturação e gestão da iniciativas inovadoras de ponta a ponta.
Benefícios de aplicar o pensamento disruptivo
Evidentemente, adotar o pensamento disruptivo permite que as organizações ganham uma série de benefícios, como:
- Mudança rápida de negócios, já que a inovação disruptiva pode redefinir os objetivos e a identidade da organização de maneira mais ágil.
- Sejam mais competitivas, afinal, a capacidade de trazer soluções inovadoras coloca a organização à frente de seus concorrentes;
- Tenham alto engajamento dos funcionários, uma vez que um ambiente criativo valoriza a melhor contribuição da equipe;
- Resiliência diante de uma crise, pois empresas disruptivas têm maior agilidade para navegar nas mudanças do mercado.
Conclusão
O pensamento disruptivo é um componente importante para a gestão da inovação nas empresas, ele permite que profissionais e modelos de negócio modifiquem completamente os mercados aos quais operam, trazendo avanços para toda a sociedade.
Para inovar de forma consistente, é preciso ter processos bem definidos, ferramentas de gestão e governança, nesse aspecto, a AEVO pode ser sua parceira estratégia.
Com expertise e um time que desenha soluções personalizadas para as dores do negócio, a consultoria em inovação da AEVO, pode auxiliar a sua empresa do desafio à execução de projetos inovadores.
Além disso, por meio do software, a empresa pode desenvolver a inovação interna e aberta, para ter o ambiente ideal para gerar ideias e implementadas seja com recursos da de capital humano da empresa (através dos colaboradores da empresa, implementando o intraempreendedorismo) ou em parceria com o ecossistema de inovação (a partir de um programa de inovação aberta).