Diagnóstico organizacional: o que é, objetivos e as etapas

O diagnóstico organizacional é uma análise da empresa que visa avaliar a saúde dos negócios, que envolve a coleta de dados, a identificação de problemas e a proposição de soluções.

O sucesso de uma empresa não depende só de boas ideias ou de um produto inovador. Ele está diretamente ligado à forma como a organização gerencia seus processos, recursos e pessoas. E é aqui que entra o diagnóstico organizacional, uma ferramenta poderosa para entender o que está funcionando bem e o que precisa ser melhorado.

Neste artigo, entenderemos a importância de um diagnóstico organizacional e quais as etapas para realizá-lo, garantindo que sua empresa se transforme de forma positiva. Continue a leitura.

O que é diagnóstico organizacional?

O diagnóstico organizacional atua basicamente como um raio X completo de uma empresa. Sendo assim, é uma análise organizacional que visa avaliar a saúde dos negócios. Ele envolve a coleta de dados, a identificação de problemas e a proposição de soluções para melhorar o desempenho organizacional.

Segundo os autores Luciano Crocco e Erik Guttmann, no livro Consultoria Empresarial, o “objetivo do diagnóstico é revelar que virtudes e problemas – e suas causas – a organização tem naquele momento e contexto, bem como mobilizar as pessoas para uma ação”.

Logo, ao realizar um diagnóstico organizacional, é possível ter uma visão clara e detalhada sobre como a empresa está funcionando, desde os processos internos até a cultura organizacional.

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Por que o diagnóstico organizacional é importante?

A importância de realizar um diagnóstico organizacional está na sua capacidade de trazer mais clareza à empresa. Muitas vezes, os gestores têm uma visão limitada dos problemas reais da companhia, seja por falta de dados ou por estarem muito envolvidos no dia a dia.

O diagnóstico organizacional oferece uma análise imparcial e baseada em evidências, permitindo que decisões sejam tomadas com mais segurança e eficácia. Entenda: 

Identificação de problemas

Com uma análise organizacional, é possível identificar problemas que podem passar despercebidos no dia a dia. Isso inclui falhas em processos, gargalos na produção e fluxos de trabalho, erros de comunicação e até mesmo conflitos internos – dentro das equipes ou entre áreas.

Considere um exemplo prático: uma empresa está com problemas de baixa produtividade e não sabe o real motivo. Ao realizar um diagnóstico, descobre-se que o problema está na falta de treinamento dos colaboradores ou em processos antigos e desatualizados. Com essa informação, a empresa pode direcionar para a área responsável e evoluir em uma solução viável.

Melhoria de processos

O diagnóstico organizacional permite que a empresa alinhe suas operações com os objetivos estratégicos.

Tais objetivos são direcionadores que a empresa utiliza para alcançar e concretizar sua visão e missão, impulsionando o crescimento e sucesso dos negócios.

Isso significa eliminar atividades que não agregam valor, otimizar fluxos de trabalho e garantir que todos os setores estejam trabalhando de forma integrada.

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Cultura organizacional

Por vezes negligenciada, a cultura organizacional é um dos pilares mais importantes para o sucesso de uma empresa.

Um diagnóstico organizacional ajuda a entender como os colaboradores se sentem em relação à companhia, quais são os valores que realmente guiam as ações e se há alinhamento entre a missão da organização e o comportamento dos times.

Uma cultura organizacional forte e positiva aumenta o engajamento dos colaboradores, reduz a rotatividade e cria um ambiente de trabalho mais produtivo, refletindo diretamente nos resultados e entregas.

Etapas do diagnóstico organizacional

Para que seja bem-sucedida, a análise deve ser conduzida de forma estruturada. Por isso, antes de iniciar, considere as principais etapas do diagnóstico organizacional: 

1. Coleta de dados

Ter insumos para um bom diagnóstico organizacional é mais do que necessário para nortear os próximos passos. Logo, a primeira etapa é a coleta de dados.

Neste momento, é viável utilizar diversas ferramentas de diagnóstico organizacional, como pesquisas de clima, entrevistas com colaboradores, análise de indicadores de desempenho e observação direta dos processos, por exemplo.

O objetivo é reunir informações que permitam uma visão completa da empresa, desde os aspectos quantitativos (como números de produtividade, métricas e resultados) até os qualitativos (como a satisfação dos colaboradores).

2. Análise e interpretação

Dados “brutos” não dizem nada se não houver uma análise focada neles. Por isso, a segunda etapa é de análise e interpretação.

Aqui, será possível identificar padrões, tendências e insights relevantes com base nos dados coletados inicialmente. Por exemplo, se a pesquisa de clima revela que muitos colaboradores estão insatisfeitos com a comunicação interna, isso pode indicar a necessidade de melhorar os canais de diálogo na empresa.

Ou, então, se for realizada uma pesquisa de mercado e descobrir que a empresa está atrás dos concorrentes com relação a processos e serviços ofertados, é um indicativo de que há a necessidade de melhorar o produto em si e as soluções que chegam até os clientes, por exemplo.

3. Planejamento de ações

Com os problemas em mãos, chega o momento de planejar as ações. Nesta etapa, a empresa precisa desenvolver soluções específicas para cada gap encontrado, visando evoluir nos problemas e resultar em boas melhorias para a organização como um todo. 

Durante o planejamento de ações, dá para avaliar a necessidade de implementar novos processos, treinamentos e acompanhamento das equipes, além de mudanças na estrutura da empresa, por exemplo. Tudo isso pautado no que foi realizado nas etapas anteriores.

4. Implementação e monitoramento 

Para concretizar o diagnóstico organizacional e sair do campo das ideias e análises, a última etapa consiste na implementação e monitoramento.

Ao realizar qualquer tipo de mudança dentro da empresa, é importante acompanhá-las para garantir que esteja surtindo o efeito desejado – no caso, as melhorias de fato. Caso contrário, pode-se fazer ajustes para lapidar o que ainda estiver com “as pontas soltas”.

Ferramentas úteis para o diagnóstico organizacional

Como mencionado, é possível contar com o apoio de várias ferramentas para a realização do diagnóstico organizacional. Dentre as mais utilizadas, podemos citar três:  

Pesquisa de clima organizacional

Com a pesquisa de clima organizacional, a empresa consegue colher as percepções reais dos colaboradores sobre tudo que está relacionado aos negócios em si, incluindo a cultura.

A partir da pesquisa, dá para identificar pontos positivos e negativos no que diz respeito à insatisfação, motivação e engajamento dos funcionários.

Matriz SWOT

A análise SWOT – sigla para Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) –, também conhecida como FOFA, é uma ferramenta muito utilizada para análise interna e externa, permitindo a identificação de pontos fortes e fracos da empresa, bem como oportunidades e ameaças do mercado. 

Ou seja, a matriz SWOT é uma ferramenta completa, pois permite analisar o ambiente interno e externo da empresa, contribuindo para uma visão mais ampla dos negócios. 

Benchmarking

Saber o que a concorrência está fazendo também se faz necessário dentro de um diagnóstico organizacional. E o benchmarking é uma ferramenta que pode ajudar diretamente nisso.

A técnica de benchmarking consiste em comparar práticas de organizações do mesmo setor, identificando boas práticas e pontos de melhorias para estar sempre um passo à frente da concorrência.

Lembre-se: aqui, não é para simplesmente copiar os concorrentes, mas encontrar oportunidades de atuação.

Benefícios do diagnóstico organizacional

Realizar uma análise organizacional traz uma série de benefícios para a empresa. Conheça os três principais:

Maior eficiência

Um dos principais benefícios do diagnóstico empresarial surge após identificar e corrigir as falhas nos processos.

A partir disso, a empresa consegue otimizar o uso de seus recursos (sejam eles recursos humanos, financeiros, materiais, etc), reduzir custos e aumentar a produtividade. Gerando, assim, maior eficiência nos negócios.

Melhoria no desempenho

Paralelamente, um diagnóstico bem feito resulta em melhorias significativas no desempenho das operações e finanças da empresa. Isso porque ele permite que a organização foque seus esforços nas áreas que realmente importam.

Alinhamento estratégico

Para que uma empresa seja um verdadeiro sucesso, todas as ações e movimentos devem estar alinhados com os objetivos de negócio. Portanto, a análise organizacional permite a criação de uma direção mais clara, facilitando a tomada de decisões em todos os níveis.

Exemplos de sucesso

Grandes corporações têm realizado diagnósticos organizacionais ao longo de suas existências, justamente para se manterem competitivas em um mercado cada vez mais amplo. Um exemplo é a Microsoft, uma das maiores e mais conhecidas empresas de tecnologia e softwares do mundo.

Com o surgimento de pautas voltadas para o ESG – sigla para Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) –, a Microsoft realizou um diagnóstico organizacional olhando para fatores externos e internos (matriz SWOT) visando evoluir critérios sustentáveis da empresa, refletindo a responsabilidade corporativa.

Com a análise externa, identificou o risco de regulamentações ambientais mais rígidas pudessem impactar seus resultados financeiros. Já com a análise interna, percebeu uma alta dependência de energia, sendo um aspecto material para a empresa.

Ao unir essas duas pontas, a Microsoft encontrou oportunidades para reduzir emissões de carbono, além de melhorar a eficiência energética. Como resultado, conseguiu manter sua liderança no setor de tecnologia e ter os resultados financeiros satisfatórios. 

A Natura &Co também é outro exemplo de empresa que mostra um grande cuidado com seus negócios. Pensando em melhorar o pilar de inovação da corporação e, consequentemente, o mercado nacional, houve uma ampla revisão na estrutura organizacional da empresa brasileira de cosméticos e perfumes.

O Centro de Inovação Global da marca Avon estava localizado nos Estados Unidos e, em 2023, foi integrado ao Centro de Inovação da marca Natura, no Brasil, para aprimorar a atuação e o desempenho.

Tal movimento reflete positivamente para a corporação bem como para o mercado em si, possibilitando que a marca expanda as fronteiras de criação de tecnologias, ativos e produtos – recursos valiosos em uma marca de cosméticos já consolidada. 

As duas corporações olharam para fatores internos e externos para uma tomada de decisão mais acertada e direcionada em prol dos objetivos de negócio de cada uma delas.

Conclusão

O diagnóstico organizacional é fundamental para que as empresas construam um caminho assertivo para alcançar a excelência operacional e o crescimento dos negócios. Além disso, é uma ferramenta estratégica que permite que as companhias identifiquem gargalos e os solucionem, ganhando competitividade de mercado.

O diagnóstico pode demonstrar, inclusive, demandas que podem ser solucionadas através da inovação. Nesse sentido, a AEVO é a parceria ideal.

Com uma abordagem integrada e recursos avançados, da consultoria de inovação a plataforma, a AEVO é uma solução completa em Gestão da Inovação, onde você encontra todas as ferramentas, métodos, e mentoria para desenvolver as iniciativas de inovação da sua empresa com ROI efetivo e geração de valor para o negócio.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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Livia Nonato

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atua na área de marketing, content e SEO há quatro anos, tendo como principal foco a otimização para mecanismos de busca, gestão e crescimento dos canais de aquisição orgânico, performance e growth. Experiência e conhecimento em SEO para empresas B2B e produtos complexos. Atualmente, é analista de SEO na AEVO e aborda temáticas de inovação e tecnologia como redatora do blog AEVO.

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